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sexta-feira, 9 de abril de 2021

Maria Manuel Mota: "Toda esta corrida e nacionalismo de vacinas é irracional e errado. As partes só ganham quando o mundo estiver a salvo"

Progresso: 0%

Ela é uma das mais relevantes cientistas portuguesas que anda há uma vida a estudar uma vacina para a malária, e no início de 2020 colocou a sua equipa ao serviço do país para ser criado o primeiro kit de diagnóstico português do novo coronavírus. Nessa altura a diretora do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes e Prémio Pessoa 2013 afirmou ao Expresso que o causador desta pandemia “é um vírus relativamente bonzinho". Agora, Maria Manuel Mota refaz a frase que dissera: “Este vírus não é bom ou mauzinho. É um organismo que luta pela sua sobrevivência. Temos de ter muito cuidado até termos imunidade de grupo. Mas a verdade é que isto podia ser muito pior.” A cientista sublinha que esta não foi a primeira vez, nem será a última, que o mundo sofreu uma pandemia. E deixa o aviso neste podcast: “A atual pandemia devia ensinar-nos que só vamos estar a salvo quando todos estiverem a salvo no mundo. O Reino Unido pode estar muito contente por atingir a imunidade de grupo, mas quer viver na sua ilha sozinho? Não. O que está a acontecer no Brasil é perigosíssimo para o mundo inteiro"

Nesta conversa em podcast a bióloga e cientista Maria Manuel Mota recusa fazer futurologia por só gostar de comentar factos, mas desfaz algumas ideias acerca desta pandemia e do amanhã que nos espera. Afirma não ter a menor dúvida de que vamos ter de continuar a usar máscara muito mais tempo. E considera que esta crise pandémica não ficará resolvida este ano. “2021 é um ano de esperança, mas não é o ano da resolução. Os turistas que cá vierem vão diluir a nossa imunidade de grupo que é periclitante e nós também vamos querer viajar para outras partes do mundo.” Sobre o desconfinamento e alívio das regras, é da opinião que terá de continuar a haver certos cuidados ao longo de todo o ano, e que alguns vieram para ficar. “Mas pior do que o uso da máscara o mais difícil é o isolamento social. Para as pessoas e para a ciência. É devastador.”

Nuno Botelho

A cientista chega a falar da importância de uma maior representatividade de mulheres em cargos de poder e conta que também ela já foi discriminada, até nos pequenos gestos e comentários, mas que isso nunca a impediu de fazer o conseguir o que quer. “Sou uma pessoa feminina, mas tenho um lado masculino. E adapto-me. Nesse aspeto não sou um 'role model'. Mas há uns meses decidi assumir que enquanto mulher já me senti discriminada.”

E ainda nos lê um texto sobre um tema que lhe é muito querido, fala-nos dos tempos vividos em Londres e Nova Iorque, da maravilha que está a ser para si chegar aos 50 anos e dá-nos música, para dançarmos com ela.

Nuno Botelho

Mais uma vez a edição áudio é do Rúben Tiago Pereira, a fotografia é do Nuno Botelho, e o genérico é uma criação original do músico Luís Severo.

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