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terça-feira, 6 de abril de 2021

Alemanha cria "Defesa da Pátria", um serviço militar voluntário para jovens

 


Alemanha cria Defesa da Pátria, um serviço militar voluntário para jovens


O Exército alemão vai dispor de um novo serviço militar, em formato reduzido e voluntário denominado "Defesa da Pátria" e com o objetivo de reforçar as Forças Armadas perante crises pontuais, catástrofes naturais e do meio ambiente.

O serviço prevê um período de instrução militar de sete meses após o qual os membros passam a reservistas durante seis anos, anunciou hoje a ministra da Defesa, Annegret Kram-Karrenbauer.

"A designação 'defesa da pátria' deve entender-se no sentido lato, como a palavra 'pátria'", disse a ministra sublinhando que os termos não têm "conotações nacionalistas".

"(As designações) têm expressão num Exército integrado, numa sociedade democrática como a alemã", acrescentou.

O objetivo deste serviço voluntário que prevê a "incorporação de um milhar de jovens" na primeira fase é "complementar" às Forças Armadas e aplica-se a situação predefinidas e sempre no interior do país, estando excluídas participações em missões internacionais.

O serviço tem também como lema "Um ano para a Alemanha" e a instrução vai dividir-se em duas partes: uma presencial e outra à distância para que seja compatível com os estudos ou atividades laborais.

Para o governo, a "ideia" é que os interessados se incorporem "num ano que funciona como uma ponte" entre o fim da formação académica e a vida laboral.

Na Alemanha, o serviço militar obrigatório foi suspenso no dia 01 de julho de 2011, na sequência de uma decisão do segundo governo liderado por Angela Merkel e após um largo debate interno entre os conservadores.

A mudança para a constituição de um Exército profissional foi polémica porque até 2011 considerava-se que as Forças Armadas alemãs tinham de estar integradas na sociedade e representar todas as classes sociais.

Os que se mostraram contra a suspensão argumentavam que o Exército profissional implicava um risco porque podia atrair radicais de extrema-direita ou pessoas fanáticas por armas de fogo.

A reforma levou à redução gradual do contingente, na altura com 240 mil efetivos, até aos 170 mil atualmente, número que tem vindo a diminuir paulatinamente ao longo dos últimos anos.

 

 PSP // EL

Lusa/fim

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