Tornou-se um chavão dizer que as sondagens “valem o que valem”. Um pouco por todo o mundo, não faltam exemplos de previsões eleitorais que atiraram… ao lado. As de há quatro anos, nos Estados Unidos, são apenas um exemplo.
Nas eleições desta terça-feira, de uma forma geral, as sondagens atribuíram a vitória a Joe Biden, com vantagens curtas. Uma das últimas, a dois dias das eleições, atribuía ao candidato democrata uma vantagem combinada de 51% (contra 46% do republicano) em 12 estados que há quatro anos tinham sido arrebatados, no seu conjunto, por Donald Trump (49%, contra 47% de Hillary Clinton). São eles Arizona, Carolina do Norte, Florida, Geórgia, Iowa, Maine, Michigan, Minnesota, Nevada, New Hampshire, Pensilvânia e Wisconsin.
Ao início da manhã desta quarta-feira, destes 12 estados, apenas cinco tinham os seus delegados ao Colégio Eleitoral já atribuídos, confirmando a tendência democrata da sondagem. Joe Biden arrebatou os 11 do Arizona, os 10 do Minnesota, os 4 do New Hampshire e 3 (de quatro) do Maine; e Donald Trump conquistou os 29 da Florida.
Nos restantes sete, Donald Trump lidera a contagem dos votos em seis: Carolina do Norte, Geórgia, Iowa, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin. Nestes estados estão em causa 83 delegados. Joe Biden vai à frente apenas no Nevada, que elege 6 delegados ao Conselho Eleitoral.
A forma como Joe Biden, ao início da manhã desta quarta-feira, expressou confiança na vitória final e pediu paciência ao povo norte-americano, revela a importância do voto por correspondência, que será aberto a conta-gotas nos próximos dias. Só depois se verá, com todo o rigor, a precisão das sondagens.
Sem comentários:
Enviar um comentário