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sábado, 10 de outubro de 2020

A História do Vinho

 



A história do vinho começou a ser escrita milênios antes da Era Cristã e suas origens estão perdidas no tempo, contudo alguns pesquisadores identificam uma bebida da Índia védica como sendo seu ancestral.

Para muitos, apenas conhecer sobre vinho é o suficiente, para alguns poucos, como você, que provavelmente é um dos meus – curioso de natureza – prefere conhecer tudo.

Da origem, história, como surgiu, quais povos o elevaram ao status de bebida essencial e como chegou ao vinho fino que hoje temos em nossas adegas, restaurantes e mercados.


Este artigo é pra você, que não se contenta com pouco e adora história e geografia. Veremos sobre o início da produção do vinho no mundo e como ele evoluiu com o tempo, até a criação desastrada do espumante e do “vinho queimado”, o Cognac. Tudo em nome da conservação do vinho. Espero que você adore ler tanto quanto eu adorei escrever.

Segundo Gautier, a bebida védica conhecida como Soma também era fermentada e utilizada em rituais religiosos, possivelmente produzida com o sumo da planta Asclepias acida com prováveis efeitos psicotrópicos; seu licor possuía o nome de Vena que, em sânscrito, quer dizer amado.

Da palavra Vena derivam quase todos os termos que identificam o vinho produzido de uvas viníferas nas línguas européias, por exemplo: do grego oinos, do latim vinus, do italiano e do espanhol vino, do alemão win, do inglês wine, do francês vin, do russo vino e do português vinho.

Os primeiros registros da produção de vinhos foram encontrados na região do Cáucaso e datam de cerca de 5.000 a.C., utilizando a vinha de origem da Vitis caucásica, com sua produção e consumo migrando, a seguir, para a Mesopotâmia e depois para o Egito, aproximadamente a partir de 3.000 a.C..

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Após conquistar a Grécia, o consumo de vinho rapidamente avançou para o Ocidente, inicialmente na ilha da Sicília e sul da Itália e, a partir da expansão romana, para as terras gaulesas.

O mito e o vinho

Um mito, de acordo com Joseph Campbell em sua obra “O poder do mito”, é uma narrativa protagonizada por seres que encarnam forças da natureza e aspectos da condição humana.

O vinho não deixa de estar representado na narrativa mitológica das civilizações, nas quais constitui importante elemento da vida social e da produção econômica.

Na mitologia egípcia, o deus solar Rá é o responsável pela introdução do vinho, utilizando a bebida com a cor do sangue como forma de entreter a deusa Hathor, a qual desejava destruir a humanidade.

Como lembrança do feito de Rá, os egípcios ofereciam em liturgia o vinho em todas as festividades religiosas nas quais a efígie da deusa Hathor era homenageada.

Na mitologia grega, a vinha é uma dádiva de Dionísio, o herói helênico do vinho divinizado por ser filho de Zeus com uma mortal.

Na tradição grega, Hera, a esposa de Zeus, por ciúme do nascimento de Dionísio o enlouquece e ele dá início a uma peregrinação que o leva pelo Egito, Síria, Índia e Frígia, onde encontra a deusa Cibele, que o cura de seu mal.

Não por mero acaso, temos no trajeto de Dionísio a peregrinação das vinhas e seu cultivo e elaboração do vinho. Ao glorificar o mito de Dionísio e em honra ao deus são realizadas festas rituais, eventos nos quais a música e o vinho são os pontos centrais de uvas.

Para os romanos, a introdução do vinho é devida ao deus Saturno, ligado às sementes e às vinhas, sendo este costumeiramente representado utilizando uma foice e uma tesoura de poda, portanto representando a ceifa de grãos e o cultivo de uvas viníferas.

Para os gauleses também existe uma divindade associada ao vinho, chamado de Sucellus, representado por uma coroa de hera, portando uma tesoura de poda e um martelo.

O martelo de Sucellus é uma ferramenta especializada, o martelo dos tanoeiros, artesãos produtores do tonel de carvalho com aros, um grande recipiente de madeira para a armazenagem do vinho inventado pelos celtas.

Também a tradição bíblica apresenta o vinho como um dom divino (Gênesis 27,28). A Escritura relata que o vinho foi cultivado após o dilúvio por Noé, que era agricultor, logo após o encalhe da arca no monte Ararat, que fica no Cáucaso, entre os atuais territórios da Turquia e Armênia.

Já no início da Era Cristã a vinha é a personificação do Messias, pois conforme João (15,1), Cristo diz: “Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o agricultor”.

O vinho faz parte dos mitos e da religiosidade, oferendas de vinho puro ou misturadas a mel, leite ou mesmo água eram dedicadas aos deuses, procurando-se obter dádivas.

Portanto, a religiosidade encontra no vinho uma forma de expressão, que eleva os espíritos humanos ao encontro do divino, utilizando ainda uma série de rituais para compor a relação do crente ao deus ou deuses.

A civilização do vinho

O vinho também era um importante item da alimentação para os egípcios, como registrado nas gravações encontradas em templos, nas quais se pode observar o cultivo e cuidado com as vinhas e o preparo da bebida.

Também a arte mortuária egípcia evidencia a importância do vinho, quando dentre os restos das oferendas aos mortos são encontradas ânforas de vinho.

Além disso, há registros nas paredes de tumbas e de mastabas (túmulos em formato retangular, que precedem as pirâmides).

O ritual de mumificação, preparando o embalsamento dos corpos das pessoas de maior posse econômica utilizava o vinho como componente de importância, de acordo com registro efetuado por Heródoto.

Ainda que a bebida popular do Antigo Egito fosse a cerveja, cuja produção é muito mais barata e rápida, o vinho era consumido por uma elite econômica e social, sendo costume que as ânforas apresentassem registros de seu conteúdo tal como hoje, especificando dados da bebida, como local de produção e nome do vinicultor, o que permitia um controle do consumidor sobre o produto.

Outra cultura da Antiguidade na qual o vinho possui destaque diferenciado está relacionada à Grécia e, para um grego, a noção de civilização será inseparável da videira e do seu produto mais nobre.

Na Grécia Antiga, o jantar costumeiramente acontecia ao cair da noite, sendo dividido em duas partes.

Iniciava o jantar o ato da refeição, o comer, seguido do simposion, cuja tradução literal significa “reunião de bebedores”, uma ocasião na qual os cidadãos firmavam laços de solidariedade e afeição mútua, por meio de conversas sobre os mais diversos temas, desde filosofia a mexericos do momento, apresentações musicais e declamação de poesias.

Em regra, a bebida era servida em três recipientes distintos, sendo costumeira a mistura com água, na proporção determinada pelo dono da casa na qual estava sendo realizada a reunião, portanto as discussões poderiam ser um tanto mais aquecidas conforme a mistura final privilegiava maior proporção do vinho e não da água.

Vinho em Festivais Religiosos: Roma

Durante os festivais religiosos não existia tal cuidado, em especial nas celebrações em honra a Dionísio, quando não existia limite para bebidas alcoólicas, em especial o vinho, presente do deus.

]Nos banquetes privados o consumo de vinho era obrigatório, anda que com restrições sociais aos excessos, é conhecida uma passagem de “O banquete”, de Platão, relatando a chegada de Alcebíades bêbado ao evento quando Sócrates ironiza a condição do recém chegado.

A Roma cabe os créditos pela ampliação dos horizontes do consumo e popularização do vinho na Antiguidade. A expansão militar romana fez com que as legiões levassem aos confins do Império a língua, hábitos e costumes dos conquistadores, dentre os quais a bebida fazia parte

A rede comercial, amparada pela segurança da Pax Romana, utilizava estradas e vias marítimas para a realização de trocas comerciais entre as regiões do império e de seus vizinhos.

O pagamento de tributos dos povos conquistados fazia fluir à cidade de Roma grandes somas em metais preciosos, bem como produtos em espécie.

Para os romanos, ao contrário dos egípcios, o vinho não era um produto voltado ao consumo de uma elite econômica ou casta social; tratava-se de bebida popular por excelência, podendo ser usufruída na residência ou em tavernas e compunha a alimentação padrão dos cidadãos e escravos, acompanhado por azeita de oliva, pão e carne de porco.

Havia vinhos com diferentes padrões de qualidade, controle de origem e, portanto, de preço. As formas de consumo da bebida eram diversas, a mais comum era tomá-lo puro, contudo, imitando os gregos, não era excepcional o uso do “corte”, ou seja, acrescentar água, diluindo o produto e mantendo seus consumidores um tanto mais sóbrios.

 O costume do envelhecimento do vinho começa a dar seus primeiros passos, e Plínio no século II a.C., registava que os romanos possuíam predileção por vinhos envelhecidos. 

A bebida de melhor qualidade era armazenada em equipamento de origem celta, o tonel de carvalho, para que pudesse ser envelhecido.

Posteriormente, o vinho era retirado dos tonéis e transferido para ânforas, cujas tampas eram seladas, registrando informações sobre a qualidade do produto, sendo essa a maneira mais comum de transportar vinhos na Antiguidade.

A armazenagem e o transporte de vinho por meio de ânforas, envolvidas em palha para proteção contra choques, permitiu a expansão do comércio do vinho, implantando o hábito de seu consumo em regiões nas quais o produto ainda não era reconhecido, sendo um importante fator do estabelecimento da cultura do vinho na Gália.

Se durante muitos séculos a Itália foi o centro de referência da produção de vinhos no mundo romano, a expansão das videiras pela Gália representou a conquista de territórios muito propícios ao desenvolvimento das videiras, contribuindo para transformar os gauleses em grandes apreciadores, produtores e consumidores do produto.

A cultura celta contribuiu para o desenvolvimento do vinho por meio da utilização de tonéis de carvalho para a armazenagem da bebida e, em breve, foi descoberto que o vinho sofria uma misteriosa transformação se assim armazenado, passando a possuir sabor mais agradável e de transporte mais seguro que as ânforas.

A plantação de videiras na Gália seguiu o eixo dos vales dos rios Ródano e Saône e dos rios que vão de Narbona a Bordeaux, onde a questão da facilidade do transporte oferecida pelos rios encontrou terras que possuíam características especiais para o cultivo das videiras, formando regiões especializadas na viticultura e produzindo vinhos que nos dias de hoje obtêm amplo reconhecimento pelos consumidores.

 Podemos até mesmo identificar aqui o nascimento do conceito de terroir, ou seja, o terreno definido em função de sua produção agrícola, em especial na produção de vinho (mas também podendo ser aplicado à produção de queijo). 

Com o fim do Império Romano no Ocidente, a tradição de produção de vinhos, sua cultura e o cultivo das vinhas foram mantidos pelos leigos e também pelos monastérios.

Certas ordens religiosas, como os cistercianos e os beneditinos concediam a seus monges o direito, explícito nas ordenações, do consumo de vinho, além do que o comércio do produto rendia impostos, em espécie ou não, que ampliavam a renda dos monastérios e abadias.

Ao longo de todo o período, ainda que as condições de segurança para o trânsito comercial fossem precárias, o mercado de vinhos não sofreu estagnação, inclusive tendo sido ampliado na França, que acaba por constituir-se na principal região produtora do Ocidente.

O avançar dos séculos fez com que o desenvolvimento comercial e capitalista contribuísse para a ampliação da indústria vinícola e do consumo do produto.

A criação desastrada do Champagne

Não foi pequena a contribuição para a expansão dos mercados dada pelos vinhos espumantes, em especial pela predileção de Luís XIV por vinhos produzidos na região francesa de Champagn

    E a imitação pela corte de Paris dos hábitos do rei fez com que tal produto obtivesse como que uma cerificação de qualidade, dando origem à noção de regiões produtoras especializadas e restritas, nas quais os produtores defendem com todas as suas forças seus privilégios de origem.

    Tal fato está refletido nos dias atuais nas condições de negociação da Organização Mundial de Comércio (OMC), com denominações de origem controlada, segundo a qual apenas o vinho espumante produzido na região francesa citada pode ser identificado como champagne.

    O comércio internacional dominado pelos holandeses no século XVII foi determinante no desenvolvimento de novo produto da indústria vinícola.

    Como o vinho deteriorava em cerca de um ano de armazenagem e o custo do frete era um empecilho para o comércio de longas distâncias, os mercadores holandeses foram criativos e procuraram reduzir a presença de água no vinho, como forma de redução do peso total a ser transportado.

     A solução encontrada foi a destilação do vinho, extraindo a água e reduzindo o volume da bebida, para chegar ao destino; a idéia era apenas agregar água e recompor o produto original. 

    O líquido resultante da destilação foi denominado de brandwijn, literalmente vinho queimado, porém ao ser provado demonstrou ser uma bebida agradável e que, quanto mais tempo ficasse armazenado nos tonéis mais saboroso se tornava.

    Da palavra brandwijn deriva o termo pelo qual a bebida é hoje conhecida: brandy e consolidando-se como uma nova bebida assumiu o nome da região na qual o vinho original era produzido, a região de Cognac.

    A passagem do século XIX trouxe um grande desafio à indústria vinícola. Com o constante aumento da demanda por produtos de qualidade, em um mercado cada vez mais amplo e complexo, a produção enfrentou o desafio da modernização de métodos preocupada, contudo, com a manutenção da qualidade do produto.

    A primeira obra moderna da viticultura, o “Traité sur La vigne”, foi escrita em 1801 por Jean-Antoine Chaptal, ministro de Napoleão Bonaparte, seguida, em 1816, por André Julien, com sua “Topographie de tous lês vignobles connus”, divulgando conceitos que foram incorporados à vinicultura e a terminologia utilizada pelos produtores e pelos mercados passa a ser utilizada de forma a identificar a cultura do vinho, apropriada por parte dos consumidores, como elemento de identificação de grupo social distinto.

    A filoxera mudou a história do vinho no mundo, dizimando vinhedos na Europa.

    Quando parecia que a cultura do vinho estava em seu apogeu, a vinha européia e, em particular os vinhedos franceses, foram contaminados por uma praga, a Philloxera vastatrix, na verdade um pulgão que parasita a videira, ocasionando a perda do fruto antes de sua maturidade.


    A praga, ao longo de três décadas a contar de 1860, contaminou todas as regiões produtoras francesas, e ampliou sua atuação pelos vinhedos europeus, pois os métodos tradicionais de controle foram pouco eficazes.

    A praga expandiu-se pelas regiões produtoras européias da Itália e da Espanha, e a única região produtora significativa que não foi contaminada pela praga foi a chilena, protegida pela barreira andina e pelo deserto do Atacama.

    As soluções preconizadas à época previam a pulverização dos vinhedos com soluções químicas para eliminar a praga, mas com o risco de contaminação dos terrenos e dos vinicultores, ou a erradicação dos vinhedos, substituíram-se as videiras européias por videiras americanas (resistentes ao pulgão) enxertadas com videiras européias.

    A alternativa seguida foi a da extirpação e a eficiente política sanitária permitiu a recuperação da indústria na Europa.

    Já no início do século XX, as fronteiras de produção vinícola não eram restritas à Europa; novas regiões produtoras, como a Austrália, África do Sul e América do Norte entravam em cena, junto com a Argentina na região de Mendoza.

    A produção do vinho expandia-se em função de um contínuo acréscimo da demanda, voltada quer para a exportação, quer para o consumo do mercado interno e, como consequência, surgiu a necessidade do desenvolvimento de mão de obra especializada, não apenas para o manejo nos vinhedos, mas também para a comercialização e venda varejista.


    O vinho na história do mundo (para 8 civilizações antigas)

    Conhecer e gostar de vinho, quase sempre, vai significar aprender um pouco mais sobre história e geografia, mesmo sem perceber. As três coisas andam juntas, sempre. Pode-se dizer que o vinho tem acompanhado a história da humanidade, de certa forma. Dependendo da época, desempenha papel social ou ritualístico diferente.

    Nesta postagem, vamos ver algo diferente. O significado do vinho para 8 civilizações diferentes através do tempo.

    Por vezes, o vinho aparece como um produto simples e de uso abundante e popular. Outras vezes aparece como um produto nobre e reservado a ocasiões especiais. Quanto ao seu modo de consumo, ao longo da história da humanidade, aparece nas mais variadas formas.


    Desde diluído em água, para não embriagar; ou com cal, para suavizá-lo (tirar a acidez); com sal, caso do vinho conhecido como “vinoso mar”; com frutas (alô Sangria), e ao natural, puro.

    Você já percebeu que vinho sempre está ligado a evolução do local e cultural? Por isso digo que vinho, história e geografia sempre andam juntos. Você vai entender bem se leu sobre terroir nesta postagem.

    O vinho em rituais sacros

    vinho aparece também como componente principal dos rituais sacros. Principalmente em missas, e em ocasiões especiais, como o casamento. Muitas vezes o vinho pode também ser entendido como um bem que simboliza uma determinada civilização ou localidade.

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    Pode-se dizer que estas variações se dão em decorrência do momento histórico de seu consumo. Também das diferenças de tradições e costumes de uma determinada sociedade, ou mesmo da classe social onde está inserido.

    Vamos conferir algumas dessas situações:

    1. Origem do vinho

    As vinhas já eram plantadas desde pelo menos 7.000 a 5.000 anos a.C. Porém, deste período o que se tem são apenas informações obtidas a partir de restos de vinhas encontradas em escavações ou em ânforas.

    Algumas delas, que conseguiram não se perder no tempo, se encontram armazenadas em museus. A garrafa ao lado, tem aproximadamente 1700 anos de idade, e está exposta no Museu Histórico de Pfalz, na Alemanha.

    Seu conteúdo foi examinado originalmente apenas na época da Primeira Guerra Mundial. Até hoje ela nunca foi aberta por uma segunda vez.

    2. Vinho no Antigo Egito

    No Antigo Egito, no período do Antigo Império, o vinho foi elemento fundamental para os grandes banquetes promovidos pelas classes sociais mais elevadas.

    Já neste período o vinho era apresentado de forma ritualística sob a orientação de uma pessoa que era conhecida como expert de vinho. Fabricavam ânforas e canecas específicas para o consumo do mesmo. Geralmente as vinhas eram oferecidas aos faraós que levavam mudas para suas tumbas.

    CURIOSIDADE Os egípcios foram os primeiros a iniciarem o ritual de marcar as safras em suas garrafas, assim como localização do vinhedo de origem daquele vinho.

    Nas tumbas dos faraós foram encontradas pinturas retratando com detalhes várias etapas da elaboração do vinho.

    Algumas delas como:

    • Colheita da uva;
    • Prensagem;
    • Fermentação.

    Também são vistas cenas mostrando como os vinhos eram bebidos: em taças ou em jarras, através de canudos, em um ambiente festivo, elegante, algumas vezes, licencioso.

    3. Vinho para o povo Hebraico

    Já para o povo hebraico o vinho era um elemento de prioridade dos rituais religiosos. Seu consumo no meio comum era orientado pelas leis da bíblia. Isso significa que os hebraicos estavam inclinados à moderação e muitas vezes o vinho chegou a sofrer sérias restrições.

    4. Para os Fenícios

    Para os fenícios, por ser o vinho um produto de grande abundância e por estarem localizados em terras tidas como férteis, o produto era de alcance tanto dos nobres quanto das classes menos abastadas.

    Existem indícios de que os fenícios já produziam vinhos desde o séc. XIV. Desde o terceiro milênio existiam lagares de uva em Ugarito: os textos administrativos dos séculos XIV e XIII a.C. falam de grandes vinhas cultivadas em terraços.

    5. Vinho em Cartago, norte da África

    Já em Cartago, atual norte da África, o vinho aparece como produto de fundamental importância para as sociedades.

    Ainda assim, os vinhos eram regidos por leis reguladoras quanto ao consumo e qualidade, pois alguns vinhos neste período ainda eram acrescidos de cal.

    6. Vinho para os Gregos

    Do mundo grego, as evidências do vinho aparecem sempre associadas à mitologia, que tem como representante maior Dionísio, que é considerado o deus do vinho.

    Daí originam-se inúmeras lendas. Aqui o vinho aparece associado a “estados de embriaguez”, condição esta para aproximação com o mundo divino.

    Porém também aqui o vinho sofre sanções e regulamentos com relação ao seu consumo. Regulamentos estes que tinham como objetivo a preservação do status e a diferenciação do “homem civilizado”. O vinho como forma de diferenciação do povo greco-romano dos povos bárbaros.

    Isto indica que neste período começam a existir regras de consumo e mesmo a produção orientada.

    Consumo moderado

    A orientação quanto ao consumo e produção do vinho é uma superação da natureza e, portanto, torna o homem deste período superior aos bárbaros. Esta distinção se dá principalmente na forma de consumo do vinho, que passa a sofrer adição de água para seu consumo.

    Assim como a regulação com relação à quantidade, definição de ocasiões específicas para seu consumo e quem são os que podem ou não fazer uso do vinho, caso do vinho ofertado nos simposiums.

    Nestas reuniões o vinho era sempre ofertado após as refeições e somente participavam destas reuniões os políticos ou filósofos, que precisavam então do vinho para a libertação da mente. O vinho aparece como elemento de união de pessoas, porém também como distinção cultural.

    7. Vinho na Idade Média

    Na Idade Média o vinho aparece representado principalmente pelos mosteiros, que o produziam tanto para consumo próprio como para os que faziam uso de sua hospitalidade.

    Ao longo da história, o vinho aparece em vários momentos, ora como um produto sagrado, ora como um produto associado a exageros, a estados de embriaguez.

    Caso do vinho consumido e ofertado pelo deus Dionísio na mitologia grega; ora santificado, caso do vinho consumido pela igreja, ora como sinônimo de diferenciação e status, caso do vinho consumido pelos nobres ou intelectuais.

    8. Vinho para franceses e europeus

    Apesar disto, ainda nos dias de hoje pode-se encontrar o vinho como sinônimo de identidade de um povo, caso do vinho para o povo francês, onde ainda hoje apresenta-se como expressão de nacionalidade que, por conseguinte, estende-se a mesa de todo o cidadão francês.

    Se analisarmos com calma, o que distingue os franceses de outros povos é que os povos bebem para se embriagar. Já o para o povo francês, a embriaguez é somente uma conseqüência. Visto que o vinho é tido como alimento.

    Para os franceses o vinho também aparece associado ao descanso, caso do vinho apresentado nas mesas ao lado do pão, que por sua vez representa a nutrição.

    Neste caso, podemos reforçar o discurso do “saber beber” do francês, que usa de motivos outros para o consumo do vinho.

    Conclusão

    Seguramente, numa busca mais apurada poderiam ser encontrados sinais de relação de significância do vinho com outros tantos povos. Principalmente outros povos europeus, entendidos como os povos do “velho mundo”, que não são só os franceses, mas sim espanhóis, portugueses, entre outros.


    Espumante ou Champanhe? Entenda as diferenças!

    Todo Champanhe é Espumante, mas nem todo Espumante é Champanhe. Nesta postagem, vamos conhecer melhor esta região da França. O que você vai aprender?

    VAMOS APRENDER NESTE ARTIGO:

    • Sub-regiões de Champagne;
    • Uvas permitidas na produção de Champagne;
    • Denominações de Origem da região de Champagne;
    • Tipos de Champagne quanto a níveis de açucar (Brut Nature, Extra Brut, Brut, Extra Dry, Sec, Demi-sec, Doux);
    • Tipos de Champagne quando a categorias (NM, RM, CM, RC, SR, ND e MA).

    Mas agora, vamos voltar a nossa pergunta inicial. Então nem todo espumante é Champagne?


    Quando o assunto é vinho, vinificação e viticultura, o primeiro lugar que me vem a cabeça é certamente a França.

    Sinônimo de qualidade e excelência na produção de vinhos, a França é o berço das leis criadas para viticultura e produção de vinhos.

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    O sistema de Denominação conhecido na França, AOC – Appelation d’Origine Contrôlée – foi criado em 1935 pelo INAO – Institut national de l’origine et de la qualité – em resposta as fraudes que ocorriam na indústria do vinho na época.

    Muitos produtores de vinhos de baixa qualidade, ou até mesmo de outros países, vendiam seus vinhos como se fossem de renomadas regiões Francesas. Essas fraudes na indústria se deram depois de uma grande escassez de vinhos no mercado, causada pela filoxera no final do século 17.


    Mas o que isso tem a ver com Espumante e Champanhe?

    Champanhe é uma região no noroeste da França, que ficou conhecida como a primeira região no mundo a produzir vinhos espumantes.

    A criação de espumante é muitas vezes ligada ao nome do monge Dom Pérignon, o que não é necessariamente verdade.

    Dom Pérignon contribuiu imensamente para o méthode Champenoise ou método tradicional que conhecemos hoje, mas a criação de espumante se deu devido a problemas climáticos na região, ou seja, não foi produzido intencionalmente.

    Até o século 18, a região produzia vinhos finos em tentativa de competir com os vinhos finos da Borgonha.

    “Há males que vem para o bem”

    Como o acidente aconteceu?

    A região de Champanhe tem um inverno muito rigoroso, e durante o outono com a queda de temperatura, a fermentação do vinho as vezes parava acidentalmente, o enólogo então achando que a fermentação tinha terminado, engarrafava o vinho com o fermento e açúcar ainda presentes do liquido final.

    Com a chegada da primavera e crescentes temperaturas, o fermento acordava do estado dormente na garrafa, causando uma segunda fermentação dentro da garrafa, e o dióxido de carbono (gás) produzido pelo fermento que converte açúcar em álcool ficava preso na garrafa.

    Isso era considerado um tremendo defeito na produção do vinho, e como as garrafas não eram próprias para esse tipo de reação, muitas vezes explodiam, e isso as vezes causava a perda de uma produção inteira.

    Durante aquele período, os produtores tentaram diminuir a probabilidade dessa segunda fermentação na garrafa, em vez de incentivá-la.

    Produtores no século 18 ainda tentavam produzir vinhos finos que podiam competir com a qualidade dos vinhos da Borgonha. Mas em 1724 a palavra “mousseux” – que significa espumante – aparecia em conotação com os vinhos de Champanhe.

    E após a fabricação de garrafas mais fortes, alguns produtores passaram a produzir espumante intencionalmente.

    Porém, o resultado não era sempre positivo. Algumas garrafas continuavam a explodir, outras não apresentavam o gás necessário, e o processo de produção de espumante ainda era um mistério, muitos produtores associavam o processo com as fases da lua.

    Com a fundação das famosas “casas” de Champanhe em meados do século 18, como Ruinart, Taittinger, Moët et Chandon, Delamotte and Veuve Clicquot Ponsardin, a produção de Champanhe espumante permanecia problemática e imprecisa até o início do século 19.

    A partir do século 19, aprimoramentos no método de produção e o avanço da ciência proporcionaram um grande salto para os vinhos espumantes.

    Surgiram então nomes como Madame Barbe-Nicole Ponsardin, e a Veuve (viúva) Clicquot, que era responsável pela casa que até hoje leva seu nome.

    Sob o comando da viúva Clicquot, a casa foi pioneira no processo de “remuage” – um procedimento que permite que o sedimento de fermento seja facilmente removido da garrafa durante o processo de “degorgement” – extração do fermento após a segunda fermentação.

    Jean-Antoine Chaptal, químico francês, identificou a relação entre açúcar e fermento e junto com o farmacêutico André François, eles conseguiram mensurar a quantidade precisa de fermento e açúcar para produzir o dióxido de carbono necessário na produção de espumante, sem causar a explosão da garrafa.

    Parece pouco, mas isso permitiu com que as casas de Champanhe produzissem espumantes com melhor precisão e sem desperdícios.

    Com mais estudos e desenvolvimento de garrafas mais fortes e rolhas adequadas, a região de Champanhe cresceu rapidamente, se tornando uma indústria conhecida internacionalmente.

    De uma produção de 300 mil garrafas em 1800 passou a produzir 36 milhões em 1883.

    Os materiais de marketing na época da propaganda de cartazes, eram extravagantes e chamativos para o espumante produzido em Champanhe.

    Esses vinhos estavam ligados a mulheres, lazer, esporte, história e todas as coisas comemorativas. Champanhe e a imagem de Champanhe eram, e ainda são, inseparáveis.

    A chegada da Filoxera e o impacto em Champagne

    A filoxera mudou a história do vinho no mundo, dizimando vinhedos na Europa.Quase cem anos de crescimento e prestigio em Champanhe terminaria com a chegada da filoxera na Europa no final do século 19, seguido pelo mercado de fraudes, e as guerras mundiais no século 20.

    Na segunda parte do século 20, a popularidade de Champanhe voltou a crescer, através do aumento de vendas, incorporação, fusão e aquisição de casas e produtores, as famosas casas de Champanhe tiveram um crescimento exponencial na época.

    Com a inauguração da safra de 1921 chamada “Dom Pérignon” da casa Moët et Chandon, outras casas passaram a lançar a chamada “tête de cuvée” – os melhores espumantes produzidos pelas casas, normalmente com o ano da safra no rótulo.

    Hoje, Champanhe produz apenas 1 de cada 12 garrafas de espumante no mercado mundial.

    Em 2016 foram registados 15.800 viticultores das uvas permitidas em Champanhe e mais de 300 casas que produziram 306 milhões de garrafas, exportadas mundialmente. O recorde foi em 2007 quando foram produzidas 338 milhões de garrafas.

    Voltando a criação do Sistema de Denominação das regiões francesas, criada em 1935 pela INAO.

    Em 1936 Champanhe foi consagrada como AOC, que determina o método de produção, tipos de uvas plantadas na região, tempo de maturação, etc.

    Champanhe é a região mais rigorosa do mundo em relação ao que é permitido na produção de espumantes.

    O que para alguns pode parecer exagero, esse sistema garante qualidade e excelência do produto. O que é mais importante nisso tudo é que para ser Champanhe, o vinho precisa ser mais do que espumante, precisa vir da região de Champanhe, no noroeste da França.

    Essa é a lei básica da legislação do vinho em Champanhe. Por isso eu repito, todo Champanhe é espumante, mas nem todo Espumante é Champanhe!

    E no Brasil, como está a produção de espumante?

    No Brasil, vemos muito o famoso Chandon, a maioria produzido em Napa, na Califórnia, ou seja, não é Champanhe.

    O espumante Chandon também é produzido no Brasil, em Garibaldo, Serra Gaúcha, ao lado de Bento Gonçalves. Ali, fazem apenas espumantes pelo método Charmat, não o Champenoise.

    Pousada Don Giovanni

    Apesar de pertencer a casa francesa Moët et Chandon, localizada em Champanhe, o espumante não é produzido na região francesa, e sendo assim, não pode receber tal nome de acordo com a lei estabelecida pelo AOC.

    Ainda assim, existem alguns produtores no mundo que produzem espumantes, e o chamam de Champanhe, esses vinhos são banidos na União Europeia. No Brasil 99% dos espumantes são chamados de “espumantes” e somos reconhecidos mundialmente pela qualidade desse tipo de vinho.

    Existem vários tipos de espumantes, na Itália têm Prosecco e Asti, na Espanha tem Cava, na Alemanha tem Sekt, e até mesmo em outras regiões na França é produzido espumante, Vouvray, Alsace, Borgonha produzem excelentes espumantes, mas nenhum pode ser chamado de Champanhe. Estes são chamados de “Crémant”.

    O que diferencia um do outro é o método como é feito, existem vários métodos de produção de espumante e você pode aprender um pouco mais aqui.

    Curiosidades sobre a região de Champanhe

    A região de Champanhe não produz somente espumante, ainda hoje se produz vinhos finos tintos, brancos e rosé.

    Uvas Permitidas:

    • Uvas primarias: Pinot Noir, Meunier (Pinot), Chardonnay
    • Uvas secundarias: Pinot Blanc, Pinot Gris (Fromenteau), Arbane, Petit Meslier

      

    Denominações da Região de Champanhe:

    1. Rosé de Riceys (AOC 1947)
      Somente Rosé de 100% Pinot Noir
    1. Coteaux Champenois (AOC 1936)
      Vinhos finos vermelhos, brancos e rosés das 7 uvas permitidas na região.
    1. Champagne (AOC 1936) (Onde realmente se produz espumante)
      Somente Espumantes Brancos e Rosés

    As 5 principais communes de Champagne AOC e suas uvas:

    1. Montagne de Reims: Principalmente Pinot Noir.
      9 Grand Crus Villages
    1. Vallée de la Marne: Principalmente Meunier.
      2 Grand Crus Villages
    1. Côte des Blancs: A melhor região em Champanhe para Chardonnay
      6 Grand Crus Villages
    1. Côte de Sézanne
      Principalmente Chardonnay
    1. Côte des Bars (Aube)
      Principalmente Pinot Noir

    Níveis de Açúcar permitidos em Champanhe

    Brut, Demi-sec, Moscatel, Extra Brut? Sempre surge a dúvida, certo? Esta é a tabela dos Champagnes, que são diferentes dos Espumantes nacionais.

    DesignaçãoAçucar Residual
    Brut Nature/Non-Dosé0-3 gramas por litro
    Extra Brut0-6 gramas por litro
    Brut0-12 gramas por litro
    Extra Dry12-17 gramas por litro
    Sec17-32 gramas por litro
    Demi-Sec32-50 gramas por litro
    Doux50+ gramas por litro

     

    Tipos de produtores de Champanhe e como identificar no rótulo

    NM (Négociant Manipulant)
    Uma casa que compra uvas de outros viticultores. Algumas casas NM são donas de suas próprias vinícolas e outras não possuem vinícolas alguma. As grandes casas de Champanhe com presença internacional pertencem a essa categoria, Moët et Chandon, Louis Roederer, Veuve Clicquot Ponsardin, Billecart-Salmon, Lanson, Taittinger, Pol Roger, Perrier-Jouët, Mumm e Laurent-Perrier.

    RM (Récoltant Manipulant)
    Viticultor e produtor, dono da vinícola e produtor de seus próprios espumantes, 95% das uvas devem vir diretamente da vinícola pro produtor.

    CM (Coopérative Manipulant)
    Viticultores que fazem parte de uma cooperativa que produz uma marca de espumante.

    RC (Récoltant Coopérateur)
    Viticultores na qual as uvas são vinificadas e o vinho produzido em uma cooperativa, mas vende com sua própria marca.

    SR (Société de Récoltants)
    Uma firma, não uma cooperativa, criado por uma união de viticultores frequentemente relacionados, que compartilham recursos para fazer seus vinhos e coletivamente comercializar várias marcas.

    ND (Négociant Distributeur)
    Uma empresa intermediária que distribui Champanhe e o produziu.

    MA (Marque d’Acheteur)
    A marca de um comprador, muitas vezes uma grande rede de supermercados ou restaurante, que compra Champanhe e vende sob seu próprio rótulo. O Tesco na Inglaterra tem sua própria marca de Champanhe.

    Outros termos importantes na hora de comprar Champanhe

    • Blanc de Blanc: Champanhe feito exclusivamente com Chardonnay;
    • Blanc de Noirs: Champanhe feito exclusivamente com uvas tintas;
    • Non-Vintage (NV): Champanhe que contêm vinhos de mais de um ano (a maioria da produção de champanhe é NV);
    • Reserve: Usado muito em rótulos, mas sem significado algum;
    • Vintage: Espumante feito com uvas de uma safra especifica;
    • Prestige Cuvee: O fino e mais caro oferecido por uma casa. Normalmente com safra datada e maturado por vários anos antes de lançamento no mercado. Exemplos são; Dom Pérignon da Moët et Chandon, Cristal da Louis Roederer, Comtes de Champagne da Taittinger, Cuvee Sir Winston Churchil da Pol Roger;
    • Special Club Prestige Cuvee: RM’s que se juntaram para promover seus prestige cuvees através de uma identificação igual para todos RM’s.

    Grandes Safras: 1975, 1990, 1996, 2002, 2004, 2008.

    Curiosidade sobre o sistema AOC

    O sistema de denominação francês foi referencia para outros países da união europeia, esse sistema garante que o vinho de determinada região mantenha sua qualidade e excelência.

    Em português conhecido como DOC – Denominação de Origem Controlada.

    Por isso os vinhos franceses em sua maioria não especificam no rótulo o tipo de uva utilizado na produção do vinho, como é feito no Estados Unidos, Austrália, Chile, Argentina, Brasil e outros países do “Novo Mundo”.

    Nos rótulos franceses você encontra a região de onde o vinho é produzido e sua específica AOC ou AOP – União Europeia – o que para muitos consumidores é complicado de entender, mas isso é um tópico para outro texto, e eu prometo escrever sobre o assunto no futuro.

    Ainda que seja importante lembrar que no Brasil também temos a Denominação de Origem para a Merlot no Vale dos Vinhedos e a Indicação de Procedência para espumantes e Pinot Noir em Pinto Bandeira.

    A Indicação de Procedência é o passo anterior a Denominação de Origem. São Joaquim, em SC, também inicia o mesmo processo para seus vinhos.

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    https://www.vemdauva.com.br/

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