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“A situação epidemiológica atual das variantes em Portugal não é impeditiva da continuação do plano de desconfinamento”, defendeu o investigador do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), João Paulo Gomes.
No entanto, o especialista alertou, em mais uma reunião no Infarmed, que é essencial estar atento à evolução em território nacional da variante inicialmente identificada na África do Sul.
Atualmente, é a variante que surgiu no Reino Unido aquela que domina “completamente” o cenário epidemiológico em Portugal.
Em março, representou 83% das infeções registadas no País. E é expetável – e “normal” – que venha a aumentar. As demais variantes, incluindo uma originária de Espanha que chegou a dominar o País, “estão a reduzir”.
No mês passado, 0,4% dos casos foram da variante identificada em Manaus, 0,1% de outra originária do Brasil e 2,5% da da África do Sul.
Em números absolutos, houve 29 casos da variante de Manaus, que João Paulo Gomes considera um nível “residual de disseminação”, principalmente tendo em conta os voos que chegam do Brasil.
Já no que diz respeito à variante associada à África do Sul, registaram-se 53 casos em Portugal. Sendo esta uma das variantes que levanta maiores preocupações, o especialista destaca a “importância do controlo de fronteiras” para monitorizar a evolução desta variante que gera “alguma preocupação”, tendo um conta este “aumento de casos com algum significado”.
Em 15 dias, o número de casos com origem nesta variante quase triplicou e, acredita João Paulo Gomes, apenas estamos “a ver a ponta do icebergue”.
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