Os limpa-neves ferroviários podem ser alguns dos equipamentos de manutenção menos usados por uma ferrovia. No entanto, eles também são alguns dos mais importantes quando chamados a abrir uma linha ferroviária enterrada em vários centímetros de neve. Embora algumas locomotivas a diesel hoje sejam equipadas com pequenos "arados" em cunha na extremidade dianteira, isso só é eficaz para nevascas leves, pois, uma vez que o total de neve atinge a base da composição, as redes ferroviárias precisam lançar mão de equipamentos mais pesados. |
Um dos primeiros e mais comuns tipos de limpa-neve ferroviário usado foi o arado em forma de cunha, fabricado em ferro ou aço reforçado.
O arado costumava ser anexado a uma ou duas locomotivas customizadas e fazia o trecho entre uma estação e outra para limpar o trecho. Com a chegada de máquinas mais potentes, capazes de puxar vagões com força e rendimento de sobra, os arados foram anexados definitivamente nelas.
Para obter o desempenho máximo, esses arados eram bem pesados para que pudessem não apenas mover grandes quantidades de neve, mas também para diminuir a chance de que a máquina descarrilasse em uma linha coberta de gelo, especialmente em cruzamentos.
O maior problema com esses dispositivos é que o trem deve operar em altas velocidades, o que pode causar desastres e descarrilamentos.
Outro inconveniente é que, com dependência da quantidade de neve, há que utilizar mais uma ou duas locomotivas.
Contemporâneo do limpa-neve de arado, o limpa-neve giratório, inventado por um canadenses, faz a remoção de neve com um grande conjunto circular de lâminas em sua extremidade dianteira que gira para cortar a neve nos trilhos à sua frente sem a necessidade de desenvolver grandes velocidades.
No entanto, embora esses arados ainda encontrem trabalho hoje, inclusive de forma combinada, as redes ferroviárias costumam usar outras ferramentas à sua disposição, como máquinas "espalhadoras" dedicadas que podem realizar várias tarefas de manutenção além de apenas remover a neve, para que um comboio possa passar depois.
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