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domingo, 14 de fevereiro de 2021

Embaixada dos EUA relata ″movimentos militares″ em Rangum


 

www.tsf.pt 


Alerta sobre a maior cidade de Myanmar é feito numa altura em que se sente uma "crescente repressão" da junta militar contra o movimento de desobediência civil.

A Embaixada dos Estados Unidos em Myanmar (antiga Birmânia) relatou este domingo "movimentos militares" em Rangum, e alertou para a possibilidade de falhas nas telecomunicações, apelando aos cidadãos norte-americanos no país para que fiquem em casa.

Segundo a agência noticiosa Efe, o alerta sobre a maior cidade de Myanmar é feito numa altura em que se sente uma "crescente repressão" da junta militar contra o movimento de desobediência civil, que este domingo prosseguiu as manifestações e greves em grande parte do país para se opor à tomada do poder pelos militares a 01 de Fevereiro.

"Há indicações de movimentos militares em Rangum e a possibilidade de falhas de telecomunicações entre a 01h00 e as 09h00 da manhã", diz a embaixada dos EUA em Myanmar na sua conta da rede social Twitter.

Os militares no poder suspenderam vários artigos da Lei para a Proteção da Segurança e Privacidade dos Cidadãos para poderem prender alguém e mantê-lo preso por mais de 24 horas sem um mandado, entre outras garantias legais.

A partir de agora, a polícia e os militares também não precisam de mandados para realizar buscas e têm "carta branca" para interromper as comunicações dos cidadãos e solicitar os dados aos operadores da Internet.

Estas medidas dão cobertura legal a práticas repressivas tais como detenções arbitrárias e suspensão do serviço de Internet efetuadas após o golpe liderado pelo chefe do exército, General Min Aung Hlaing.

Durante o fim-de-semana de 06 e 07 de fevereiro, as autoridades militares cortaram a Internet durante mais de 24 horas e as ligações telefónicas foram também temporariamente afetadas.

As redes sociais têm sido inundadas com mensagens de birmaneses que relatam detenções durante a noite e a presença de criminosos alegadamente enviados pelos militares para aterrorizar a população.

Nas ruas de várias cidades continuam os protestos contra os militares, que governaram o país com "punho de ferro" entre 1962 e 2011.

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