Professores de Técnicas Especiais do Ensino Artístico das escolas António Arroio e Soares dos Reis protestam esta manhã, em Lisboa e no Porto, a pedir estabilidade profissional.

Dizem que trabalham há vários anos nestas escolas, somam contratos sucessivos e com horário completo, mas por causa das regras do Ministério da Educação nunca conseguem um vínculo laboral. O protesto sob o lema "Mesmo com máscara, temos rosto e direitos!" é promovido pela Fenprof. Mário Nogueira diz que estes professores de Técnicas Especiais do Ensino Artístico das escolas António Arroio e Soares dos Reis não aceitam estar condenados à precariedade.

SOM ÁUDIO - MÁRIO NOGUEIRA




"São professores de áreas artísticas que não têm grupo de recrutamento, não pertencem às chamadas disciplinas clássicas de uma escola. São professores especificamente de escolas que têm e oferecem ensino para determinadas artes e não sendo de uma disciplina clássica não estão enquadrados em nenhum dos grupos para recrutamento de professores e ficarão precários toda a vida. É uma precariedade que, se nada for feito pelo Governo, poderá nunca acabar", afirma.

Mário Nogueira explica que estes professores reivindicam a realização de um concurso extraordinário de vinculação nas áreas das Artes Visuais e dos Audiovisuais para estas duas escolas artísticas.

"Se são professores necessários às escolas, não podem ficar precários toda a vida. Queremos que o Ministério da Educação abra um concurso extraordinário dirigido a estes grupos de docentes, no sentido de poderem ter estabilidade e integrar o quadros destas escolas. Alguns têm muitos anos de serviço e não têm nenhum perspetiva de poderem deixar de ser precários", defende.

O protesto está marcado para as 11h00 nas escola António Arroio, em Lisboa, e na Soares dos Reis, no Porto. A Fenprof diz que são cerca de 50 os professores que se encontram nesta situação de precariedade.