Preservar a memória coletiva de um acontecimento marcante, principalmente para a população do Algarve, é o grande objetivo da exposição “28 de Fevereiro de 1969, memórias do sismo”, que está patente desde ontem, dia 15, e até 19 de Março na sede da EMARP – Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão.
Esta mostra, promovida pela pela Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES) e pelo Centro Europeu de Riscos Urbanos (CERU), pretende «lembrar o passado, para compreender o presente e preparar o futuro, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis».
Neste caso, aviva-se a memória sobre forte sismo que abalou Portugal Continental às 3h42 do dia 28 de Fevereiro de 1969, que durou alguns minutos e causou «estragos acentuados, sobretudo no Algarve, e mais de uma dezena de vítimas, muitas delas por comoção».
«O evento ocupou as primeiras páginas dos jornais durante vários dias, tendo-lhe sido dedicadas inúmeras notícias, umas mais trágicas, outras de carácter mais informativo e formativo e ainda outras que, a esta distância, podemos considerar divertidas ou mundanas», acrescentou a EMARP.
«Portugal Continental é uma região afetada por uma sismicidade moderada. Os sismos não são frequentes e pode passar uma geração sem que um sismo forte ocorra.
No entanto, a história mostra que sismos destruidores, como o de 1 de Novembro de 1755, que também gerou um tsunami devastador, podem suceder. Já aconteceu no passado e o conhecimento que temos do planeta dinâmico em que vivemos diz-nos que irão com certeza ocorrer no futuro, não sabemos é quando. Pode suceder na nossa geração, na dos nossos filhos ou dos nossos netos», diz, ainda, a empresa municipal portimonense.
É, também, nesse aspeto, que esta exposição é importante, uma vez que «é nosso dever e obrigação estar preparados e preparar as novas gerações para o que pode acontecer a qualquer momento».
A mostra pode ser visitada todos os dias úteis, entre as 8h30 e as 17h30, na zona de atendimento do edifício sede da EMARP, em Portimão.
Fotos: EMARP
SLIDES
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