Se gosta do espaço, veja aqui algumas das melhores fotografias já captadas pelo telescópio espacial Hubble.
OS PILARES DA CRIAÇÃO “Os Pilares da Criação” é uma das mais emblemáticas dos milhares de fotografias capturas pelo telescópio espacial Hubble. As estruturas em forma de pilar dizem respeito à Nebulosa da Águia, também conhecida como M16.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA). COLORIZED COMPOSITE/MOSAIC
UMA GALÁXIA COM TENTÁCULOS NEGROS Pequenos aglomerados de formação estrelar com uma tonalidade rosada numa secção da galáxia de forma elíptica Centaurus A. A imagem mostra-nos os tentáculos de poeira negra ao longo do disco galáctico. Nesta fotografia, o telescópio espacial Hubble capturou comprimentos de onda ultravioleta e outros muito próximos do espetro infravermelho para mostrar como a densa faixa da galáxia está repleta de pequenos pontos, aglomerados de jovens estrelas de cor azul geralmente tapadas pela poeira.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE (STSCI/AURA)-ESA/HUBBLE COLLABORATION. ACKNOWLEDGMENT: R. O’CONNELL (UNIVERSITY OF VIRGINIA) AND THE WFC3 SCIENTIFIC OVERSIGHT COMMITTEE
UM ECO DE LUZ Uma esfera de poeira aparenta expandir-se em torno da estrela V838 Monocerotis. Ao longo de vários meses, em 2002, o telescópio espacial Hubble capturou imagens deste deslumbrante espetáculo cósmico. No fundo, trata-se de uma explosão de luz proveniente da estrela que iluminava a nuvem de poeira.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA AND H.E. BOND (STSCI)
O PODER DAS ESTRELAS Capturando a radiação infravermelha, o telescópio espacial Hubble devolve-nos uma imagem única e extremamente nítida da Nebulosa da Cabeça de Cavalo. Um clássico da astronomia, costumamos ver esta nublosa em tons escuros sobre um fundo claro, mas o Hubble consegue penetrar a camada de gases e poeira interestelar.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA)
O nascimento e a morte de estrelas criam um grande tumulto na Nebulosa de Carina. Esta imagem panorâmica é o resultado da colagem de várias fotografias do telescópio espacial Hubble. A informação recolhida por um telescópio terrestre ajudou a efetuar as correções de cor.
FOTOGRAFIA DE N. SMITH (UNIVERSITY OF CALIFORNIA, BERKELEY) AND NOAO/AURA/NSF
A GRANDE NEBULOSA DE ÓRION Vista da caverna de poeira e gás que é a Grande Nebulosa de Órion, onde se formam milhares de estrelas. A nebulosa está a cerca de 1,5 anos-luz do sistema solar, situada a sul do Cinto de Órion.
FOTOGRAFIA DE NASA,ESA, M. ROBBERTO (SPACE TELESCOPE SCIENCE INSTITUTE/ESA) AND THE HUBBLE SPACE TELESCOPE ORION TREASURY PROJECT TEAM
DEBAIXO DA ASA A Pequena Nuvem de Magalhães, uma das galáxias vizinhas da Via Láctea, surge-nos como um remoinho multicolor nesta imagem. Tecnicamente é uma galáxia anã, mas é tão brilhante que é possível avistá-la a olho nu se estivermos no hemisfério sul e em locais junto ao Equador. Novas imagens da região da ‘asa’ chegam até nós através do observatório de raios-X Chandra — um telescópio lançado pela NASA em 1999 —, revelando o primeiro vislumbre das emissões raio-X por estrelas jovens semelhantes ao nosso Sol fora da Via Láctea.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, CXC AND THE UNIVERSITY OF POTSDAM, JPL-CALTECH, AND STSCI
NEBULOSA DO OLHO DE GATO Em 2004, o Hubble revisitou a bolha de gás, de forma e cores psicadélicas, conhecida como Nebulosa do Olho de Gato. Encontrou 11 novos anéis concêntricos e vários vestígios de explosões de gás incandescente, na sequência da morte de uma estrela semelhante ao Sol. Através desta imagem de alta-resolução, os astrónomos compreenderam que estes fragmentos de material cósmico são projetados em intervalos de cerca de 1500 anos, criando uma estrutura semelhante às camadas de uma cebola.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, HEIC, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA). ACKNOWLEDGMENT: R. CORRADI (ISAAC NEWTON GROUP OF TELESCOPES, SPAIN) AND Z. TSVETANOV (NASA)
ASAS CELESTES Os gases libertados durante a morte de uma estrela espalham-se e assumem uma forma semelhante à das asas de uma borboleta. Nébulas coloridas com formas espetaculares, como a Nebulosa da Borboleta, constituem algumas das imagens mais populares captadas pelo telescópio espacial Hubble.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE SM4 ERO TEAM
LAÇO DO CISNE Esta fotografia, tirada em 1991, mostra-nos uma parte do material remanescente da Supernova do Cisne. Nesta formação, conseguimos ver os limites das ondas de deflagração de uma colossal explosão que ocorreu há cerca de 15 mil anos. As ondas de explosão são projetadas contra as nuvens de gases interestelares, tornando-os incandescentes e revelando informação importante a respeito da sua composição.
FOTOGRAFIA DE J.J. HESTER (ARIZONA STATE UNIVERSITY) AND NASA
UM CAMPO DE VISÃO ULTRAPROFUNDO Em setembro de 2012, vimos pela primeira vez a imagem conhecida como “Campo Ultraprofundo do Hubble”, uma imagem que resulta da junção de fotografias tiradas pelo telescópio espacial Hubble ao longo de dez anos de um pequeno espaço de céu do hemisfério sul. Capturando a pouca luz disponível, ao longo de várias horas de observação, o Hubble revelou-nos milhares de galáxias, umas relativamente perto outra extremamente afastadas, sendo esta a fotografia com a maior profundidade de campo de sempre até ao momento em que foi feita. O universo tem cerca de 13,7 mil milhões de anos, e esta fotografia mostra-nos galáxias cuja idade deverá rondar os 13,2 mil milhões de anos.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, G. ILLINGWORTH, D. MAGEE, AND P. OESCH (UNIVERSITY OF CALIFORNIA, SANTA CRUZ), R. BOUWENS (LEIDEN UNIVERSITY), AND THE HUDF09 TEAM
UMA NÉVOA MISTERIOSA Como um nevoeiro sinistro em torno de um candeeiro numa noite de inverno, uma nebulosa a 1499 anos-luz de distância, junto à constelação Órion, parece bilhar timidamente, iluminada pelas estrelas ardentes que se escondem na nuvem de gás. No centro deste retrato da nebulosa NGC 1999, também conhecida como Nebulosa da Fechadura, a estranha formação de tonalidade escura é uma nuvem de gás e poeira que os astrónomos julgam ser uma incubadora para estrelas recém-nascidas.
FOTOGRAFIA DE NASA/ESA AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI)
BELEZA INCOMPARÁVEL Esta icónica imagem da galáxia espiral NGC 1300 capturada pelo Hubble mostra-nos, em grande pormenor e esplendor, as estrelas jovens de um azul brilhante, as poeiras que formam os braços da espiral em torno do núcleo e as galáxias distantes a brilhar.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA). ACKNOWLEDGMENT: P. KNEZEK (WIYN)
MONTANHA MÍSTICA Uma fotografia de uma região da Nebulosa de Carina, a 7500 anos-luz de distância, conhecida como “Montanha Mística”, pelo seu aspeto se assemelhar ao de uma coluna rochosa composta por gases e poeiras. É o berço de muitas estrelas jovens e, por isso, muito quentes, que por estarem constantemente a emitir radiação e partículas carregadas esculpem a nuvem cósmica a partir do interior. Este tipo de colunas são regiões constituídas por matéria suficientemente densa para encarar a erosão estrelar.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND M. LIVIO AND THE HUBBLE 20TH ANNIVERSARY TEAM (STSCI)
OMEGA CENTAURI Esta imagem panorâmica mostra-nos aproximadamente 100 mil dos milhões de estrelas albergadas pelo Aglomerado Globular Omega Centauri. Os aglomerados globulares são ‘enxames’ de estrelas muito antigas que se mantêm juntas graças à gravidade. Nesta imagem, podemos observar uma variedade de estrelas em diversas fases dos seus ciclos de vida.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE SM4 ERO TEAM
UMA GALÁXIA DE LÃ Compostos por gás e poeiras, os braços da galáxia NGC 2841 parecem feitos de lã. Esta galáxia está situada na constelação conhecida como Ursa Maior, a 46 milhões de anos-luz da Terra. Trata-se de uma galáxia incomum uma vez que os seus braços, irregulares e de traço descontínuo, apresentam um baixo índice de formação estrelar, ao contrário de outras galáxias do tipo espiral.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE (STSCI/AURA)-ESA/HUBBLE COLLABORATION. ACKNOWLEDGMENT: M. CROCKETT AND S. KAVIRAJ (OXFORD UNIVERSITY, UK), R. O'CONNELL (UNIVERSITY OF VIRGINIA), B. WHITMORE (STSCI), AND THE WFC3 SCIENTIFIC OVERSIGHT COMMITTEE
UMA IMAGEM DE SE LHE TIRAR O CHAPÉU Uma fotografia espetacular onde podemos observar em grande pormenor a lindíssima galáxia espiral conhecida como ‘O Sombrero’. Os densos braços da espiral envolvem o núcleo branco e brilhante, que se encontra a uma distância da Terra de 28 milhões de anos-luz. Sombrero tem um comprimento estimado de 50 mil anos-luz.
FOTOGRAFIA DE NASA AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA)
ANTENAS ENTRELAÇADAS Nesta fotografia capturada pelo Hubble testemunhamos a espetacular colisão das galáxias Antennae — um fenómeno que teve início há entre 200 e 300 milhões de anos, e do qual resulta uma intensa formação de novas estrelas. As regiões de tonalidade azul e branca correspondem a estrelas recém-nascidas rodeadas por nuvens de hidrogénio de cor rosada. Crê-se que a Via Láctea sofrerá um fenómeno semelhante ao colidir com a galáxia Andrómeda dentro de vários milhares de milhões de anos.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA)-ESA/HUBBLE COLLABORATION. ACKNOWLEDGMENT: B. WHITMORE (SPACE TELESCOPE SCIENCE INSTITUTE)
VALSA GALÁTICA A interação entre as suas forças gravitacionais molda estas duas galáxias, coletivamente conhecidas como Arp 273, enquanto se aproximam uma da outra a 300 milhões de anos-luz de distância. O braço exterior da galáxia maior está distorcido devido à força gravitacional exercida pela galáxia mais pequena, mostrando ainda sinais de uma intensa formação estrelar.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA)
SWEET SIXTEEN Para comemorar os 16 anos do telescópio espacial Hubble, em 2006, a NASA divulgou esta fotografia da galáxia M82, conhecida como a Galáxia do Cigarro. Conhecida pela sua capacidade de gerar novas estrelas, a M82 é uma autêntica maternidade, gerando estrelas a uma velocidade dez vezes superior à da Via Láctea. Cada um dos pontos que aparentam ser estrelas nesta imagem é, na realidade, um aglomerado de milhões de estrelas.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM STSCI/AURA). ACKNOWLEDGMENT: J. GALLAGHER (UNIVERSITY OF WISCONSIN), M. MOUNTAIN (STSCI) AND P. PUXLEY (NSF)
UM ORNAMENTO CELESTE O telescópio espacial Hubble espiou uma nébula planetária que se assemelha a um ornamento de natal com um grande laço ao centro e divulgou uma fotografia da mesma pouco antes do natal de 2012. Nebulosas planetárias, como a NG 5189, representam a fase final da vida de uma estrela de proporções médias como o nosso Sol.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA)
UM CHOQUE EM CADEIA Apesar de a colisão destes quatro elementos parecer iminente, a galáxia espiral em tons de azul, a 40 milhões de anos-luz de distância, está sete vezes mais próxima da Terra do que as restantes que compõem o Quinteto de Stephen. As duas galáxias no centro da imagem estão já envolvidas uma na outra. A tonalidade amarelada das galáxias mais afastadas diz-nos que são mais antigas.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE SM4 ERO TEAM
GALÁXIA CATA-VENTO DO SUL Uma miríade de estrelas brilhantes e a densa poeira celeste constituem a galáxia Messier 83, ou galáxia Cata-vento do Sul, uma das maiores galáxias em espiral e uma das que estão mais próximas da Terra também. Esta galáxia foi anfitriã de um grande número de explosões de supernovas. O que aparenta ser um núcleo duplo é, na realidade, um buraco negro supermassivo orbitado por um disco de estrelas.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA). ACKNOWLEDGEMENT: WILLIAM BLAIR (JOHNS HOPKINS UNIVERSITY)
A NEBULOSA DE ÓRION Uma fotografia realista de uma pequena secção da Nebulosa de Órion. O detalhe impressionante desta imagem permite-nos admirar os objetos alongados junto à região ocupada pelas estrelas mais brilhantes, plumas em rápida expansão de material que envolve as estrelas e discos protoplanetários.
FOTOGRAFIA DE C.R. O'DELL (RICE UNIVERSITY), AND NASA
NÚCLEO DA GALÁXIA M100 Esta imagem mostra-nos a galáxia M100, uma espiral em forma de moinho de vento constituída por centenas de milhares de milhões de estrelas. A M100 acolhe estrelas variáveis pulsantes, isto é, estrelas cuja luminosidade varia numa escala de tempo inferior a 100 anos. Este tipo de estrelas raras pode ajudar-nos a ter uma melhor noção do tamanho e da idade do universo. Esta galáxia encontra-se tão longe que o Hubble viu-a como ela era na altura em que os dinossauros ainda passeavam pela Terra.
FOTOGRAFIA DE NASA, STSCI
UM DESFILE DE LUAS EM SATURNO Em 2009, o Hubble capturou uma fotografia de quatro luas enquanto estas desfilavam em torno do seu planeta-mãe, Saturno. A silhueta de Titã, a maior lua de Saturno, surge-nos com uma cor alaranjada e desenhando uma sombra na região polar norte do planeta. Abaixo de Titã, junto ao anel, do lado esquerdo, encontra-se Mimas, projetando uma pequeníssima sombra no topo da região equatorial do planeta. Se olharmos um pouco mais para a esquerda, já fora do disco, encontramos a Dione, e ligeiramente para a direita desta, a brilhar timidamente ao longe, Encélado. Este fenómeno é raro uma vez que só é possível avistar as três luas desta forma quando o plano do anel de Saturno se encontra quase perpendicular ao da Terra, o que sucede, aproximadamente, a cada 14 ou 15 anos.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA). ACKNOWLEDGMENT: M.H. WONG (STSCI/UC BERKELEY) AND C. GO (PHILIPPINES)
A GALÁXIA TORCIDA Esta vista detalhada da galáxia ESO 510-G13 mostra-nos como, a partir da colisão de duas galáxias, são geradas novas gerações de estrelas. A poeira e os braços das galáxias espirais, como a nossa Via Láctea, geralmente surgem-nos achatados quando vistos de lado. Por outro lado, a curvatura da galáxia ESO 510-G13 indica-nos que esta colidiu recentemente com outra galáxia e ainda a está a absorver. Dentro de alguns milhões de anos esta tensão acabará, e a ESO 510-G13 será uma galáxia espiral de aspeto tradicional.
FOTOGRAFIA DE NASA AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA). ACKNOWLEDGMENT: C. CONSELICE (U. WISCONSIN/STSCI)
UM BERÇÁRIO DE ESTRELAS A cerca de 40 milhões de anos-luz encontra-se a constelação Coma Berenices, ou Cabeleira de Berenice. A galáxia espiral barrada NGC 4314 é um exemplo de galáxia com um anel de estrelas muito jovens em torno do núcleo. Este berçário de estrelas, cujos habitantes terão nascido há cerca de cinco milhões de anos, é a única região em toda a galáxia onde estão a nascer novas estrelas.
FOTOGRAFIA DE G. FRITZ BENEDICT, ANDREW HOWELL, INGER JORGENSEN, DAVID CHAPELL (UNIVERSITY OF TEXAS), JEFFERY KENNEY (YALE UNIVERSITY), AND BEVERLY J. SMITH (CASA, UNIVERSITY OF COLORADO), AND NASA
NEBULOSA DO ESQUIMÓ Servindo-se de um telescópio terrestre, o astrónomo e fabricante de telescópios William Herschel foi o primeiro a avistar esta nebulosa. Mesmo quando avistada da superfície da Terra, a Nebulosa do Esquimó, como é conhecida, – que se encontra a cerca de cinco mil anos-luz de distância – assemelha-se ao rosto de um humano que veste uma parca felpuda.
FOTOGRAFIA DE NASA, ANDREW FRUCHTER AND THE ERO TEAM [SYLVIA BAGGETT (STSCI), RICHARD HOOK (ST-ECF), ZOLTAN LEVAY (STSCI)]
UMA LUPA CÓSMICA Graças a um aglomerado de galáxias chamado Abell 383, os astrónomos conseguiram identificar uma galáxia que acreditam ter sido formada quando o universo tinha apenas 950 milhões de anos. Nesta fotografia tirada pelo Hubble em 2011, tal galáxia surge-nos como um discreto ponto de luz acima da galáxia principal. Os astrónomos que a detetaram tiverem de recorrer ao auxílio de um fenómeno conhecido como “lente gravitacional”, no qual a gravidade em torno do aglomerado Abell 383 é usada como uma gigantesca lupa que molda a luz de forma a ampliar o tamanho dos objetos por trás do aglomerado.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, J. RICHARD (CENTER FOR ASTRONOMICAL RESEARCH/OBSERVATORY OF LYON, FRANCE), AND J.-P. KNEIB (ASTROPHYSICAL LABORATORY OF MARSEILLE, FRANCE). ACKNOWLEDGMENT: M. POSTMAN (STSCI)
FOGO DE ARTIFÍCIO CÓSMICO Repleto de brilho e energia, um aglomerado ilumina um espaço vazio na poeira da Nebulosa da Tarântula. Esta galáxia, situada na Grande Nuvem de Magalhães, é um dos vizinhos mais próximos da Terra.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, F. PARESCE (INAF-IASF, BOLOGNA, ITALY), R. O'CONNELL (UNIVERSITY OF VIRGINIA, CHARLOTTESVILLE), AND THE WIDE FIELD CAMERA 3 SCIENCE OVERSIGHT COMMITTEE
UMA GALÁXIA LENTICULAR Círculos de poeira escura e um brilho difuso fazem com que galáxia NGC 4526 pareça suspensa como um halo no vazio do espaço. É uma das maiores galáxias lenticulares conhecidas — uma categoria intermédia entre as elípticas e as espirais. No seu centro, encontra-se um colossal buraco negro supermassivo com uma massa de 450 milhões de sóis.
FOTOGRAFIA DE ESA/HUBBLE; NASA. ACKNOWLEDGEMENT: JUDY SCHMIDT
GALÁXIA DO GIRINO A curiosa forma desta galáxia deve-se ao facto de uma pequena galáxia de tonalidade azul ter atravessado a galáxia principal, do lado esquerdo no topo da imagem, deixando um rasto de estrelas, poeira e gás. A galáxia do girino está situada a 420 milhões de anos-luz na constelação de Draco.
FOTOGRAFIA DE NASA, H. FORD (JHU), G. ILLINGWORTH (UCSC/LO), M.CLAMPIN (STSCI), G. HARTIG (STSCI), THE ACS SCIENCE TEAM, AND ESA
NEBULOSA DE HÉLIX A Nebulosa de Hélix parece fitar-nos com o seu “olho”, composto pelos gases que expele à medida que se aproxima da morte. Apesar de se assemelhar a um dónute quando vista da Terra, há evidências que sugerem que consista em dois discos quase perpendiculares um ao outro. Situada a uma distância de 690 anos-luz, é uma das nebulosas planetárias mais próximas da Terra.
FOTOGRAFIA DE NASA;ESA, C.R. O'DELL (VANDERBILT UNIVERSITY), M. MEIXNER AND P. MCCULLOUGH (STSCI)
PAISAGEM CÓSMICA Esta fotografia do telescópio Hubble mostra-nos as montanhas e os vales desenhados pelo gás e a poeira presentes na região onde se formam imensas estrelas conhecida como NGC 3324, perto da Constelação de Carina. As formações semelhantes a tentáculos de gás e os cumes negros compostos por poeira, que se destacam brilhando sobre o fundo azul, chegam a ter anos-luz de comprimento.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA). ACKNOWLEDGMENT: N. SMITH (UNIVERSITY OF CALIFORNIA, BERKELEY)
O GRANDE DIVISOR Nesta vista única da galáxia de disco NGC 5866, cuja inclinação quase coincide com a da nossa linha de visão, uma faixa de poeira parece cortar a galáxia em duas. Esta imagem coloca em destaque a estrutura lenticular da galáxia: uma formação avermelhada que rodeia o núcleo brilhante, um disco de estrelas azulado paralelo à faixa de poeira e um halo exterior transparente.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA). ACKNOWLEDGMENT: W. KEEL (UNIVERSITY OF ALABAMA, TUSCALOOSA)
NEBULOSA DO CARANGUEIJO Considerada a imagem com maior pormenor da Nebulosa do Caranguejo, mostra-nos os inúmeros filamentos de hidrogénio, assemelhando-se a ramos, vestígios de uma explosão de supernova. Antigos astrónomos chineses assistiram ao nascimento desta nebulosa em 1054 a.C. O seu testemunho consta em escritos onde registam que foi possível avistar uma nova estrela no céu durante duas semanas.
FOTOGRAFIA DE NASA;ESA, J. HESTER AND A. LOLL (ARIZONA STATE UNIVERSITY)
A GALÁXIA DO REMOINHO Nesta imagem que data de 2005, os braços da galáxia espiral M51 (NGC 5194), compostos por longas faixas de estrelas, gás e poeiras, surgem-nos com uma colossal escada de caracol a serpentear pelo espaço. Os braços curvos correspondem ao lugar ocupado pelas estrelas mais jovens e quentes, enquanto o núcleo amarelado corresponde às estrelas mais antigas.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, S. BECKWITH (STSCI), AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA)
OS PILARES DA CRIAÇÃO REVISITADOS Em janeiro de 2015, o telescópio espacial Hubble revisitou um local que lhe valeu uma das suas fotografias mais icónicas: a Nebulosa da Águia, popularizada na fotografia conhecida como “Os Pilares da Criação”, divulgada em 1995. Vinte anos depois da primeira fotografia, o Hubble mostrou-nos os pilares sob um filtro de infravermelhos, que nos permite ver através da camada de gás e poeira, revelando-nos uma nova vista desta enigmática nebulosa. Junto aos pilares, assistimos ao nascimento de novas estrelas, enquanto um carnaval de jovens estrelas desfila nas áreas circundantes.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA/HUBBLE AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM
CASSIOPEIA A Uma fotografia capturada pelo telescópio espacial Hubble em 2002 mostra-nos o que se assemelha ao espetáculo de fogo de artifício das comemorações do 4 de julho, nos Estados Unidos da América, mas na realidade trata-se dos vestígios de uma gigantesca explosão estrelar cujos despojos se espalham pelo espaço. Crê-se que a Cassiopeia A é a mais jovem supernova da nossa galáxia. Fluxos gasosos de tonalidades púrpuras, esverdeadas e amareladas iluminam a Cassiopeia A a cerca de dez mil anos-luz de distância.
FOTOGRAFIA DE NASA E THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA)
OBJETO DE HOAG Um anel composto por estrelas azuis gira em torno do núcleo da galáxia conhecida como Objeto de Hoag, a 600 milhões de anos-luz de distância, na constelação Serpens. Ligeiramente maior que a Via Láctea, esta galáxia tem um comprimento de cerca de 120 mil anos-luz. Composto por aglomerados de estrelas jovens e maciças, o anel azulado – possivelmente vestígios de uma galáxia que se aproximou desta há dois ou três mil milhões de anos – contrasta com as estrelas amareladas, e por isso mais velhas, do núcleo.
FOTOGRAFIA DE NASA E THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA). ACKNOWLEDGMENT: RAY A. LUCAS (STSCI/AURA)
GIGANTE ELITÍCO Colossais massas de poeira cósmica dançam em torno da galáxia NGC 1316, uma galáxia elíptica gigante formada há milhares de milhões de anos quando duas galáxias espirais se fundiram. Após analisarem os aglomerados vermelhos presentes nesta galáxia, os astrónomos concluíram que esta resulta, efetivamente, da uma colisão de grande escala.
FOTOGRAFIA DE NASA;ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA). ACKNOWLEDGMENT: P. GOUDFROOIJ (STSCI)
UM ANEL DE MATÉRIA NEGRA Um anel envolve o aglomerado de galáxias Cl 0024+17. Este anel constitui uma das fortes evidências da existência da matéria negra, uma substância desconhecida que existe em todo o universo e, crê-se, que pode esconder informação essencial para uma melhor compreensão da estrutura intrínseca do cosmos. Apesar de os astrónomos não conseguirem ver a matéria negra, podem concluir que esta existe por inferência, observando as formas distorcidas desenhadas nas galáxias em plano de fundo.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, M.J. JEE AND H. FORD (JOHNS HOPKINS UNIVERSITY)
ONDA DE EXPLOSÃO DE UMA SUPERNOVA Esta faixa avermelhada, composta por gás, que flutua estranhamente na nossa galáxia não é mais do que matéria remanescente da explosão de uma supernova que ocorreu há mais de mil anos. Aproximadamente a 1 de maio do ano 1006 a.C., observadores de África à Europa e até ao Extremo Oriente testemunharam uma explosão de luz correspondente à supernova hoje conhecida como SN 1006 – uma gigantesca explosão de supernova causada pela morte de uma estrela branca anã a cerca de sete mil anos-luz de distância. É possível que esta supernova tenha sido a estrela mais brilhante alguma vez avistada por humanos, ultrapassando Vénus como o objeto mais brilhante no céu (durante a noite, e com a exceção da Lua).
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA). ACKNOWLEDGMENT: W. BLAIR (JOHNS HOPKINS UNIVERSITY)
NEBULOSA DA CABEÇA DE MACACO Tirada para comemorar o vigésimo quarto ano de atividade do telescópio espacial Hubble, esta fotografia mostra-nos a nebulosa formalmente conhecida como NGC 2174, coloquialmente apelidada de Nebulosa da Cabeça de Macaco. Encontra-se a 6400 anos-luz de distância, na constelação de Órion.
FOTOGRAFIA DE NASA;ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM (STSCI/AURA)
EL GORDO Em abril de 2014, dados recolhidos pelo Hubble permitiram a estimar o peso daquele que se crê ser o maior aglomerado de galáxias no universo, o ACT-CL J0102-4915, ou El Gordo. Medindo a distorção causada pela gravidade do aglomerado em imagens de galáxias distantes (um fenómeno conhecido como lente gravitacional), conseguiu-se estimar a massa de El Gordo como sendo equivalente a, pelo menos, três biliões de vezes a massa do Sol – uma valor superior a estimativas anteriores em cerca de 43%. Apesar de existirem mais aglomerados igualmente massivos na região, nunca se encontrou algo semelhante que fosse ao mesmo tempo tão antigo – acredita-se que estes objetos datam de quando o universo tinha cerca da metade da sua idade atual.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND J. JEE (UNIVERSITY OF CALIFORNIA, DAVIS)
UMA VISTA DE CORTAR A RESPIRAÇÃO Esta fascinante fotografia de parte da Andrómeda, a nossa galáxia vizinha, é composta pela conjugação de 7398 exposições. Um processo complexo que nos devolve um incrível mosaico iluminado por centenas de milhões de estrelas.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, J. DALCANTON, B.F. WILLIAMS, AND L.C. JOHNSON (UNIVERSITY OF WASHINGTON), THE PHAT TEAM, AND R. GENDLER
COLISÃO CÓSMICA A Via Láctea e a Andrómeda aproximam-se uma da outra a uma velocidade de 480 000 quilómetros por hora. Passarão vários milhões de anos até se emaranharem numa violenta dança de punhos erguidos. Até lá, os astrofísicos podem observar esta fotografia tirada pelo Hubble ao ringue onde duas galáxias disputam a soberania. O par de galáxias espirais NGC 4676 acabará provavelmente por se fundir numa só.
FOTOGRAFIA DE NASA, HOLLAND FORD (JHU), THE ACS SCIENCE TEAM AND ESA
UMA COLUNA DE GÁS NO NINHO DA ÁGUIA Esta fotografia tirada pelo telescópio espacial Hubble em 2005 mostra-nos uma densa coluna de gás na Nebulosa da Águia, que é formada graças à radiação e aos ventos em torno nas estrelas mais jovens. A Nebulosa da Águia, a cerca de sete mil anos-luz de distância, alberga ainda a famosa região imortalizada numa icónica fotografia chamada “Os Pilares da Criação”, capturada pelo Hubble em 1995, e onde figuram colunas semelhantes a estas. Estas formações são visíveis hoje apenas por causa do tempo que a luz demora a viajar até à Terra – crê-se que foram destruídas há cerca de seis mil anos.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, AND THE HUBBLE HERITAGE TEAM STSCI/AURA)
O CORAÇÃO PULSANTE DA TARÂNTULA Por fim, mais uma fotografia do Hubble que nos mostra milhões de estrelas na região conhecida como 30 Doradus, uma maternidade de estrelas no coração da Nebulosa da Tarântula. Esta incubadora de estrelas sobrelotada situa-se a 170 mil anos-luz da Terra, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã satélite que órbita em torno da Via Láctea. O surpreendente nível de detalhe desta imagem permite que os astrónomos possam acompanhar o ciclo de vida das estrelas, desde a fase embrionária, ainda subterradas em poeira, até serem autênticos behemoths de proporções míticas a brilhar incansavelmente até fim dos seus dias quando falecem numa gigantesca explosão de supernova.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, D. LENNON AND E. SABBI (ESA/STSCI), J. ANDERSON, S. E. DE MINK, R. VAN DER MAREL, T. SOHN, AND N. WALBORN (STSCI), N. BASTIAN (EXCELLENCE CLUSTER, MUNICH), L. BEDIN (INAF, PADUA), E. BRESSERT (ESO), P. CROWTHER (UNIVERSITY OF SHEFFIELD), A. DE KOTER (UNIVERSITY OF AMSTERDAM), C. EVANS (UKATC/STFC, EDINBURGH), A. HERRERO (IAC, TENERIFE), N. LANGER (AIFA, BONN), I. PLATAIS (JHU), AND H. SANA (UNIVERSITY OF AMSTERDAM)
www.natgeo.pt
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