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As autoridades espanholas estão a planear recrutar estrangeiros para ajudar a polícia na deteção de ajuntamentos ilegais.
Procuram-se estrangeiros com idades compreendidas entre os 30 e os 40 anos dispostos a frequentar festas em Ibiza, em nome do combate à pandemia. As autoridades espanholas na ilha estão a tentar reunir uma equipa além-fronteiras que seja capaz de se infiltrar em festas que violam as regras sanitárias locais e denunciá-las à polícia.
Nas últimas duas semanas, a incidência da Covid-19 subiu para 1,814 casos por cem mil habitantes no território insular. No entanto, a realidade da epidemia contrasta com o frenesim da vida noturna, que tem atraído muitos turistas neste verão.
Com a maioria das discotecas fechadas - exceto os espaços com capacidade para realizar eventos ao ar livre em que os clientes se mantêm sempre sentados - e os restaurantes e bares limitados a pequenos grupos, as autoridades acreditam que as festas ilegais estão na origem do aumento dos casos de coronavírus. As restrições foram, por isso, agudizadas entre as 01h00 e as 06h00, e as multas para quem organiza estas festas foram aumentadas para 600 euros.
No entanto, as festas não sofreram um travão. De acordo com o jornal The Guardian, Mariano Juan, um agente local, admite que tem sido difícil para a polícia infiltrar-se, já que os profissionais são facilmente reconhecidos pelos residentes. "Temos de procurar por ajuda lá fora", defende.
A maioria das festas ilícitas ocorre em casas particulares. São promovidas nas redes sociais ou em empreendimentos turísticos, atraindo uma mescla de turistas, moradores e trabalhadores sazonais. A tendência crescente de ocorrências sobrecarregou os agentes policiais.
As autoridades estão há duas semanas a planear e a negociar com uma empresa uma forma de pôr o plano em marcha, e esperam concretizá-lo rapidamente, já este verão. A ideia não é, contudo, consensual e tem gerado alguma controvérsia em Espanha.
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