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A entidade pede aos países vizinhos do Afeganistão para não fecharem as portas a afegãos em fuga.
A UNICEF aguarda mais desenvolvimentos para perceber se as promessas dos taliban em relação às mulheres e raparigas se vão cumprir. Beatriz Imperatori, diretora executiva da UNICEF Portugal, garante que a agência das Nações Unidas não vai desistir de tornar as promessas dos Taliban em realidade.
"A UNICEF posiciona-se como um parceiro. Isso é, evidentemente, uma declaração extremamente importante e com a qual a UNICEF pretende e quer colaborar. O grande esforço será o da mudança das mentalidade e de conseguir que todas as raparigas que estão na escola permaneçam na escola, que as suas educações e os seus percursos não sejam interrompidos", sustenta em entrevista à TSF.
A entidade pede aos países vizinhos do Afeganistão para não fecharem as portas a afegãos em fuga, sobretudo depois dos relatos que tem recebido em relação a violência contra mulheres e raparigas: "Sabemos que começaram já os casamentos forçados, o que é extremamente grave não só pela idade, mas também pelo facto de serem desconhecidos, por serem pessoas que podem ser agressivas e violentas com elas e tudo o que isso significa na vida de uma criança. Sabemos também que o número de deslocados internos é muito grande."
A UNICEF está no Afeganistão há cerca de 60 anos conhece bem a realidade do país e pretende continuar no território. Para isso pede ajuda na ordem dos 191 milhões de dólares (162 milhões de euros).
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