A Pholisma sonorae, comumente conhecida como comida-de-areia, é uma das flores silvestres mais bizarras dos Estados Unidos e México. Ela se desenvolve apenas em dunas de areia, a flor tem um caule carnoso que se estende dois metros abaixo da superfície e surge acima como uma pequena forma arredondada ou oval. Se acaso a areia suficiente for soprada ou lavada para longe, a parte superior do caule pode ficar exposta e a flor parece um cogumelo. |
Durante o início da primavera, a cabeça redonda dá flores pequenas com um centímetro de largura, que são de cor rosa a roxa com bordas brancas.
Heterotrófica, a comida-de-areia não tem clorofila. Para sobreviver, ela se liga às raízes de vários arbustos do deserto para obter nutrientes. Incrivelmente, as plantas hospedeiras não parecem ser esgotadas pela infestação de Pholisma, e algumas plantas de Pholisma pesam mais do que suas plantas hospedeiras.
É notável que as mudas desses parasitas de raízes incomuns sejam capazes de encontrar a raiz do hospedeiro enterrada profundamente na areia. Uma espécie intimamente relacionada, a Pholisma arenarium (última foto), que exibe um comportamento parasitário semelhante, faz isso lançando "raízes piloto" 60 centímetros abaixo da superfície da areia.
Quando alcançam a vizinhança de um arbusto hospedeiro, as raízes piloto emitem "raízes haustoriais" especiais que se conectam e penetram na raiz hospedeira. A conexão haustorial absorve carboidratos e aminoácidos produzidos pelo arbusto hospedeiro fotossintético.
A planta pode ser auxiliada por outros fatores, tais como dunas de areia em constante mudança que ajudam as sementes a viajar mais para baixo na areia, ou podem ser carregadas por formigas colhedoras e por roedores que se enterram nas dunas sob arbustos hospedeiros.
A comida-de-areia obtém água não de suas plantas hospedeiras, mas através dos estômatos de suas folhas. A planta é rara, pois seu habitat de areias de dunas inconstantes foi esgotado pelo desenvolvimento.
Supostamente toda a planta, desde o caule, folhas e flores são comestíveis e era um importante item alimentar para certos povos nativos americanos que viviam no deserto, incluindo os Cocopah e os Hia C-ed O'odham, mas conhecidos como povo-das-dunas ou arenenos, no México.
Pholisma sonorae é encontrada em apenas alguns locais nas Dunas de Algodones, localizadas na parte sudeste do estado da Califórnia, nos EUA, perto da fronteira com o Arizona e o estado mexicano de Baja Califórnia.
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