No dia 5 de julho de 1962 era oficialmente declarada a independência da Argélia.
O país africano havia sido colonizado pela França em 1830. A partir de 1954, começa a Guerra de Independência da Argélia, também conhecida como Guerra de Libertação Nacional, quando argelinos nacionalistas reunidos em torno da recém-criada Frente de Libertação Nacional (FLN) se rebelam contra o domínio francês.
O conflito, em geral, sempre deixou a França em desvantagem: as denúncias de que o exército francês torturava, a repressão sobre os povos argelinos e a crise que predominava a França depois da Segunda Guerra Mundial e de outros conflitos que fizeram o país perder colônias importante, fez com que o conflito repercutisse de forma negativa.
Entretanto, a Argélia também estava envolvida em conflitos internos: um outro partido (Movimento Nacional Argelino – MNA) defendia a independência, mas não nos moldes da FLN, o que desencadeou uma guerra interna, além de parte da população (que incluía europeus, sobretudo franceses, residentes na Argélia desde a época do início da colonização, os chamados “pieds-noir”) querer continuar sob domínio francês — esses fatores fizeram com que a independência fosse atrasada em quase oito anos.
Vendo a desmoralização da França, o início da resolução dos problemas internos da Argélia e a crescente revolta do povo argelino em relação à dominação francesa, o General De Gaulle — que assumiu o governo da França durante a Segunda Guerra Mundial e foi chamado novamente para tentar resolver o problema das colônias francesas na época — tenta “dar a volta por cima” e propõe um cessar fogo com o Governo Provisório Republicano da Argélia que havia se estabelecido em oposição ao status de colônia.
A guerra terminou formalmente em 8 de março de 1962. Em 5 de julho do mesmo ano é proclamada a independência e criada a República Argelina Democrática e Popular. No mesmo dia ocorre a expulsão de quase 1 milhão de “pieds-noir” da Argélia.
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