Os números são ainda preliminares e podem existir mais casos, chegando-se assim ao patamar mais alto de que há registo desde que se começou a contabilizar estes crimes de ódio em 2001.
Manifestação anti-fascista.
Há um aumento de crimes cometidos pela extrema-direita na Alemanha. Os números que existem de 2020 são ainda preliminares mas confirmam desde logo um aumento de 700 crimes relativamente ao ano anterior.
Ao todo, as polícias dos 16 estados do país contabilizaram 23.080 episódios.
Estes dados foram pedidos pela vice-presidente do Parlamento alemão, Petra Pau, e noticiados pelo Deutsche Welle (link is external). Esta deputada do Die Linke, cujo partido solicita periodicamente este tipo de informações ao Ministério do Interior diz, ao jornal Der Tagesspiegel que não está surpreendida uma vez que “a aceitação da violência como substituta da política está aumentar” e considera que o novo pico tem a ver com a crise pandémica que tem sido aproveitada pelos movimentos de ultra-direita.
O nível atingido por estes crimes de ódio é agora o mais alto desde 2016, altura em que, a crise dos refugiados era mais mediatizada e estes movimentos aproveitaram para realizar vários ataques contra estrangeiros.
Nesse ano, foram registados 23.555 crimes da extrema-direita. Desde 2001 que há registos de “crimes de motivação política” na Alemanha.
Desses crimes, 1.054 são violentos, tendo resultado 307 pessoas feridas. Segundo o Tagesspiegel ao balanço parcial faltam juntar, entre outras, as nove pessoas mortas num ataque racista em fevereiro do ano passado.
A notícia dos enormes números de crimes da extrema-direita segue-se às que davam conta de uma infiltração destes movimentos na polícia e em forças de elite militares.
O governo alemão pensa o que a violência da extrema-direita, o racismo e o anti-semitismo são “as maiores ameaças à segurança” do país, segundo declarou em julho o ministro do Interior, Horst Seehofer.
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