No Brasil, o fim do "auxílio emergencial", que tinha como objetivo apoiar os mais "vulneráveis" - entre eles micro-empresas e contribuintes individuais - durante a pandemia de Covid-19, está a deixar numa situação ainda mais complicada milhões de pessoas.
A crise sanitária ainda não acabou, o país continua a ser o terceiro mais afetado pelo novo coroavírus, a nível mundial, e a taxa de desemprego continua em níveis muito elevados, acima dos 14 por cento.
Foram quase 68 milhões os brasileiros que, entre abril e 31 de dezembro último, beneficiaram deste apoio. Mais de 40 por cento das verbas foram para os estados do norte e nordeste do Brasil e ajudaram a manter vivas economias locais, altamente, fragilizadas.
Na região norte do país apenas 2,2 milhões, dos 6,9 milhões apoiados, recebiam já um outro subsídio conhecido por Bolsa família.
No nordeste a situação é diferente. Dos 21,9 que receberam esta ajuda, 10 milhões eram já apoiados, por serem consideradas famílias em pobreza extrema.
Em novembro, Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania, dava por encerrado o quarto ciclo de pagamentos congratulando-se pela redução do índice de pobreza "para os níveis mais baixos em décadas". Mas para muitos "tapou-se o Sol com a peneira" já que sem esta ajuda, e sem emprego, milhões de brasileiros voltarão, ou ficarão, na pobreza. Outros tantos, que já dependiam do auxílio estatal, porque recebiam o Bolsa família, regressarão ao ponto de partida.
De acordo com as projeções do próprio governo o Brasil terá fechado 2020 com uma contração de cerca de 4,5% na economia.
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