O Presidente dos EUA, Donald Trump, vai abandonar a Casa Branca na manhã de 20 de Janeiro, horas antes da tomada de posse de Joe Biden. Trump já tinha anunciado que não iria estar na cerimónia, e sabe-se agora que vai estar a 1600 quilómetros de distância do Capitólio, na sua mansão de Mar-a-Lago, na Florida.
Os pormenores da partida ainda não foram divulgados, mas a CNN e o jornal The Washington Post avançam que Trump quer organizar uma despedida com apoiantes e sair da capital dos EUA ainda como Presidente em exercício.
De acordo com a CNN, Trump disse a conselheiros que não quer adiar a viagem para depois da tomada de posse de Joe Biden – se isso acontecesse, teria de sair da Casa Branca já como ex-Presidente, e só poderia usar o avião Air Force One mediante uma autorização do seu sucessor.
O cenário mais provável, ainda segundo a CNN, é que o Presidente dos EUA organize uma festa de despedida com os seus apoiantes, com a participação de militares, para depois partir em direcção à Florida debaixo de aplausos. O que parece certo é que Trump estará na sua mansão particular às 12h do dia 20 de Janeiro – o preciso momento em que deixará de ser Presidente.
Não há outros exemplos, na História moderna, de presidentes dos EUA que tenham faltado à tomada de posse dos sucessores.
Os três casos anteriores a Trump aconteceram no século XIX (John Adams, 1801; John Quincy Adams; 1829; Andrew Johnson, 1869).
É por isso que a decisão de Trump apresenta outro tipo de problemas, numa era nuclear em que os presidentes dos EUA transportam com eles os códigos para o lançamento de um ataque.
Na quarta-feira da próxima semana, tanto Trump como Biden terão perto de si – separados por 1600 quilómetros – um ajudante de campo que transporta a mala de 20 Kg onde estão as instruções e os códigos nucleares. Às 12h em ponto, a mala que acompanha Trump será desactivada.
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