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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Efeito da pandemia? Enfermeira desaparecida mobiliza apoio de todos nas redes sociais



Célia não trabalha diretamente com doentes covid-19, mas sabe-se que andava muito cansada desde novembro, altura em que os casos de infeção começaram a aumentar em Portugal e a pressão nos hospitais aumentouFacebookWhatsappTwitterLinkediMail

Uma enfermeira do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, está desaparecida desde esta segunda-feira e o seu desaparecimento pode estar relacionado com alguma desorientação, fruto da enorme pressão que vive nos hospitais.

Célia Paulo tem 49 anos e saiu de casa para ir trabalhar. Despediu-se dos filhos normalmente, deixando tudo como quem chegaria à noite do trabalho e sem suspeitas de um possível desaparecimento.

A enfermeira de 49 anos não chegou a dar entrada no hospital. Uma amiga da família confirmou que "a polícia tem toda a informação e está a tentar perceber o que se passa. Nós não podemos estar a divulgar muito mais do que o que divulgámos até agora, porque não sabemos". Célia, para além de trabalhar no Hospital de Santa Maria, durante algum tempo fazia ainda turnos noutro hospital. "Agora estava muito centrada em Santa Maria porque o Santa Maria está no caos".

Célia não trabalha diretamente com doentes covid-19 mas sabe-se que andava muito cansada desde novembro, altura em que os casos de infeção começaram a aumentar em Portugal e, consequentemente, a pressão nos hospitais.

Na última vez que foi vista pela família, Célia vestia umas calças verdes, uma blusa de gola alta verde e um casaco vermelho. Todos os apoios estão a ser reunidos para encontrar a enfermeira, principalmente nas redes sociais, onde circulam várias fotografias suas.


PROFISSIONAIS DE SÁUDE EM 'BURNOUT'


A pandemia do novo coronavírus surgiu em março de 2020 em Portugal. A seguir a ela, confinamento foi a palavra de ordem e durante cerca de dois meses estivemos fechados em casa. O primeiro confinamento trouxe a debate público a importância da saúde mental e as consequências que o tempo de incertezas que estávamos a atravessar teriam na vida das pessoas. Passado quase um ano de pandemia, como está a saúde mental dos portugueses?

A questão foi levantada pelo POSTAL recentemente e as respostas dizem que a quarentena foi um momento de enorme medo para a maioria da população, uma vez que uma doença ainda desconhecida estava a propagar-se em Portugal e isso iria colocar em causa a liberdade de todos (que estava garantida até então), os postos de trabalho, o contacto com amigos e família, entre tantas outras coisas. Diogo Fernandes, psicólogo na ASMAL (Associação de Saúde Mental do Algarve), que trabalha no Centro de Reabilitação, sobre as consequências do primeiro confinamento na população e a verdade é que “a ansiedade e o medo de ficar contagiado foram as primeiras emoções sentidas. Acrescenta-se ainda “o receio das outras pessoas não cumprirem as normas”.

Um estudo do INSA revela que no grupo dos profissionais de saúde, os mais afetados por “burnout” são os que estiveram em contacto regular com doentes (33%), os que estavam a tratar doentes com covid-19 (43%) e os que tiveram um aumento do horário de trabalho (39%). Existe também um medo de não se regressar à vida que havia antes da pandemia, revelam 76% das respostas.

Segundo dados do Infarmed, nos primeiros oito meses de 2020, foram vendidas mais de 6,5 milhões de embalagens de antidepressivos, mais 5% do que em 2019. Pode assim concluir-se que a pandemia covid-19 provocou, a nível global, alterações profundas nos estilos de vida, com potencial impacto na saúde mental e no bem-estar das populações.


postal.pt

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