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Nos últimos meses tem-se verificado uma diminuição constante do número de jovens empregados: 295,1 mil em março, 271,6 mil em abril, 243,7 mil em maio, e 235,8 mil em junho. Além disso, 12,8% destes jovens não estão nem a estudar, nem a trabalhar. E em julho deste ano, o número de cidadãos até aos 24 anos que se inscreveu no centro de emprego subiu 58% face a julho de 2019.
Este panorama é um regresso a certos períodos do passado recente, lembra o "Público". Janeiro de 2017, por exemplo, começou com 95,2 mil jovens desempregados, ou 26,1% da população entre os 15 e os 24 anos a estar fora do mercado laboral. Em janeiro de 2013, o cenário era ainda pior: 162,8 mil pessoas no início da vida laboral não conseguiam ter trabalho.
Ouvido pelo "Público", o economista e antigo presidente do IEFP Francisco Madelino lembra que, como 2009, o momento é de retração económica: dado muitas empresas estarem em lay-off e a interromperem os canais de informação de oferta de trabalho, a que se junta o baixo investimento generalizado, será difícil esperar uma melhoria da situação antes da primavera de 2021.
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