Estas fotografias de Veneza na Belle Époque foram processadas e coloridas pelo processo de fotocromo. A página da Biblioteca do Congresso sobre o processo de fotocromia explica que as impressões fotocromáticas são imagens à base de tinta produzidas por meio da transferência fotográfica direta de um negativo original para placas de impressão litográfica e cromográfica. Em outras palavras, uma técnica pela qual fotos em preto e branco eram coloridas de forma vibrante e realista usando a litografia.
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O processo de fotocromia foi inventado na década de 1880 por Hans Jakob Schmid, funcionário da Orell Gessner Füssli, uma empresa suíça de impressão cuja história começou no século XVI.
A Füssli então fundou a empresa Photochrom Zürich como veículo comercial para a exploração comercial do processo.
A partir de meados da década de 1890, o processo foi licenciado por outras empresas pelo mundo.
A fotocromia se tornou muito popular e foi a primeira técnica a emprestar cores para as imagens de maneira convincente e pelo processo de impressão.
Embora as impressões fotocromáticas possam se parecer muito com fotografias coloridas, na verdade isso não corresponde a realidade.
Se você olhar para elas através de uma lente de aumento, os pequenos pontos que compõem a imagem fotomecânica à base de tinta são visíveis.
Variante da técnica de cromolitografia, o fotocromo era muito usado na produção em massa de imagens coloridas, principalmente cartões-postais e reproduções de obras de arte;
O processo fotomecânico permitia a produção em massa colorida, usando chapas litográficas preparadas para cada tonalidade a ser usada no cartão postal final em cores.
Uma única imagem poderia exigir mais de uma dúzia de chapas diferentes e nunca menos de seis para fazer a composição necessária.
O processo de preparação das chapas era delicado e complicado, pois algumas cores eram o resultado da sobreposição e mistura de alguma cores para criar um terceira.
Assim, as chapas também tinham uma sequência de impressão e as última a serem usadas precisavam passar por uma limpeza assim que as cores perdiam a tonalidade devido a mistura.
Embora, assim como o trabalho dos artistas da colorização digital atuais, necessitasse de um esforço demorado e delicado, como podemos ver nestes cromos, o processo resultava em imagens coloridas com um raro grau de semelhança.
Mesmo depois que a fotografia colorida foi inventada a maioria dos cartões postais continuaram a ser fotocromados porque a fotografia colorida ainda era impraticável.
A tecnologia do fotocromo nos deu, entre outras peças marcantes da história visual, essas imagens exuberantes de Veneza, que o escritor Jan Morris certa vez descreveu como "menos uma cidade do que uma experiência".
A construção de Veneza começou no século 5 d.C., após a queda do Império Romano, quando refugiados do continente fugiram para as ilhas da lagoa.
Logo, havia tantos deles que precisavam de mais espaço, então cravaram pilares de madeira profundamente na argila sob o solo.
Em cima dos pilares, eles construíram plataformas de madeira e, em cima disso, construíram seus edifícios.
Tudo isso significa que Veneza foi basicamente construída sobre madeira e água na sua alvorada.
A madeira evitou milagrosamente a decomposição ao longo dos séculos, pois está debaixo d"água e não exposta ao oxigénio, e também porque a água salgada endureceu a madeira em uma consistência de pedra mais durável.
Veneza é conhecida como "La Dominante", "La Sereníssima", "Rainha do Adriático", "Cidade das Águas", "Cidade das Máscaras", "Cidade das Pontes", "Cidade Flutuante" e, ufa, "Cidade dos Canais".
A lagoa e uma parte da cidade estão listadas como Património Mundial da UNESCO. Partes de Veneza são conhecidas pela beleza de seus ambientes, arquitetura e obras de arte.
Veneza também é conhecida por vários movimentos artísticos importantes -especialmente durante o período do Renascimento-.
A cidade desempenhou um papel importante na história da música sinfónica e operística e é o local de nascimento de Antonio Vivaldi.
Este cartões postais do ano de 1890 mostram as pessoas, os canais da cidade, e os principais marcos como a Catedral e a Praça de São Marcos, os palácios Doge, Pesaro e Ducale, a ilha de São Jorge e a ponte Ralto, entre outros.
Fotos: Acervo da Biblioteca do Congresso Americano.
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