Sexta feira, 13 de março, foi o dia de arranque do projeto piloto de recolha de garrafas de plástico não reutilizáveis nos 23 locais dispersos pelo território em que foram instaladas as máquinas automáticas que procedem à recolha e atribuem valores em talões de desconto, consoante a capacidade das garrafas.
O projeto-piloto para a “recolha de embalagens de plástico não reutilizáveis de bebidas, através de máquinas automáticas, tem início hoje, 13 de março, em 23 grandes superfícies comerciais de norte a sul do país”, informou em comunicado o gabinete do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes. Pela devolução das garrafas é entregue um talão de desconto que varia entre dois e cinco cêntimos por cada garrafa, em função da capacidade da embalagem devolvida, esclarece o comunicado.
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A partir de agora, os consumidores vão poder depositar nestas máquinas embalagens de águas, sumos, refrigerantes ou bebidas alcoólicas, recebendo, em troca, um talão de desconto por cada garrafa, refere o comunicado.
Com um financiamento de 1 milhão e 665 mil euros do Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e Ação Climática, o projeto resulta da candidatura de um consórcio liderado pela Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente.
“A atribuição de um prémio ao consumidor pela devolução das garrafas pretende incentivar a devolução de embalagens não reutilizáveis em plástico”, refere o documento. “O valor do talão de desconto varia de acordo com a capacidade da embalagem devolvida: dois cêntimos, para embalagens até 0,5 litros; cinco cêntimos, para capacidade superior, até dois litros. Estes montantes podem depois ser utilizados em compras de valor igual ou superior, na loja onde as garrafas foram entregues, ou doados a uma instituição de solidariedade social”, esclarece.
Sobre este projeto, o gabinete do ministro Matos Fernandes diz que “pretende garantir-se o encaminhamento para reciclagem de elevada qualidade, permitindo a incorporação em novas garrafas de bebidas, maximizando-se a circularidade dos materiais”. No entanto, há exigências aquando da deposição dos plásticos nas máquinas: não conterem líquidos ou outros produtos no interior, não serem espalmadas e estarem devidamente fechadas com as respetivas tampas, apresentando o código de barras legível.
Com este sistema de incentivo, pretende alcançar-se o cumprimento de metas de recolha (50% do potencial de recolha), de reciclagem (97%) e de incorporação de plástico reciclado na produção de novas garrafas de bebidas (50%). Os sistemas de depósito já existem em diversos Estados-Membros, permitindo atingir metas de recolha acima dos 80%.
“A realização deste projeto‐piloto constitui uma oportunidade para adquirir experiência e produzir ensinamentos para a definição e implementação do futuro sistema de depósito de embalagens de bebidas em plástico, vidro, metais ferrosos e alumínio, obrigatório a partir de 1 de janeiro de 2022”, conclui o comunicado.
Jornalde Negócios
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