Rui Brites explica que "os medíocres não são incompetentes. Eles cerceiam a sua criatividade porque querem agradar ao chefe.
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O que é ter poder e quem o tem? As respostas a estas duas perguntas são o pano de fundo da conversa da SIC com o sociólogo e professor do ISEG Rui Brites a propósito do assédio moral no trabalho, tema da Reportagem Especial "QUERO controlar POSSO humilhar MANDO obedecer".
Se, como afirma Rui Brites, "poder é a capacidade que algumas pessoas têm de fazer com que os outros façam o que eles querem dando-lhes a ilusão de que estão a fazer o que querem fazer", então, também é fácil aceitar que "o poder formal é um falso poder, porque o que concede o poder formal é uma regra, uma nomeação".
A questão complexifica-se quando tentamos entender, no contexto do assédio moral, o papel das chefias medíocres, para usar a expressão de Alain Deneault ("La médiocratie", 2015).
O filósofo canadiano francófono defende que "os mediocres tomaram o poder" e que "a divisão e a industrialização do trabalho manual e intelectual contribuíram para o advento de uma 'mediocracia'". O sociólogo português Rui Brites explica que "os medíocres não são incompetentes. Eles cerceiam a sua criatividade porque querem agradar ao chefe. O povo português diz que são os lambe-botas e eles enxameiam as organizações", acrescenta.
Rui Brites conclui: "a tendência é para que os medóocres ocupem o poder, mas sem sombra para dúvidas".
sicnoticias.pt
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