AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "COMO UM CLARIM DO CÉU"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

quarta-feira, 4 de março de 2020

A solução para o aeroporto que defende os interesses da região e do país é Alcochete


Paula Santos
Deputada do PCP


Numa tentativa de justificar o injustificável, o PS e o Governo vieram a público atacar os eleitos da CDU, quando na verdade quem mudou de posição não foi o PCP, nem os eleitos da CDU, mas sim o PS, os seus autarcas e o Governo, que no passado defenderam a construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, e que agora não só acompanham as decisões do Governo PSD/CDS, como revelam um profundo desprezo pelo desenvolvimento e progresso da região e do país.
PS e Governo, tentam ocultar que o que verdadeiramente determina as suas posições e argumentos sobre o novo aeroporto é a cedência aos interesses da multinacional Vinci, concedendo-lhe a prerrogativa de, em vez de construir o novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete a que estava obrigada no contrato de concessão, limitar-se à construção de um terminal aeroportuário, que não é mais do que um apeadeiro na Base Aérea n.º 6 do Montijo.
A construção do aeroporto na BA-6 não é a solução de que o país precisa. A Declaração Impacte Ambiental condicionada emitida não avaliou os impactos e consequências sobre as diversas unidades industriais que apresentam riscos de acidentes graves e estão localizadas no cone de aproximação à pista, o risco de colisão de aves com os aviões, as consequências para a saúde e segurança das populações, nem os aspetos relativos à segurança da navegação aérea e da operação aeroportuária, ou as acessibilidades e a mobilidade na região.
A infraestrutura que querem implementar na BA-6 destinada a operação low cost, não criará mais do que 2000 postos de trabalho, (muito aquém dos 10 mil anunciados) num quadro em que o encerramento da base militar leva ao desaparecimento de cerca de 800 postos de trabalho.
Desde a privatização a VINCI/ANA acumulou 871,1 milhões de euros de resultado líquido positivo nos últimos 6 anos, à custa da redução de investimento, do aumento de preços e da intensificação da exploração laboral. É fácil de perceber de onde vem e onde está o dinheiro necessário à construção do novo aeroporto, nos lucros da ANA.
O novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete construído por fases, segundo as necessidades do país, teria na sua 1ª fase um custo equivalente ao previsto para a construção do aeroporto na BA-6. E a opção do Montijo implica ainda mais 650 milhões de euros de investimento na Portela.
Pretender alterar uma lei para satisfazer as imposições da multinacional VINCI é revelador de um profundo desrespeito pelo Estado Democrático, bem como da enorme submissão do Governo a interesses económicos, renegando os interesses do país e dos portugueses.
O PCP defende hoje o que defendeu no passado, isto é, que o país seja dotado de uma infraestrutura aeronáutica que responda às suas necessidades e promova o seu desenvolvimento económico e social. Em consonância com as conclusões de diversos estudos, o PCP defende a construção faseada de um novo aeroporto no Campo de Tiro


www.osetubalense.com

Sem comentários:

Enviar um comentário