AVISO
domingo, 31 de janeiro de 2021
HOMENS COM ELES NO SÍTIO ONDE ESTÃO ?
Morreu Amândio Silva, um dos sequestradores do avião da TAP que lançou panfletos contra Salazar nos céus de Lisboa
O antigo revolucionário foi um dos que embarcou, em novembro de 1961, na aventura pensada por Galvão e chefiada por Hermínio da Palma Inácio, que consistiu no sequestro de um avião "Super Constellation", da TAP, em rota entre Casablanca, em Marrocos, e a capital portuguesa.
Lutador convicto contra Salazar, a espetacular ação do "Super Constellation" não foi a única de Amândio Silva contra o ditador. Ele foi um dos participantes na chamada "Revolta da Sé", uma conspiração protagonizada por civis e militares, em março de 1959. A rebelião, impulsionada sobretudo por católicos (decorreu na Sé Patriarcal de Lisboa), junto à então cadeia do Aljube, acabaria por ser neutralizada pela PIDE, a polícia política do regime.
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Repatriamento de crianças estrangeiras em al-Hol pedido pela ONU
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Partiram para a Síria para combater e morrer nas fileiras dos «rebeldes» que, afinal, eram o Estado Islâmico e a Al-Qaeda. Os países que os elogiaram demoram a repatriar-lhes os órfãos.
Responsáveis da ONU apelaram aos países dos quais partiram combatentes para a guerra na Síria que assumam a responsabilidade de repatriar as crianças e mulheres que se encontram no campo de refugiados de al-Hol, informa a agência Associated Press.
As crianças são filhos e filhas de estrangeiros que foram para a Síria e o Iraque para combater contra os governos legítimos de ambos os países nas fileiras dos chamados grupos «rebeldes», que afinal se revelaram simples filiais do Estado Islâmico e da Al-Qaeda.
Sem qualquer relação com as populações das regiões onde actuavam, os combatentes estrangeiros foram responsáveis por numerosas atrocidades. Tomaram mulheres, muitas vezes entre as sobreviventes das comunidades por eles massacradas, e tiveram filhos que sucessivamente arrastavam conseguido para as zonas de guerra em que combatiam.
Derrotados pelas milícias xiitas no Iraque e pela coligação sírio-russo-iraniana na Síria, os combatentes e deixaram dezenas de milhar de viúvas e descendentes.
O campo de refugiados de al-Hol, na província de Hasaka, no norte da Síria ocupado pelos EUA e seus homens de mão no terreno, os membros das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), é o maior do país, contando com cerca de 62 mil residentes dos quais, segundo a ONU, mais de 80% são mulheres e crianças, a maioria das quais fugiram depois da derrota do Estado Islâmico na Síria.
Cerca de 27 mil crianças permanecem «abandonadas ao seu destino» e «em risco de radicalização» no campo, alertou o responsável da ONU pela luta contra o terrorismo, Vladimir Voronkov, numa reunião informal do Conselho de Segurança das Nações Unidas na passada sexta-feira onde classificou a situação em que se encontram como «horrível» e «um dos problemas mais prementes da actualidade, em todo o mundo».
O responsável da ONU pelo contra-terrorismo responsabilizou pelas crianças os 60 estados de onde os seus pais partiram e deu como um exemplo positivo o caso da Rússia e do Casaquistão, que entre ambos já repatriaram cerca de mil crianças e suas famílias.
Afirmou que o estudo das experiências de repatriamento revela que «o receio de riscos securitários se tem revelado infundado» e defendeu que as crianças sejam «tratadas primariamente como vítimas» e que os menores de 14 anos não sejam detidos nem processados judicialmente.
«Merecem uma oportunidade na vida, como qualquer criança»
Voronkov defendeu a reintegração das crianças nas suas comunidades de origem como a melhor forma, comprovada historicamente, de recuperarem de uma experiência traumática.
A representante especial das Nações Unidas para as crianças e conflitos armados, Virginia Gamba, manifestou-se em sintonia com o seu colega.
«São crianças» acima de tudo, afirmou, crianças cuja saúde mental, segurança e desenvolvimento a longo prazo são hipotecadas pelas «dramáticas condições» a que estão sujeitas nos campos de refugiados no norte da Síria e do Iraque.
Lembrando que as crianças têm direito a uma nacionalidade e identidade e que não podem permanecer apátridas e estigmatizadas, Gamba defendeu o seu repatriamento como prioritário «no melhor interesse das crianças».
«Deve ser-lhes devolvida a infância e um ambiente em que possam construir um futuro afastadas da violência», disse Gamba, e lembrou que «merecem uma oportunidade na vida, como qualquer criança».
HOJE - 350 detidos em manifestação contra confinamento na Bélgica
A polícia belga deteve este domingo cerca de 350 pessoas em vários locais de Bruxelas por estas participarem em manifestações convocadas pelas redes sociais contra as medidas aplicadas na Bélgica para travar a pandemia por covid-19, noticia a EFE.
Segundo adianta a agência noticiosa espanhola, os protestos, em que não se registaram incidentes, ocorreram nas proximidades das três principais estações ferroviárias de Bruxelas, bem como na zona Atomium.
As forças de segurança adotaram fortes medidas de segurança junto aos locais onde sabiam antecipadamente, pelas redes sociais, que os manifestantes iam protestar.
Na entrada da estação central de Bruxelas, verificou-se a maior concentração, na qual, com a ajuda de altifalantes, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o confinamento e apelaram à "liberdade", de acordo com o relato da polícia, citado pela EFE.
Como medida de precaução, a polícia retirou aos manifestantes uma série de objetos que eventualmente poderiam ser usados como projéteis.
Entre os contestatários às medidas de confinamento estavam muitos adeptos dos cinco clubes de futebol do país, da região da Valónia e da Flandres.
Antes das ações terem ocorrido a polícia belga alertara na rede social Twitter os manifestantes que não havia autorização para a realização dos protestos.
A Bélgica, que tem 11,5 milhões de habitantes, já registou mais de 20 mil mortes relacionadas com o coronavírus desde março de 2020.
O país decidiu recentemente proibir viagens "não essenciais" de e para o seu território, até 01 de março.
Os belgas estiveram parcialmente confinados durante três meses, com escolas abertas, mas vários setores de atividade fechados, incluindo as atividades desportivas.
Na vizinha Holanda, vários distúrbios tiveram lugar na semana passada, contra a implementação de um recolher obrigatório, como forma de combater a propagação do SARS-COV-2.