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A um dia de anunciar que países entram, saem ou se mantêm na “lista verde” do Reino Unido de destinos que, por terem um baixo risco de infeção por covid-19, não obrigam a que os turistas britânicos façam quarenta no regresso, o primeiro-ministro Boris Johnson avisou que não estará para meias medidas.
“Quero que saibam que não vamos hesitar na hora de fazer alterações e transferir países da lista verde para a vermelha, se tivermos necessidade disso”. Ainda que o governo queira que “as pessoas possam continuar a viajar”, há a necessidade de manter a “prudência”, acrescentou, citado por vários meios de comunicação britânicos. “A prioridade é prosseguir com a vacinação para proteger a população britânica.”
Portugal foi incluído na designada “lista verde” a 7 de maio, tendo os turistas britânicos começado a viajar para o país sem necessidade de fazer quarentena no regresso a partir do dia 17 do mês passado. Outros países foram incluídos na lista na mesma ocasião, como Israel, Gibraltar, Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Brunei, Islândia, ilhas Faroe e Malvinas. Na Europa, ficaram de fora, por exemplo, França, Grécia e Itália.
A lista é atualizada a cada três semanas, esperando-se uma próxima revisão já esta quinta-feira. Apesar do aviso, Boris Johnson afirmou que os dados epidemiológicos não apontam, até ao momento, para a necessidade de voltar atrás nas medidas de desconfinamento que estão em vigor no país.
De acordo com os media britânicos, há a expectativa de que algumas ilhas gregas possam ser adicionadas à “lista verde”, assim como Malta, Finlândia, Antígua (ilha no mar do Caribe) e Grenada. Ao mesmo tempo, receia-se que alguns países do sudeste asiático, como Malásia, Tailândia, Vietname, Camboja e Indonésia possam ser acrescentados à “lista vermelha”, que obriga os turistas britânicos a fazer quarentena por um período de dez dias no regresso ao país.
Apesar de os dados epidemiológicos não suscitarem alarme, até pelo contrário, vários especialistas britânicos têm pedido ao Governo para atrasar o levantamento total das restrições, devido à grande disseminação de uma variante do vírus que se acredita ser mais transmissível, e que foi detetada pela primeira vez na Índia. Recentemente, a agência britânica de Segurança Sanitária indicou que esta variante já se tornou a mutação dominante em algumas áreas do Reino Unido.
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