Ainda que o santuário de Aruka na cidade japonesa de Ebina é o mais antigo de toda a província de Sagami, sua popularidade se deve à celebração de uma cerimônia única em todos os sentidos. Dito ritual começa quando aparece um sacerdote com uma toca de dois metros em forma de cebolinha verde. Segundo o Oddiity Central, Negi-san, o padre do referido santuário, vem realizando a cerimónia da cebolinha verde há cerca de quatro anos, mas ela só se tornou viral no ano passado, quando as fotos do ritual se espalharam nas redes sociais japonesas. |
Era uma coisa muito estranha de se ver, mesmo para os padrões japoneses, mas isso só o tornou mais interessante. Ali estava um padre mascarado de saia verde e camisa branca compondo o traje com a cebolinha verde em sua cabeça. Não disso fazia sentido e, ainda assim, aquilo acabou chamando a atenção de todo mundo.
Vejamos esse começo que rompe com todo o que a gente poderia pensar do Japão e suas cerimónias em um templo que tem mais de 5.000 anos:
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É possível que agora se esteja fazendo muitas perguntas. Por que uma cebolinha? Por que na cabeça? Ou por que demônios a cebolinha deve passar por um pequeno círculo envolvido em uma corda?
Segundo contam os locais, a singular cerimônia foi inspirada em outra realizada por Miwako Kojima, conhecida como Panda Miyaji, onde o sacerdote usava uma cabeça de panda. Dita cerimônia atraiu muitos visitantes ao Santuário de Aruka ao desafiar a ideia de que a religião devia ser formal e ser cheia de regras.
Ao que parece, Miwako também queria criar uma cerimônia similar para o sacerdote principal, Negi-san. Dado que "negi" tem uma pronúncia similar a "cebola" em japonês, Miwako teve a ideia de criar uma personagem com um toca de cebolinha. Assim nasceu a "cabeça de cebola" em 2017.
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Por motivos óbvios, o ritual só pode ser celebrado em áreas externas ou com o pé-direito alto o suficiente para não estragar a hortaliça, e o momento supremo da cerimônia ocorre com a passagem do sacerdote através de um pequeno "círculo de cebolinhas". A cabeça de Negi inclina-se para passar através do círculo, tudo isso como uma forma de orar pela paz e o alívio de desastres.
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Seja como for, à medida que foi crescendo em popularidade a cerimônia também foi acrescentando extras como música e instrumentos, inclusive dança como vemos nos vídeos. Pouco mais que acrescentar. Se você estiver próximo a Ebina, não deveria perder uma cerimónia que, quase com certeza, em alguns poucos anos pode acabar se tornando um festival.
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