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Os trabalhadores do setor corticeiro marcaram uma greve nacional para a próxima terça-feira, bem como uma manifestação em frente à associação patronal do setor, em Santa Maria de Lamas, distrito de Aveiro, de acordo com um comunicado hoje divulgado.
Na nota divulgada pela Feviccom – Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro, pelo SOCN – Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte e pelo Stccmcs – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores e Cortiças do Sul e Regiões Autónomas, os trabalhadores queixam-se de aumentos salariais “miseráveis”.
“Apesar da pandemia, os trabalhadores e as trabalhadoras corticeiras não pararam de produzir riqueza, num setor que é altamente rentável e que teve em 2020 um dos seus melhores anos de sempre, nas palavras do presidente da Corticeira Amorim (Relatório Anual Consolidado de 2020)”, lê-se na mesma nota.
Assim, os trabalhadores pedem "45 euros de aumento salarial mensal", "sete euros para o subsídio de refeição diário", "acréscimos no pagamento do trabalho noturno e nos turnos", "diuturnidades para todos/as", "25 dias úteis de férias", "dispensa no dia de aniversário" e "melhoria geral das condições de trabalho em cada empresa".
O lucro da Corticeira Amorim recuou 14,2%, para 64,3 milhões de euros, em 2020 face a 2019, tendo as vendas consolidadas diminuído 5,2% para 740,1 milhões de euros, conforme divulgou a empresa.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Corticeira Amorim nota que, "excluindo o evento não recorrente associado à venda da US Floors e os gastos não recorrentes [resultantes do pagamento de um prémio extraordinário aos colaboradores e de indemnizações por reestruturação], o decréscimo do resultado líquido seria de 4,8%".
ALYN (PD) // EA
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