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quarta-feira, 9 de junho de 2021

Bezos, Bloomberg, Musk. Os 25 norte-americanos mais ricos quase não pagaram impostos federais


 www.tsf.pt



Os 25 norte-americanos mais ricos pagaram quantias residuais - e até nulas - em impostos federais de renda entre 2014 e 2018, de acordo com uma análise da ProPublica, que se baseou nos dados do serviço de receita do Governo Federal dos Estados Unidos. A lista inclui nomes como Jeff BezosMichael Bloomberg e Elon Musk.

De acordo com o jornal The New York Times, o grupo dos mais ricos pagou, na totalidade, perto de 11 mil milhões de euros, um montante muito reduzido quando comparado com o quanto o seu património líquido coletivo aumentou durante o mesmo período (329 mil milhões de euros).

O que a análise permite concluir é que figuras como Jeff Bezos, Michael Bloomberg, Warren Buffett, Elon Musk e George Soros beneficiaram de uma complexa teia de brechas no código tributário e do facto de que os Estados Unidos dão relevo à tributação do trabalho, em detrimento da riqueza. O New York Times explica que grande parte da riqueza que estes milionários acumulam - como ações em empresas que administram, casas de férias, iates e outros investimentos - não é considerada "renda tributável", a menos que esses ativos sejam vendidos e haja um ganho financeiro efetivo. Mesmo nesse cenário, há brechas no código tributário que podem limitar ou eliminar todas as obrigações tributárias.

O Presidente norte-americano assumiu a intenção de tentar reparar as lacunas legais para que os mais ricos e as grandes empresas comecem a pagar mais impostos. Joe Biden propôs subir a taxa de imposto de renda, de 37 para 39,6%, e assim inverter a redução assegurada pela administração de Donald Trump.

Entre 2014 e 2018, os 25 norte-americanos mais ricos pagaram uma média de 15,8% de impostos federais de renda.

O relatório da ProPublica também destaca as técnicas que os mais ricos costumam usar para reduzir as contas fiscais, incluindo o aproveitamento de uma complexa teia de brechas e deduções - que são perfeitamente legais - e podem minimizar significativamente a responsabilidade tributária. Entre essas ações constam empréstimos de grandes somas de dinheiro, suportadas por movimentação de ações. Os empréstimos não são tributados e os juros que estes empresários pagam sobre o dinheiro emprestado muitas vezes podem ser deduzidos dos impostos.

Em 2007, Jeff Bezos não pagou impostos federais de renda, apesar de o preço das ações da sua empresa, Amazon, ter duplicado. Quatro anos depois, quando a sua riqueza ascendeu aos 15 mil milhões de euros, Bezos reportou prejuízos e recebeu um crédito fiscal de 3281 euros para os filhos, de acordo com o ProPublica.

Warren Buffett pagou 19 milhões de euros em impostos entre 2014 e 2018, período entre o qual a sua fortuna aumentou para 20 mil milhões de euros. Em resposta aos dados da ProPublica, Buffett declarou que esperava que 99,5% da sua riqueza fosse canalizada para o Estado e para causas solidárias, após morrer, argumentando ainda que a lógica dos impostos mudou substancialmente.

O bilionário George Soros não pagou qualquer imposto federal de renda durante três anos consecutivos, e alegou ter perdido dinheiro entre 2016 e 2018.

A política de impostos e a possibilidade de taxar os mais ricos têm estado no centro do debate nos Estados Unidos.

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