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sábado, 19 de junho de 2021

19 de Junho de 1953: Execução de Julius e Ethel Rosenberg, nos EUA, acusados de espionagem a favor da URSS.

 estoriasdahistoria12.blogspot.com 


 No dia 19 de Junho de 1953, o casal Julius e Ethel Rosenberg foi executado na prisão de Sing Sing em Nova Iorque . Eram acusados de ter passado à URSS  informações sobre a bomba atómica.

Para compreender a execução do casal Julius e Ethel Rosenberg, em 1953, é preciso retroceder vários anos. 

Às 8h do dia 17 de Julho de 1950, agentes do FBI bateram à porta do apartamento da família Rosenberg em Manhattan. Julius Rosenberg, 32 anos, nem teve tempo para terminar sua higiene matinal. Foi preso ainda com espuma de barbear no rosto.

Era o desfecho de uma série de episódios, que tiveram início logo no começo da Guerra Fria. Em Agosto de 1945, a bomba atómica explodiu em Hiroshima, selando a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Em seguida, começou o conflito Ocidente-Oriente e surgiu a Cortina de Ferro. 

Os espiões russos e norte-americanos  esforçavam-se por descobrir os segredos militares e nucleares do adversário. 

A primeira bomba atómica russa explodiu quatro anos depois de Hiroshima e Nagasaki, em 28 de Agosto de 1949. Enquanto a opinião pública se mostrava perplexa diante da demonstração de poder dos russos, a CIA começou a  questionar-se como os soviéticos haviam tido acesso aos segredos nucleares. 

Em Fevereiro de 1950 foi preso o cientista britânico Klaus Fuchs, que havia participado do projecto nuclear americano. Ele revelou ter revelado dados importantes sobre a produção da bomba a agentes russos. 

Esta revelação desencadeou uma série de prisões, até se chegar ao soldado David Greenglass, irmão de Ethel Rosenberg. Greenglass confessou haver entregue a Julius Rosenberg várias ilustrações das lentes especiais, desenvolvidas para a bomba no laboratório de Los Alamos. 

A prisão dos Rosenberg aconteceu em plena época de histeria anticomunista nos Estados Unidos. Qualquer pessoa que alguma vez tivesse manifestado qualquer simpatia pelo regime soviético era considerada suspeita. O processo que se seguiu foi marcado por essa histeria. 

O caso Rosenberg teria de ser exemplar. Julius alegou inocência, mas foi incriminado por uma série de testemunhas. O juiz Irving Kaufman considerou o crime "pior que assassinato"  responsabilizou Rosenberg pelos 50 mil soldados mortos na Guerra da Coreia. Apesar de a União Soviética ter negado qualquer envolvimento com Rosenberg, ele e a esposa foram condenados à cadeira eléctrica no dia 5 de Abril de 1951. Nos dois anos seguintes, o seu advogado tentou de tudo para reverter a sentença. A opinião pública mundial protestou, o Papa Pio XII interveio, tudo em vão.

O casal foi um símbolo tanto para a esquerda como para a direita. Para uns, representou a injustiça capitalista; para outros, a ameaça comunista. No dia 19 de Junho de 1953, Ethel e Julius Rosenberg foram executados na cadeira eléctrica da prisão de Sing Sing. Só em 1997, Alexander Feklisov, ex-superagente russo e contacto de Julius Rosenberg, confirmou que este havia sido espião, mas Ethel nunca soubera de nada.

Fontes: DW

wikipedia (imagens)

Ethel e Julius Rosenberg após serem condenados

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