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sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Covid-19: Vacina da Moderna produziu anticorpos persistentes 90 dias depois

 

A vacina da Moderna contra a covid-19 produziu anticorpos persistentes 90 dias após a aplicação, de acordo com um estudo de 34 participantes no início dos ensaios clínicos, publicado hoje no New England Journal of Medicine.

A duração da proteção é provavelmente mais longa, mas estes são os primeiros dados, ao longo de um período de vários meses, validados de forma independente por uma revista científica.














Os participantes no estudo serão seguidos durante 13 meses, para verificar a proteção a longo prazo, segundo os autores.

Investigadores de institutos nacionais de saúde testaram o nível de dois tipos de anticorpos contra o coronavírus 90 dias após a segunda dose da vacina, que ser realiza 28 dias a seguir à primeira.

Os autores observaram uma ligeira e esperada queda nos níveis de anticorpos nos participantes vacinados, mas mantiveram-se ainda elevados e acima da imunidade natural observada em antigos doentes recuperados de covid-19.

Além disso, não foram observados acontecimentos adversos graves no chamado ensaio da fase 1, que tinha começado em março.

Os anticorpos são apenas um componente da resposta imunitária, juntamente com os linfócitos B (memória imunitária, produção de anticorpos) e os linfócitos T (que matam as células infetadas).

Os investigadores observam que os dados sobre as células de memória imunitária ainda não são conhecidos, mas estudos anteriores mostraram que a vacina induz efetivamente as células assassinas.

Anthony Fauci, imunologista e diretor do Instituto de Doenças Infecciosas dos EUA, disse, numa entrevista recente à agência de notícias francesa AFP, que estava certo de que a memória imunitária criada pela vacina duraria algum tempo. Mas, “não se sabe se vai ser um, dois, três ou cinco anos, não se sabe”, afirmou, e só o tempo o dirá.

“São notícias bastante positivas no geral”, disse hoje o virologista Benjamin Neuman, professor da Universidade A&M do Texas, à AFP, sobre o novo estudo, observando que mesmo nas pessoas mais velhas a resposta imunitária permaneceu “razoavelmente forte”.


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