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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Taxa de pobreza em Portugal em 2019 foi a mais baixa em 16 anos



visao.sapo.pt


Dados divulgados pela Pordata para marcar o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza revelam que 2019 foi o ano com menos portugueses em situações de carência económica desde 2003. Com 17,2% da população abaixo do limiar de pobreza em Portugal, são considerados neste valor transferências sociais como reformas, subsídios de desemprego, pensões de doenças e invalidez, rendimento social de inserção (RSI) ou apoios à família. Se estes rendimentos não existissem, a taxa de risco de pobreza subiria para mais do dobro (43,4%) e englobaria a esmagadora maioria da população com 65 ou mais anos.

Desde 2003 – ano em que o indicador começou a ser tratado – tem-se assistido a uma melhoria generalizada das condições de vida em Portugal, um progresso caracterizado por avanços e recuos. 2013 e 2014 foram os piores anos registados com a taxa de risco de pobreza a chegar aos 19,5%, após transferências sociais.

 A base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos define como estando em risco de pobreza todos os que tenham rendimentos inferiores ao rendimento mediano da população, cerca de 500 euros por mês em Portugal. Na Áustria, este valor equivale a mais do dobro, com o limiar da pobreza nos 1.184 euros por mês, no ano de 2019.

Os jovens são os mais afetados por situações de carência económica com 18,5% dos menores de 18 anos em risco de pobreza. Já nos idosos, os valores ficam nos 17%, ainda que, sem transferências sociais, a esmagadora maioria da população com 65 ou mais anos fosse considerada pobre.

A Pordata adianta ainda que, atualmente, uma em cada tês famílias monoparentais com um ou dois filhos não tem capacidade para realizar o pagamento de despesas inesperadas. O valor sobe nos casos em que o agregado é constituído por dois adultos e três crianças (30,2 por cento).

A educação pesa também na balança. 

Em Portugal, 1 em cada 4 indivíduos com, no máximo, o 9º ano de escolaridade é pobre.

 

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