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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

A empresa gestora da ferrovia especificou que a intervenção abrange uma extensão de 45 quilómetros e tem um prazo de execução de 23 meses


 

postal.pt 



A Infraestruturas de Portugal (IP) lançou o concurso público relativo à empreitada de eletrificação do troço ferroviário entre Tunes e Lagos, na Linha do Algarve, num investimento estimado em 23 milhões de euros, anunciou hoje a empresa.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a empresa gestora da ferrovia especificou que a intervenção abrange uma extensão de 45 quilómetros e tem um prazo de execução de 23 meses, estimando que esteja concluída em 2023.

Além da eletrificação do troço, a empreitada prevê a instalação de catenárias nas pontes metálicas de Portimão e do Vale da Lama (Lagos), pintura da ponte do Vale da Lama, reforço de taludes, reabilitação ou execução do sistema de drenagem longitudinal e transversal à via e a construção do suporte de apoio aos sistemas de sinalização e telecomunicações.

Segundo a IP, vai ser suprimida a passagem de nível localizada nas imediações da estação de Estombar/Lagoa e “como alternativa mais segura para a circulação automóvel e ferroviária será construída uma passagem superior rodoviária no mesmo local”.

Já a passagem de nível junto à estação de Portimão será requalificada para o atravessamento unicamente de peões, sendo construída uma passagem superior para o trânsito rodoviário.

O projeto de eletrificação da Linha do Algarve está integrado no programa de investimentos Ferrovia 2020 ‘Corredores complementares’, que tem ainda como objetivo a eletrificação dos troços Caíde/Régua, na linha do Douro e Meleças/Caldas da Rainha (Oeste).

A eletrificação da linha do Algarve será executada em duas empreitadas: a primeira, no troço Faro/Vila Real de Santo António, lançada no passado dia 30 de outubro, e a segunda, agora lançada, no troço Tunes/Lagos.

De acordo com a empresa gestora da ferrovia, a eletrificação da linha do Algarve compreende um investimento global de 65 milhões de euros, comparticipado pela União Europeia.

O concurso agora lançado integra uma candidatura a submeter no âmbito do COMPETE 2020, na qual a IP prevê um financiamento comunitário de cerca de 85%.


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