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MANUAL DE COMBATE AO CHEGA À MESA DE JANTAR
Os jantares de família estão a chegar e, com eles, as discussões com os membros da família que se deixaram enganar pela propaganda do CHEGA e de
André Ventura
. Para te preparar para esse embate, elaboramos um MANUAL DE COMBATE AO CHEGA À MESA DE JANTAR para falares com aquele membro da família que está mesmo convencido que “André Ventura diz uma verdades” ou que acha que o “CHEGA é o único partido livre da corrupção do sistema”.
“ANDRÉ VENTURA É UM HOMEM SÉRIO QUE ACREDITA NO QUE DIZ”
Não. É difícil encontrar alguém com um percurso político mais incoerente.
André Ventura vira mais depressa que o vento.
Em 2013, publicou uma tese de doutoramento pela Universidade de Cork, financiada por fundos públicos através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), em que criticava o “populismo penal” e o "novo tipo de pânico social que se tornou responsável pela estigmatização de certas comunidades associadas, de modo superficial, ao fenómeno terrorista".
Indignava-se com as "fações políticas que alimentaram a discriminação de cidadãos com base nas suas características étnicas e religiosas para criar e aprovar legislação que em circunstâncias normais o bom senso não permitiria jamais que vingasse".
Passados poucos anos, criou o CHEGA que faz e representa tudo o que criticou na tese de doutoramento.
Em 2015, André Ventura disse que só seria candidato autárquico em Sintra: “«A única terra que me apaixona”. Em 2017, encabeçou a lista autárquica do PSD, em Loures.
Em setembro de 2020, durante a II Convenção Nacional do CHEGA, em Évora, André Ventura, garantia que, enquanto fosse presidente, o partido não faria coligações “com ninguém!”.
Em novembro de 2020, anunciou um acordo com o PSD para dar posse a um governo de direita na Região Autónoma dos Açores.
Em dezembro de 2020, veio exigir 4 ministérios para o Chega num futuro governo de direita.
Em menos de 24 horas, André Ventura votou de 3 formas diferentes (contra, abstenção e a favor) sobre a injeção de mais dinheiro no Novo Banco, antes da conclusão da auditoria do Tribunal de Contas.
“André Ventura defende os interesses dos portugueses comuns”
Se entendermos como “portugueses comuns” a larga maioria da população que vive e trabalha em Portugal, a resposta é claramente não. O programa do CHEGA está desenhado para beneficiar uma pequena elite muito rica e privilegiada e reduzir direitos e proteções da maioria dos portugueses.
O CHEGA quer acabar com o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública, a Segurança Social Pública e os Transportes Públicos: "a produção ou distribuição de bens e serviços, sejam esses serviços de educação ou de saúde", ou sejam "vias de comunicação ou meios de transporte", lê-se no programa eleitoral do Chega.
O CHEGA defende a liberalização completa da especulação imobiliária e o fim de todo e qualquer apoio que assegure o direito à habitação nas cidades, no litoral ou junto à orla costeira: “A nossa proposta é simples e clara: deixar o mercado funcionar e, desde logo, deixando vigorar o princípio do utilizador-pagador em todos os aspectos da vida nas grandes cidades da orla costeira.
Caso isso seja feito, rapidamente a vida nessas grandes cidades costeiras se tornaria incomportável para parte substancial da sua população que rapidamente se dirigiria às cidades do interior, onde a vida é substancialmente mais barata”, responderam ao Portal dos Jesuítas em Portugal quando questionados sobre a sua proposta para combater a desertificação do interior.
André Ventura defende uma reforma fiscal que penaliza quem ganha menos e beneficia quem ganha mais. O CHEGA quer acabar com a progressividade do IRS e implementar uma taxa única. Vamos ao exemplo: Com a proposta do Chega dois trabalhadores que “tivessem de pagar 15% de IRS, o que recebe 800 euros pagaria então 120 euros e o que recebe 3.600 euros pagaria 540 euros. Isto significa que o que recebe menos viria a sua obrigação fiscal aumentar 92 euros, enquanto que o que recebe mais viria a sua obrigação fiscal diminuir 536,40 euros”, concluiu o Polígrafo.
André Ventura defende a liberalização total dos despedimentos. Basicamente quer acabar com qualquer garantia ou segurança para quem trabalha por conta de outrem. Se a proposta do CHEGA estivesse em vigor, seríamos todos descartáveis a qualquer momento sem sabermos se teríamos emprego amanhã, daqui a uma semana ou um mês.
"André Ventura e o CHEGA fazem frente à corrupção, não se aliam a corruptos e não repetem os esquemas que criticam"
O partido de André Ventura faz do combate à corrupção e à alegada impunidade existente em Portugal uma bandeira. No entanto, a prática de André Ventura, de vários dos seus dirigentes e dos seus aliados e financiadores sugere uma história bem diferente.
O Gabinete de André Ventura foi alvo de buscas no decorrer das investigações do processo de corrupção autárquica “Tutti Frutti”.
A Polícia Judiciária entrou no gabinete do então vereador André Ventura para procurar documentos relativos à contratação de um assessor fictício, proveniente do PSD Lisboa.
A Judiciária suspeita que Ventura tenha integrado a rede de financiamento partidário ilegal montada por caciques locais do PSD. O caso “Tutti Frutti” continua sob investigação.
André Ventura prometeu desempenhar o mandato de deputado em regime de exclusividade. Depois de eleito, voltou atrás e passou a acumular três salários (deputado, consultor fiscal e comentador do Correio da Manhã).
Instalada a polémica pública, o comentador viu-se obrigado a deixar o seu trabalho na Finpartner, uma consultora especializada em offshores, vistos gold e planeamento fiscal. Pelo meio, foi despedido do Correio da Manhã.
André Ventura falta regularmente às reuniões ao Parlamento. No primeiro ano da sessão legislativa, André Ventura faltou a 54% das reuniões das Comissões. Segundo a Revista Sábado, “devia ter assistido a 85 reuniões, mas esteve ausente de 46”.
Faltar às suas obrigações não é, aliás, nada de novo na carreira política do líder da extrema-direita portuguesa. Durante a campanha às eleições europeias de 2019, André Ventura faltou a um debate entre candidatos organizado pela RTP 1 para ir para os estúdios da CMTV comentar futebol.
Em Setembro deste ano, uma falta de André Ventura à Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República impediu a discussão de uma nova auditoria ao Novo Banco.
O CHEGA é financiado e apoiado por banqueiros e empresários ligados ao BES, ao BANIF e a vários casos de corrupção
Entre os fundadores, dirigentes e apoiantes do partido figuram vários membros do universo da banca e aos maiores escândalos financeiros dos últimos anos.
Salvador Posser de Andrade, ex-imobiliária do BES
Administrador da ex-imobiliária do BES, a Coporgest, onde é colega há largos anos de José Maria Ricciardi, foi candidato na lista de André Ventura e dirigente nacional do Chega até há bem pouco tempo (só saiu no Congresso de Évora).
Gabou-se na Revista Visão de financiar o Chega e de mobilizar os seus contactos empresariais para o mesmo efeito.
Pedro Pessanha, ex-BES Angola
Homem forte do Chega Lisboa. Foi diretor e assessor de vários negócios do ex-BES Angola, hoje Banco Económico.
Francisco Sá Nogueira, Grupo Espírito Santo
Ex-vice presidente da antiga holding do Grupo Espírito Santo para as atividades turísticas, a Espírito Santo Viagens participou no almoço de angariação de apoios e fundos para o CHEGA em junho deste ano, em Loures.
Francisco Cruz Martins, Banif, Vale do Lobo, Panama Papers e Elite Angolana
Esteve envolvido nos escândalos do BANIF, do investimento hoteleiro no Vale do Lobo, dos Panama Papers e foi testa de ferro da elite angolana em vários negócios em Portugal. Apoia ativamente André Ventura e assume publicamente que participa e mobiliza os seus contactos para os almoços de angariação de apoios para o CHEGA.
“André Ventura afastou os neonazis mais influentes e os mais fanáticos do CHEGA”
André Ventura foi obrigado a afastar alguns militantes ligados a grupos neonazis, após ter sido confrontado publicamente com o assunto. Os elementos mais influentes continuam no CHEGA e bem posicionados nos órgãos nacionais do partido.
Luís Filipe Graça, Presidente da Mesa da Convenção Nacional do Chega.
Foi dirigente e fundador da organização neonazi “NOS”, cujo dirigente máximo foi Mário Machado, o mais conhecido skinhead português e membro ativo do grupo neonazi “Movimento de Oposição Nacional (MON)”. Fundador da organização neofascista “Portugueses Primeiro”, em que figura o conhecido assassino de Alcindo Monteiro, João Martins, e colaborou com o Escudo Identitário. Na última Convenção Nacional do CHEGA em Évora foi reeleito Presidente da Mesa da Convenção Nacional com o apoio de André Ventura.
Nelson Dias da Silva, secretário da Mesa da Convenção Nacional do CHEGA
Porta-voz da organização “Portugueses Primeiro (P1)” que é fortemente influenciada por João Martins. Martins foi condenado pelo assassinato do jovem negro Alcindo Monteiro e fundou há uns anos a secção portuguesa da Misanthropic Division, liderada internacionalmente pelos nazis ucranianos do batalhão Azov.
À P1 pertencem ainda nomes conhecidos do circuito da extrema-direita como Rui Amiguinho, da editora de extrema-direita Contra Corrente, ou Rui Roque, o dirigente algarvio do Chega que propôs a remoção dos ovários das mulheres que recorram à Interrupção Voluntária da Gravidez e também membro do grupo de extrema-direita Escudo Identitário.
FONTES
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