O PCP considera “estranho” do acordo da Câmara de Aveiro com a Transdev para suportar a Aveiro Bus em tempo de pandemia.
Entende que a Câmara Municipal vai além do já previsto no Programa de apoio à Redução Tarifária (PART) e do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) , fornecidos pelo governo central, numa injeção de 700 mil euros além de suportar os aumentos dos tarifários de 2020 e 2021.
Nas contas do PCP, entre ajudas do estado, da autarquia e de mecanismos criados na área dos transportes a operação consumirá perto de 3 milhões de euros anuais, “valores pagos pelos utentes e contribuintes”.
Na leitura do PCP, os valores injetados não têm correspondência na estabilização do serviço.
“Enquanto isto, a TRANSDEV preza pelo atropelo aos direitos dos trabalhadores, não garante escalas de serviço dignas que permitam conciliar a vida profissional com a vida pessoal e familiar, nem tão pouco cumprem o que está estabelecido no Contracto Colectivo de Trabalho, a pressão psicológica sobre os seus trabalhadores é uma constante. Em contexto de pandemia esta empresa usufruiu do Lay-off, mas no entanto pagou salários com três meses de atraso”.
Aproveitando o momento de revisão e clarificação do acordo, o PCP continua a defender a reversão dos transportes para a esfera pública.
“O PCP exige a reversão da privatização dos transportes públicos de Aveiro.
É inconcebível que se continuem a financiar privados, que não oferecem serviços adequados à população, que em vez de aumentarem a oferta de carreiras reduzem-na.
Para o PCP a municipalização dos transportes públicos é uma uma necessidade urgente”.
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