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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Muros de pedra a Património Mundial


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Fazem parte do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) de tal forma que já não é possível imaginá-lo sem os “chousos”. Os muros de pedra seca, que se acumulam em camadas, sem uso de argamassa, são parte da paisagem de alguns lugares do concelho de Alcobaça, como na Portela do Pereiro, ou na fronteira com Vale de Ventos, concelho de Porto de Mós.

“As técnicas de construção destas estruturas distinguem-se pela colocação de uma rocha sobre a outra, dispensando qualquer tipo de material para o assentamento, à exceção de terra seca em alguns casos”, conforme explicou a’O ALCOA Vítor Carreira, da A. M. C. Muros em Pedra, empresa do Arrimal, concelho de Porto de Mós, que ainda aplica esta técnica. É este tipo de construção única, observável em vários pontos da serra que agora se pretende que a UNESCO venha a declarar de valor universal excecional.

Com efeito, “num quadro alargado de cooperação entre os territórios das Serras d’Aire e Candeeiros e da Serra de Sicó, para a valorização do maciço calcário estremenho”, pretende-se integrar esta paisagem no processo de candidatura a Património Mundial, nomeadamente a ‘Arte de construção dos muros em pedra seca’”, adiantou a’O ALCOA David Leandro, coordenador GAL/ETL (grupos de Ação Local e Estrutura Técnica Local) Terras de Sicó. 

Uma associação de desenvolvimento local, sediada no centro de Portugal, com intervenção no território desde 1988, cujo objetivo central é a promoção e valorização integrada do maciço calcário da Serra de Sicó e que iniciou recentemente três projetos de valorização territorial em que o “calcário” é um valor distintivo e agregador. 

Com referência territorial na Rede Natura 2000 – Sítio Sicó/Alvaiázere, para além da futura candidatura a Património Mundial da UNESCO da ‘Arte de construção dos muros em pedra seca’ das Serras d’Aire e Candeeiros e de Sicó, a associação pretende ainda a constituição de uma paisagem protegida de âmbito regional; a criação de uma rede de aldeias do calcário (envolvendo 6 aldeias do maciço) com plano de animação e preservação da construção em calcário; e a preservação e valorização sustentável dos recursos genéticos agroflorestais ValueCarsic – conservação e valorização de recursos genéticos endógenos vegetais e animais. 

“Nesta abordagem temática, identificámos também a valorização dos muros de pedra solta em calcário enquanto património, identidade do nosso território, colocando como possibilidade a preparação de uma candidatura a Património Cultural Imaterial da UNESCO”, esclareceu o responsável.

(Saiba mais na edição impressa e digital do jornal O ALCOA de 16 de maio)


https://www.oalcoa.com/

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