Ela era localizada no coração da cidade de Alexandria, no Egito. Assim sendo, foi fundada no século 3 a.C. por Ptolomeu II, um dos sucessores de Alexandre, o Grande. No entanto, esse lugar que guardava tamanho estudo e conhecimento, foi destruído por um incêndio.
História da biblioteca de Alexandria
Primeiramente, a biblioteca de Alexandria foi a mais importante do mundo. Mais exatamente de 280 a.C. a 416 d.C.. Além disso, era um valoroso centro de conhecimento, e estava localizado na cidade de Alexandria, ao norte do Egito, a oeste do Rio Nilo, às margens do Mediterrâneo.
De fato, Alexandre e os reis que o sucederam valorizavam muito o conhecimento. Ou seja, eles apoiavam fortemente a pesquisa e a erudição. Portanto, seus estudos e pesquisas na área da matemática e astronomia eram considerados grandes tesouros do seu império. Ele então mandou construir o Mouseion, que mais tarde viria a ser o que conhecemos hoje como museu. Então, lá era um local de pesquisas de várias áreas do conhecimento. No entanto, foi com Ptolomeu II que a biblioteca de Alexandria foi construída. Sendo assim, ele seguiu os passos de Alexandre, e, assim, construiu a biblioteca junto com o Templo das Musas (Museum).
Estrutura da biblioteca de Alexandria
A princípio, sua estruturação é creditada à Demétrio de Falero, o qual se encontrava exilado naquela região. E assim, além do grande salão onde era armazenado os livros, havia 10 grande laboratórios de pesquisas presentes na biblioteca de Alexandria. De modo que eram jardins botânicos, salas de estudo, observatórios astronômicos e até um zoológico com várias espécies trazidas de diversas partes do mundo antigo.
No entanto, o maior destaque da Biblioteca de Alexandria era a sua vasta coleção de livros. Sendo assim, o intuito de seus governantes era de que ela se tornasse a maior biblioteca que já havia existido. Portanto, eram enviados agentes que comprassem (ou roubassem) bibliotecas em outras partes do mundo. Além disso, todas as embarcações que chegavam à cidade eram vasculhadas pelas autoridades, e os papiros encontrados nelas eram copiados. Então, as cópias eram devolvidas aos seus donos, enquanto os originais eram enviados para a biblioteca.
O incêndio da biblioteca de Alexandria
Primeiramente, é indiscutível o fato de esse ser um dos maiores mistérios do mundo antigo. Portanto, a hipótese de ter sido um incêndio que destruiu a biblioteca de Alexandria existe porque não foram encontrados vestígios pelos historiadores. Não há registros arquitetônicos e nem vestígios arqueológicos que possam mostrar o que realmente aconteceu. Então, por conta disso, não se sabe ao certo quem o provocou.
Há várias histórias que podem ser realidade sobre o que aconteceu. Em primeiro lugar, uma delas conta que Júlio César, ao passar por Alexandria enquanto perseguia seu rival Pompeu, membro do Triunvirato integrado também por César e Crasso, conseguiu a cabeça do inimigo e o amor de Cleópatra, irmã de Ptolomeu XII. Além disso, envolvido pela paixão, ele toma o trono por meio da força, entrega-o à Rainha e aniquila todos os tutores do antigo rei, com exceção de um, que foge das garras de César. No entanto, estava determinado a não deixar sobreviventes. Portanto, manda incendiar todos os navios, incluindo os seus, para que ele não pudesse escapar pelo mar. Sendo assim, o fogo teria se ampliado e atingido uma fração da Biblioteca.
]Ruínas de Alexandria
Outras versões que possuem provas que as comprovem. Primeiramente, temos a invasão muçulmana. De acordo com essa hipótese, a biblioteca de Alexandria teria caído por causa do califa Omar, quando seu exército invadiu a cidade em 640 d.C.
No entanto, existem registros que a biblioteca já estava sucumbindo antes mesmo disso, por conta de falta de investimentos. Outros ainda arriscam em afirmar que ela teria sido atacada pela Igreja Católica. Todas as versões tem registros, então, isso acaba dificultando a descoberta da verdade por trás desse mistério.
Perdas que o incêndio da biblioteca de Alexandria causou
Antes de mais nada, é importante enfatizar que é impossível mensurar o tamanho da perda que esse incêndio causou. No entanto, acredita-se que entre 500 a 700 mil rolos de papiro fizeram parte do acervo da biblioteca de Alexandria. Então, para isso, cerca de 100 funcionários trabalhavam no local.
Todavia, alguns fragmentos foram recuperados. E, sendo assim, dá pra ter uma noção da quantidade de conhecimento que foi privado às gerações seguintes, inclusive a nossa. Por exemplo, existem resquícios de que Aristarco de Samos havia escrito durante o século III a.C que era a Terra que orbitava em volta do Sol, assim como outros planetas. No entanto, levou cerca de dois mil anos para que Nicolau Copérnico “redescobrisse” o heliocentrismo, colocando sua ideia no mundo em 1530. Outro exemplo é a pesquisa de Heron de Alexandria, que criou um primeiro modelo de motor a vapor cerca de dois mil anos antes de James Watt.
Grandes nomes da biblioteca de Alexandria
Além do grande acervo de livros com conhecimentos de todo o mundo, existiam em seus centros de pesquisa nomes muito importantes para diversas áreas do conhecimento. Pode-se destacar:
– Eratóstenes, o bibliotecário-chefe de Alexandria, foi o primeiro que mediu a circunferência da Terra;
– Hiparco, considerado pai da astronomia, mapeou as constelações e mensurou a magnitude das estrelas;
– Euclides, considerado o pai da geometria;
– Ptolomeu, um dos maiores astrônomos de sua época, criou uma base para a astrologia de hoje;
– Herófilo, pai da anatomia e fundador da escola de medicina, identificou que o cérebro era responsável pela inteligência, e não o coração;
– Dionísio da Trácia foi quem organizou o esquema de oração que utilizamos hoje, com verbos, pronomes, substantivos etc;
– Hipácia: astrônoma e matemática, foi chefe da escola platônica de Alexandria.
A nova biblioteca de Alexandria
Primeiramente, em homenagem à biblioteca original, em 2002 foi construída a Bibliotheca Alexandrina. Ao mesmo tempo que também funciona como centro de pesquisa, contendo laboratórios, museus, auditórios, um planetário, possui também um grande acervo. Atualmente, a Bibliotheca Alexandrina é considerada a maior do Egito e contém a maior coleção digital de manuscritos históricos do mundo.
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