Desde mistérios por resolver a curiosidades e Reis loucos. Descubra 12 factos estranhos da história de Portugal que não lhe ensinaram na escola.
E como é que isto aconteceu? Em 1255, o Rei D. Afonso III resolveu mudar toda a sua corte da antiga capital, Coimbra, para Lisboa, que entretanto se tinha tornado a maior e a mais importante cidade do país. Lisboa ganhou impulso para o seu crescimento sobretudo devido às boas condições do seu estuário para acolher navios de mercadorias, atraindo assim cada vez mais população e ganhando um estatuto e uma importância estratégica superiores a Coimbra.
2. Portugal teve um Rei chamado D. Martinho I
À altura do seu nascimento, D. Sancho I não estava destinado a ser o segundo rei de Portugal. A prová-lo, está o facto de ter sido baptizado com o nome de Martinho, por ter nascido a 11 de Novembro. Martinho era, no entanto, um nome sem tradição entre os réis hispânicos. E, passado algum tempo (de seis meses a um ano), mudaram-lhe o nome para Sancho
No ano seguinte, porém, talvez no Verão, dá-se uma reviravolta nos acontecimentos: o infante D. Henrique morre, com apenas oito anos de idade.
E havia a questão do nome. Porquê Sancho?
Afonso Henriques sentiu que devia dar o nome do herdeiro do avô ao filho: Sancho! Era, acima de tudo, um nome cheio de tradição nas casas reais hispânicas. A partir daquele dia, deixou de existir o infante Martinho. O príncipe herdeiro de Portugal chamava-se Sancho!
3. Portugal já se chamou Ofiússa
Os ofis viveriam, principalmente, nas montanhas do norte de Portugal, incluindo a Galiza. Outros dizem que estes viviam na foz dos rios Douro. Este povo venerava as serpentes, daí Terra das Serpentes ou serpes.
Existem alguns estudos arqueológicos que mencionam este povo e cultura. Alguns crêem que o dragão, muitas vezes representado como um grifo e originário de uma primitiva serpente alada – a “Serpe Real”, timbre dos Reis de Portugal e depois também dos Imperadores do Brasil, está relacionado com este povo, ou com os celtas que mais tarde colonizaram a zona, que por sua vez poderiam ter sido influenciados pelo culto ofi.
4. Antes dos lusitanos, andaram por cá os Estrímnios
Os Estrímnios (em latim: Oestremni são dados como o primeiro povo nativo conhecido de Portugal. Oestremni significaria (povo do) extremo ocidente. Estendiam o seu território da Galiza (Noroeste de Espanha) até ao Algarve.
Vindos de leste, chegaram os Sefes, guiados pela sua deusa-serpente, Ofiusa. Estes eram menos numerosos que os Estrímnios.
Mais tarde chegaram à Hispânia os Galaicos e os Lusitanos, tendo encontrado vestígios da grande destruição causada pela guerra que os Sefes moveram contra os Estrímnios – povoados destruídos, campos de cultivo arrasados, sepulcros violados e reutilizados pelos Sefes – e povo de Ofiusa reagiu com violência à chegada destes novos povos ao território que tinha acabado de conquistar.
5. Badajoz já foi capital de metade do país
O Reino de Badajoz, também conhecido como Emirado de Badajoz ou Taifa de Badajoz (em árabe: Ta’waif al-Batalyaws) foi uma taifa (reino muçulmano ibérico) centrado na cidade de Badajoz, no que é hoje a Estremadura espanhola.
Ocupava grande parte do que é hoje Portugal, desde o rio Douro até praticamente todo o Alentejo, incluindo as cidades de Lisboa e Santarém, parte da zona ocidental de Castela quase até Leão.
6. Portugal teve 5 capitais durante a sua história
Ao longo dos seus 900 anos de histórias, Portugal já teve 5 cidades como capital: Guimarães, Coimbra, Lisboa, Rio de Janeiro e Angra do Heroísmo. Estas 2 últimas cidades foram capitais do país em situações históricas muito complicadas, a primeira durante as invasões francesas e a segunda durante a guerra entre liberais e absolutistas.
7. A calçada portuguesa foi criada por causa de um… rinoceronte
Calçada À portuguesa, e calçada portuguesa são coisas distintas. A calçada começou em Portugal de forma diferente da que hoje é, mais desordenada. São as cartas régias de 20 de Agosto de 1498 e de 8 de Maio de 1500, assinadas pelo rei D. Manuel I de Portugal, que marcam o início do calcetamento das ruas de Lisboa, mais notavelmente o da Rua Nova dos Mercadores (antes Rua Nova dos Ferros).
O objectivo seria que a Ganga, um rinoceronte branco, ricamente ornamentada, não sujasse de lama com o calcar das suas pesadas patas, o numeroso e longo cortejo, com figurantes aparatosamente engalanados com as novas riquezas e adornos vindas do oriente, que saía à rua em pleno inverno, aquando do seu aniversário a 21 de Janeiro.
A comitiva ficava manifestamente suja, daí a decisão de calcetar as ruas do percurso como forma de dar resposta ao problema. Sendo a única vez no ano em que o rei se mostrava à população vem daí a expressão: Quando o rei faz anos…
8. Um dos nossos Reis era sobredotado
D. Pedro V nasceu no Palácio das Necessidades, a 16 de Setembro de 1837, recebendo o nome de Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Vítor Francisco de Assis Júlio Amélio; morrendo no mesmo local, a 11 de Novembro de 1861.
Foi considerado um dos Reis portugueses mais inteligentes e toda a gente depositava grandes esperanças no seu reinado. No entanto, a sua morte prematura, aos 24 anos, veio entristecer toda a sociedade da época e arruinar as expectativas da modernização do país.
9. O primeiro alfabeto do mundo foi criado em Trás-os-Montes
Alertamos os nossos leitores para o facto de não se dever confundir escrita com alfabeto. A escrita terá sido inventada pelos Sumérios. O alfabeto é uma forma evoluída e padronizada de representar sons que foi criada posteriormente para uniformizar a escrita.
Os historiadores aceitam o Fenício como o alfabeto mais primitivo e rudimentar que se conhece, com cerca de 5 mil anos de antiguidade. Começam, no entanto, a surgir outras hipóteses, levantadas sobretudo por achados arqueológicos ainda por decifrar, que apontam para um surgimento anterior aos Fenícios e, o Alfabeto do Alvão, com 6 mil anos, é o melhor candidato a ser considerado o Alfabeto mais antigo do mundo.
Nos finais do século XIX, no Alvão, Nordeste de Portugal, nas mágicas terras de Trás-os-Montes, encontraram-se, junto a um dólmen, uma série de pedras esculpidas e gravadas com signos idênticos aos de Glozel e com uma antiguidade de mais de 6.000 anos, no mínimo. Esta descoberta foi tão extraordinária que, no princípio, se duvidava dela. Só depois, após a descoberta de Glozel (França) é que foi considerada a sua autenticidade. As pedras do Alvão têm formas de animais e de homens e estão gravadas, claramente, com signos alfabéticos que no início foram considerados ibéricos.
10. Existiu um outro país entre Portugal e Espanha durante 800 anos
Muito do que se conhece sobre este território raiano. o Couto Misto (Couto Mixto em Galego), suas normas, usos e costumes, provém dos relatórios diplomáticos produzidos à época das negociações do Tratado de Lisboa (1864).
O Couto Misto foi um microestado independente de facto encravado entre Espanha e Portugal, com existência entre o século X e 1868. Embora se desconheça a origem de sua instituição, ligada desde a Baixa Idade Média ao Castelo da Piconha, posteriormente vinculado à poderosa Casa de Bragança, constituía-se numa pequena área fronteiriça de cerca de 27 km² com organização própria, que não estava ligada nem à Coroa de Portugal e nem à da Espanha.
11. Há um gene que só os portugueses possuem
O A26-B38-DR13, é o Gene mais antigo da Humanidade. O A25-BIS_DR2, é único. Só existe nos Lusitanos. Não existe em mais nenhum Povo do Mundo. O nosso código, é diferente dos outros Povos Mediterrânicos, e é único e o mais antigo à face da Terra.
São os Lusos de Camões, que um dia pegaram em Antigos Mapas, cópias de cópias de cópias de fontes já extintas, e atravessaram o Mar-Oceano. São os Lusos, de Dom João II, que abdicaram de títulos de cargos e de bens, para reconstruir a Terra dos antepassados.
12. O nosso primeiro Rei era filho de um pastor transmontano
Existem 2 teorias diferentes: a 1ª menciona que seria filho de Egas Moniz. A 2ª menciona que seria filho de um pastor transmontano que Egas Moniz teria comprado quando se dirigia para Chaves. De qualquer das formas, sabe-se que D. Afonso Henriques nasceu com uma deficiência congénita nas pernas e que, com os conhecimentos da época, dificilmente se transformaria no cavaleiro que se transformou. Dizem os historiadores, por exemplo, que D. Afonso Henriques teria mais de 2 metros de altura, enquanto que os seus supostos pais não ultrapassariam 1.60m.
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