expresso.pt
Esta compromete-se a gerir o museu, cujo proprietário é a Associação de Coleções, uma entidade criada pelo empresário madeirense em 2005. O protocolo que se inicia agora é vigente por cinco anos e renovável.
O projeto de reabilitação do Palácio dos Henriques — um edifício pré-pombalino também conhecido por Palácio Tocha, situado no centro nobre de Estremoz — e de criação do museu foi aprovado pelo Programa Operacional Regional do Alentejo em janeiro de 2017, com data de término a 30 de junho de 2020. Com um valor elegível de 3,450 milhões de euros, tem um cofinanciamento europeu de 75%, que corresponde a 2,587 milhões de euros, sendo os restantes 25% suportados por recursos da Associação de Coleções.
A verba europeia é concedida a fundo perdido.
“Não faço ideia de como foi financiado o projeto”, diz o presidente da Câmara de Estremoz, Francisco Ramos, um independente que sucede a Luís Mourinha, condenado em tribunal por crime de prevaricação e abuso de poder e chefe da autarquia à data da assinatura do protocolo com Berardo.
“Este é um projeto privado com a Associação de Coleções, a entidade que reabilitou o Palácio dos Henriques e que nos cede um acervo muito valioso de azulejos que vêm do século XIII até ao século XXI. A nós cabe-nos a gestão dos recursos humanos e dos custos associados à logística do edifício, água, eletricidade e afins, e recebemos a receita de bilheteira”, explica Francisco Ramos ao Expresso.
“O protocolo foi assinado aquando do início das obras pelo presidente da Câmara de então e pelo comendador Berardo. Houve várias reuniões com a autarquia, assisti a algumas delas, e depois foi aprovado pelos órgãos competentes”, continua o autarca, que afirma que a Câmara Municipal “não tem responsabilidades nenhumas na forma de financiamento do projeto”.
“A propriedade do imóvel já era do comendador e a coleção de azulejos também.” O museu contará com uma loja: “Eles ficam ainda com duas divisões, onde pretendem vender vinho”, conclui Francisco Ramos.
Sem comentários:
Enviar um comentário