REDUZIDOS A ISTO
A sociedade portuguesa parece um canil putrefacto. Engrossa o ondular fantasmagórico da defesa animal versus o desprezo olímpico com os velhos, especialmente se forem pobres…e inúteis. É uma moda. É uma escolha. É um tempo..
O que talvez se me afigure caracteristicamente pacífico. Pois, se os eleitos heróicos desta coesão nacional são: um jogador de futebol, um treinador de futebol e uma gaja espalhafatosa e malveirona, não é plausível supor encontrar valores médios, enfim, mais elevados culturalmente e que se oponham aos “exemplos” trombeteados de vitória a qualquer custo, de vaidades extremadas e principalmente (em todos eles) construídos em caracteres , onde o egoísmo luzidio e a ganância estupidificada (como ela sempre é) marcam pontos decisivos na apreciação devota que um pobre povo sem rota lhes dispensa.
Portugal foi há dias tratado como farrapo inútil que rasteja, a propósito de uma falsa unidade europeia, que jamais será concluída (porque não é para isso que ela existe, não é verdade?). Qual solidariedade europeia sobre a pandemia, se este é o momento ÚNICO que o capitalismo arranjou para AINDA se manter à tona?
A imensidade de milhões de dólares ou euros já arrebanhados pelos mesmos do costume, os bancos, a finança e o império, crescem a velocidades meteóricas, na medida contrária que os povos vão ficando, mais e mais, infectados de covid19…até ao seu desaparecimento.
Como é que se fica indiferente ao ouvir o 1º ministro e o presidente-selfie dizerem num dia que provavelmente se tem de criar outra(?) união europeia sem aqueles lá norte e do leste e no dia seguinte se clama, ufano, perante os canais televisivos terroristas e amestrados que, afinal, Portugal armazena mais uma grande vitória – Dobrámo-los de novo.
Estando isto tudo ligado e só sendo perceptível este tipo vida, na sua essência, segundo a análise marxista, daqui recalco a ideia que “este tipo de vida” não terá mais retorno e que só dela nos livraremos por meio da Revolução e uma sociedade socialista.
O que vemos do exemplo da malveirona televisiva, a quem chamam a namorada de Portugal, é, em ponto pequeno, o descalabro ético e moral de um quadro político anti-social. Para destruir!
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