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domingo, 9 de fevereiro de 2020

AVISO : CONTÉM VÍDEOS QUE PODEM IMPRESSIONAR PESSOAS MAIS SENSÍVEIS - AS MAIS MEMORÁVEIS ARMADILHAS DE JOGOS MORTAIS

John Kramer (Tobin Bell) é um paciente que descobriu possuir um câncer terminal. Sabendo que não teria como escapar à morte, ele tentou adiantar o processo. Sua tentativa de suicídio, porém, foi infrutífera. Ao sobreviver, ele decidiu que tentaria viver a vida ao máximo, aproveitar o que ainda lhe restava, e “ajudar” outras pessoas a fazer o mesmo. E assim nasceu o psicopata Jigsaw, o vilão genial e insano da franquia Jogos Mortais



A trama de Jogos Mortais gira em torno das vítimas de John, um bando de pessoas que deixaram de ter um “instinto de sobrevivência”, de aproveitar mesmo as pequenas coisas da vida. Como alguém consciente de que sua própria vida está no fim, John coloca essas pessoas em situações de cárcere e tortura, fazendo-as jogar seu “jogo” de armadilhas mortais para reviver nelas o seu instinto de sobrevivência, fazê-las perceber o quão valiosas podem ser suas vidas e de fazê-las serem dignas da vida que possuem. Suas tramas são como um “renascimento”, em sua mente deturpada. As pessoas que sobrevivem, segundo ele, corrigiram seus erros e valorizaram mais suas vidas, vivendo de maneira melhor.

Como uma das principais franquias de terror e tortura da última década, Jogos Mortais apresentou ao seu público um grande número de armadilhas memoráveis pela sua idealização e pela angústia e agonia que nos fizeram passar ao assistir sua execução. Algumas ainda permanecem em nossas mentes, e são elas que iremos relembrar abaixo.


10 - O CARRO DA MORTE (JOGOS MORTAIS VII - O FINAL)


Lançado em 2010, Jogos Mortais VI – O Final, foi até agora e última sequência da franquia, e lhe trouxe vida nova, mesmo sendo o terceiro filme seguido sem a participação direta de John Kramer. Ainda assim, as armadilhas planejadas por seus sucessores conseguiram manter-se em nível de insanidade e aflição próximas às do vilão original.

Ainda assim, alguns momentos do filme ainda ficaram na memória, em especial suas armadilhas. No geral, todas as desse filme envolviam alguém tentando salvar outra pessoa e qual o sacrifício elas estariam dispostas a fazer para isso. No caso dessa, a vítima em especial é Evan (interpretado por Chester Bennington), um membro de um grupo racista que atacava pessoas e as julgava pela cor de sua pele. Como punição, Evan teve sua pele colada ao banco de um carro levantado por um macaco mecânico, com o motor ligado. Seus companheiros estavam embaixo da roda levantada do carro, preso a ele por ganchos que arrancariam seus membros e logo a frente do carro acelerando. Para salvá-los, Evan teria de puxar uma alavanca ligada ao motor do veículo, mas para isso teria que puxar a cola que o prendia ao banco, arrancando a pele de suas costas e braços.



Os momentos em que todos os companheiros de Evan começam a gritar, enquanto ele tenta, desesperada e dolorosamente, alcançar a alavanca, provocam arrepios em quem assiste, principalmente pelos próprios gritos de Evan enquanto sua pele é removida pelo seu próprio esforço. No final, como na grande maioria as armadilhas de Jigsaw, o preço cobrado pela sobrevivência não é atingido, e as consequências são desastrosas.


9 - A CADEIRA DAS FACAS (JOGOS MORTAIS IV - A REVELAÇÃO)


No quarto filme da franquia, pudemos conhecer um pouco mais da história macabra de John Kramer e o caminho que ele trilhara até se tornar Jigsaw. É nesse filme que somos introduzidos a Jill Tuck (Betsy Russell), ex-esposa de John, que nos revela um pouco do passado de seu ex-marido, como ele mudou completamente ao perder seu filho ainda não nascido por culpa de um viciado da clínica que sua mulher conduzia, como a notícia do câncer o levou à tentativa de suicídio, como ele sobreviveu e enlouqueceu na ideia de fazer as pessoas enfrentarem a morte para valorizarem a vida, e como ele decidiu começar sua saga de armadilhas mortais justamente pelo viciado que “matara” seu filho.

Mostrada através de flashbacks, a armadilha da Cadeira de Facas foi a primeira montada por Jigsaw. Com duas lâminas cortando seus pulsos, o viciado Cecil (Billy Otis) precisa apenas se levantar da cadeira para se libertar das algemas que o prendem a ela. Contudo, um conjunto de facas impede seu rosto de ir para a frente sem se cortar. A pior parte dessa armadilha é justamente a possibilidade de empurrar as facas com o rosto para escapar, mesmo à custa de muita dor.



Já extremamente visceral e dolorosa, a Cadeira de Facas é uma armadilha perfeita para marcar o início de Jigsaw: simples, mas engenhosa, terrível de se ver, angustiante, insana. Não é possível ver Cecil empurrar as facas com o rosto enquanto as lâminas o cortam sem sentir uma grande dose de medo. Essa armadilha, além disso, nos remete às primeiras e mais icônicas armadilhas da franquia, mais simples e que não necessitavam de grandes mecanismos para funcionar, apenas o uso engenhoso de materiais por um engenheiro com um desejo de ensinar uma macabra lição.


8 - O CRUCIFIXO (JOGOS MORTAIS III - O LEGADO)


Essa é uma armadilha cruel que integra o terceiro filme da franquia e faz parte do plano de John Kramer para o teste do vingativo Jeff (Angus MacFayden), um pai de família que deseja a todo custo vingar-se do homem que atropelara seu filho. No teste montado, John tenta ensinar a Jeff o valor do perdão, colocando-o frente a frente com todos os responsáveis pela morte de seu filho e pela não punição do responsável.

Nessa provas derradeira, Jeff encontra-se face a face com Timothy Young (Mpho Koaho), o homem que matara seu filho. Ele se encontra preso a uma máquina que fará seus membros girarem até quebrar, a menos que Jeff puxe uma chave presa ao gatilho de uma arma e a use para abrir a máquina. A grande questão dessa armadilha é: estaria o pai vingativo disposto a tomar um tiro pelo homem que lhe causara tanta dor.



Enquanto Jeff luta contra esse sentimento de vingança, vemos as pernas e braços de Timothy serem torcidos até o limite possível e depois quebrados pela máquina que não para de girá-los. A angústia dessa cena não reside apenas na armadilha em si, mas também no fato de que a salvação da vítima depende de outra pessoa e não há nada que Timothy possa fazer a não ser gritar por ajuda.


O JOGO DO BANHEIRO (JOGOS MORTAIS)


O primeiro jogo de Jigsaw a nos ser apresentado. A primeira cena de toda a franquia e o motor para todo o primeiro filme, certamente também traçando o teor dos que viriam a seguir. No cenário de um imundo banheiro, dois prisioneiros, o Doutor Lawrence Gordon (Cary Elwes) e o fotógrafo Adam (Leigh Whannell), acorrentados e grossos canos pelos pés. A tarefa de ambos é simples: encontrar um meio de escapar antes que o relógio chegue a zero.

Durante todo o filme, constrói-se a relação entre Gordon e Adam, enquanto ambos tentam achar um meio de sair dali. Ao mesmo tempo, dicas deixadas por Jigsaw vão guiando-os por possíveis caminhos a serem seguidos. Serrotes encontrados no canto podem libertá-los, não pelo corte das correntes, mas pelo corte das pernas deles. Em determinado momento, o aprisionador diz que tudo o que Gordon precisa fazer para se libertar é matar Adam. No final, Gordon consegue se libertar mediante o sacrifício de sua própria perna, e abandona Adam para morrer, mas não sem antes nos presentear com uma terrível reviravolta.



O mais angustiante dessa armadilha é a sua demora. Não há nenhuma serra ou arma apontada para os dois, e o tempo é o único inimigo deles e de nós, que somos forçados a ver a tensa espera de ambos por uma saída, o desespero crescente conforme o relógio se aproxima da hora final, a loucura de ambos chegando ao limite conforme eles conseguem mais suportar aquele lugar e começam a não se importar com os sacrifícios que terão de fazer. O Jogo do Banheiro certamente foi uma das melhores maneiras de se começar uma franquia.


O CARROSSEL (JOGOS MORTAIS VI)


Entre as armadilhas mais agonizantes de Jigsaw, as piores nem sempre eram as que levavam a vítima a um grande sacrifício para se salvar. Em muitos casos, é mais terrível ver esse sacrifício como uma escolha, cuja consequência é o salvamento ou a morte de outra pessoa. Isso porque, em muitos casos, o sacrifício é em vão, e a outra vítima acaba morrendo de qualquer jeito. Pior ainda são as armadilhas sádicas onde uma pessoa deve decidir quais outras, dentre um grupo, sobreviverão, sabendo que essa escolha custará a vida das outras.

Em Jogos Mortais VI, essa terrível escolha teve que ser feito por William Easton (Peter Outerbridge), o dono de uma grande companhia de seguros de saúde que, mediante uma fórmula própria, decide se o seguro de seu cliente irá ou não cobrir seu tratamento, dependendo de suas chances de sobreviver (basicamente, ele decide quem vive e quem morre). Na armadilha chamada de O Carrossel, William é forçado a escolher dois dentre seis dos seus melhores empregados, que estão presos a um carrossel girando. Na frente desse, existe uma arma carregada com seis tiros. Às custas de seu próprio sangue, Will pode salvar alguém de receber o tiro, mas só pode fazer isso duas vezes. A crueldade maior dessa armadilha é que ele tanto pode salvar esses dois quanto não salvar nenhum (a armadilha continuará rodando e a arma continuará disparando até todos os empregados terem passado por ela).



Essa é uma das armadilhas de maior sadismo de Jigsaw. Na intenção de mostrar para Will que a escolha de quem vive e quem morre nunca é tão fácil assim, o assassino força o homem a permitir que seus funcionários sejam assassinados, mesmo com os gritos de misericórdia dos mesmos. No final, Will acaba fazendo suas escolhas, mas seu sofrimento resulta muito mais das vidas que ele condenou do que das feridas e do sangue que a armadilha demandou dele.


O POÇO DAS SERINGAS (JOGOS MORTAIS II)


Muitas vezes, para dar uma lição nas vítimas, Jigsaw as faz passar por um sofrimento parecido ao que elas infringiram a outras pessoas. Dessa forma, o perdão e o renascimento desses criminosos aconteceria justamente por uma exposição a um tipo de dor que eles próprios haviam infringido a alguém. No segundo filme da franquia, a mais memorável armadilha desse tipo foi o Poço das Seringas.

Presos em uma casa e respirando gás venenoso, as vítimas têm que passar por testes terríveis para conseguir um antídoto para si mesmas. Ao entrarem em uma sala, o traficante Xavier Chavez (Franky G) é desafiado a passar pela mesma esperança vã que forneceu a seus usuários, tendo que mergulhar em um poço repleto de seringas e agulhas para encontrar uma chave que abre uma porta onde está um antídoto. Contudo, se a porta não for aberta até um cronômetro chegar a zero, ela se fechará para sempre.



Apesar do teste ser destinado a ele, Xavier lança outra sobrevivente no poço. Embora as agulhas não possuam nenhum conteúdo mortal nelas, é angustiante ver a vítima sofrendo as inúmeras e intermináveis picadas, enquanto tem que remexer no amontoado de agulhas com as próprias mãos, sendo extremamente ferida pelos objetos. Uma seringa já não é um objeto bem visto em nosso dia a dia, mas essa cena é destrutiva para qualquer tolerância que tenhamos a esses objetos.


A ARMADILHA DO ANJO (JOGOS MORTAIS III - O LEGADO)


Ao longo dos anos, Jigsaw teve alguns discípulos, pessoas que passaram em seus testes e se comprometeram a ajuda-lo em suas experiências e jogos com as pessoas. Nem todos eles, contudo, eram adeptos da mesma filosofia que seu mestre.

Logo no começo do terceiro filme da franquia, a detetive Allison Kerry (Dina Meyer) se depara com uma estranha armadilha onde Jigsaw não parece ter deixado à sua vítima uma chance de escapar. Logo depois, ela mesma é capturada e colocada em uma armadilha onde dois pedaços de ferro estão presos às suas costelas. Quando o cronômetro atingir o zero, os ferros se separarão, arrancando sua caixa torácica. Para escapar, Kerry precisa usar uma chave que se encontra em um pote cheio de ácido, o que a força a se apressar para que o objeto não seja corroído.



A Armadilha do Anjo é tão terrível quanto qualquer outra de Jigsaw em sua execução e no requisito doloroso para a sobrevivência da vítima. Contudo, essa é uma armadilha que lança os espectadores em uma ilusão, acreditando que haverá uma maneira de escapar ao acontecimento fatal. Contudo, mesmo depois de Kerry usar a chave para abrir o cadeado, a armadilha, criada pela discípula de John Kramer, Amanda Young (Shawnee Smith), não a liberta, e o resultado é o único que se poderia esperar.


A ARMADILHA DE URSO REVERSA (JOGOS MORTAIS)


A mais memorável e famosa das armadilhas, marcando presença em inúmeros filmes da franquia desde seu começo. Tendo sido utilizada em diversos personagens, como Mark Hoffman e Jill Tuck, sua utilização mais conhecida e marcante foi a que quase vitimou Amanda Young no primeiro filme.

Enquanto relata o seu sequestro à polícia, Amanda relembra como acordou em uma sala escura, com um dispositivo preso à sua boca. A Armadilha de Urso Reversa opera, como se pode notar pelo nome, de maneira contrária às armadilhas dentadas dos ursos: Em vez de se fechar, ela se abre. Presa à boca de Amanda, a armadilha destruirá seu maxilar e rosto se ativada, e a única saída e abri-la com uma chave que se encontra no intestino de outra pessoa.



Fornecendo um sentimento de encarceramento, claustrofobia e repulsa diante do provável acontecimento, a armadilha ficou eternizada na mente dos fãs como o primeiro artefato usado por Jigsaw. Não era uma armadilha que usava salas gigantes ou equipamentos muito complexos. Era uma armadilha, em sua totalidade, simples, mas com um efeito devastador sobre a vítima. A agonia de Amanda é sentida por todos sob a perspectiva de algo desconhecido preso à sua mandíbula, pronta para despedaçar seu rosto e assassiná-la de uma maneira cruel.

Essas são apenas algumas das armadilhas que Jigsaw criou ao longo dos anos. Muitas outras também marcaram presença em seus filmes, e algumas são tão sanguinárias quanto as aqui listadas.

www.flitstudios.com

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