É necessária muita firmeza política e ideológica, na defesa intransigente de um programa anticapitalista! Ter uma clareza de nossas tarefas na atual conjuntura, desde as bases nas categorias, no interior dos sindicatos e demais movimentos populares, com o objetivo claro de minar a ilusão das massas com os setores reformistas e traidores de classe que ainda exercem influência nas classes trabalhadoras.
Essa confiança não será conquistada da noite para o dia, como acreditam alguns. Será preciso um árduo trabalho para se merecer essa confiança e não será em nome de alianças oportunistas e casuais que os setores anticapitalistas vão conquistar esta confiança dos trabalhadores para enfrentar os desafios colocados pelos ataques do grande capital.
Os trabalhadores ainda não entraram em cena de forma organizada, com capacidade de dar uma resposta à altura diante dos desafios colocados nesta conjuntura de ataques do grande capital aos direitos históricos das classes trabalhadoras, para criar as condições para avançar em novas conquistas, sair da defensiva para a ofensiva contra o grande capital.
A classe operária, os trabalhadores e as camadas mais pobres dos bairros proletários estão à mercê do que acontece, seja pela alienação de que são vítima pela exploração econômica, diante de uma conjuntura de crise e perdas de direitos, ou pelo crescimento da religião, que em tempos de crise sistêmica, ocupa o espaço e a carência espiritual das massas ou pelo crescimento da violência nos bairros proletários que tem contribuído para desorganizar os trabalhadores em seus locais de moradia, deixando toda uma realidade difícil e complexa para os revolucionários anticapitalistas atuarem para enfrentar os desafios colocados.
Mesmo em uma conjuntura tão desfavorável para os comunistas, onde a maioria das forças de esquerda no mundo hoje é predominantemente reformista e anti-leninista, é possível sim ter um programa revolucionário claro de combate ao reformismo e à conciliação de classe. Temos, como exemplo, o KKE (Partido Comunista Grego) que, mesmo sofrendo o assédio e bombardeio da direita que o pressionou a aderir aos acordos de austeridade econômica impostos pela União Europeia à Grécia, em nenhum momento se rendeu às pressões e chantagens da esquerda reformista para entrar no Governo de ampla coalizão do Syriza. Além de não aceitar participar de um suposto governo de esquerda, o KKE denunciou os acordos e a traição do Syriza aos trabalhadores, mantendo-se firme na defesa intransigente dos interesses dos trabalhadores. Se hoje o KKE é um dos Partidos Revolucionários mais respeitados, isso se deve à sua postura firme, sem em nenhum momento fazer concessões ao modismo nem renunciar ao Marxismo-Leninismo.
PCdB
Sem comentários:
Enviar um comentário