A LUTA DOS TRABALHADORES DO GRUPO ÁGUAS DE PORTUGAL
Sem a luta dos trabalhadores, os seus problemas não se resolvem! As “palavras bonitas” e os “elogios baratos” não fazem crescer os salários, nem pagam as contas do dia-a-dia de quem trabalha! E o discurso da administração, desarticulado da realidade, é certamente inspirado na “Alice no País das Maravilhas”, já que, na prática, o que os trabalhadores têm é “uma mão cheia de nada”!
Este Conselho de Administração (CA) está em funções desde Maio de 2020, pelo que não se pode descartar das diversas iniciativas que o STAL e a Fiequimetal promoveram, dos ofícios enviados, da greve realizada pelos trabalhadores em 11 de Junho de 2021, e, muito menos, das responsabilidades da empresa que já existiam antes da sua tomada de posse.
Após a assinatura do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) – conforme consta em acta assinada por ambas as partes, para a definição de carreiras e dos conteúdos funcionais – e até hoje, em nenhum momento existiu, por parte da AdP, vontade de cumprir com o acordado em 2 de Agosto de 2018, e muito menos com a aplicação do ACT.
A RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DOS TRABALHADORES APENAS SERÁ POSSÍVEL ATRAVÉS DA SUA FORTE UNIÃO E MOBILIZAÇÃO, QUE JUNTOS DARÃO MAIS FORÇA À LUTA EM DEFESA DAS SUAS PROPOSTAS.
Ao longo de 2020 e 2021, e na sequência das diversas acções tomadas pelo STAL e Fiequimetal, o CA foi transmitindo às estruturas sindicais que se empenharia, junto das entidades competentes, em encontrar a melhor forma para resolver as diversas matérias que dizem ter consciência constituírem um problema no seio do Grupo.
No dia 15 de Dezembro, o CA teve o desplante de informar as duas estruturas sindicais de que continua a não estar em posição de rever as propostas apresentadas pelos trabalhadores, afirmando que qualquer assunto sobre o custo acrescido em relação com o pessoal, simplesmente, não pode ser discutido! Isto, pasme-se, num grupo que, em 2020, registou cerca de 78,5 milhões de euros de lucro, e que, nos últimos 10 anos, “meteu ao bolso” mais de 700 milhões de euros!
Em relação ao subsídio de insalubridade e penosidade, e aos aumentos salariais para 2021/22, simplesmente não constamos no Orçamento do Estado, o que demonstra a importância que os trabalhadores do Grupo AdP têm para o nosso Governo, e cujos problemas não serão solucionados pela nova Comissão de Ética, anunciada com tanta “pompa e circunstância”.
“MANIFESTO DO DESAGRADO” EM LISBOA
O STAL e a Fiequimetal convidam todos os trabalhadores a juntarem-se, no “Manifesto do Desagrado”, iniciativa que, em Janeiro, irá percorrer algumas ruas de Lisboa para – junto da sede da AdP e de outras entidades que lhe estão associadas – para manifestar publicamente o profundo descontentamento dos trabalhadores e denunciar os graves problemas laborais que os afectam.
Sem a luta dos trabalhadores, os seus problemas não se resolvem! As “palavras bonitas” e os “elogios baratos” não fazem crescer os salários, nem pagam as contas do dia-a-dia de quem trabalha!
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