Ricardo Mexia afirma que dois anos depois do início da pandemia o país continua a "correr atrás do prejuízo"
O Presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública diz não compreender como é que não se antecipou um cenário que era "mais do que previsível", referindo-se às longas filas de utentes do SNS que se têm acumulado junto dos centros de saúde e hospitais nos últimos dias.
Ricardo Mexia comentou assim as críticas feitas esta terça-feira pelos médicos de família que, em declarações à agência Lusa, alertaram para um cenário de "caos absoluto" provocado pelo aumento da procura nas áreas dedicadas às doenças respiratórias. Ao longo desta terça-feira, em Lisboa, dezenas de utentes formavam uma longa fila junto ao hospital de São Lázaro, segundo relatou o Presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.
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De acordo com Nuno Jacinto, durante toda a manhã e início da tarde desta terça-feira, a fila de pessoas para serem atendidos neste hospital chegou quase ao Martim Moniz. Houve mesmo quem tivesse desistido depois de horas de espera, ao frio e à chuva.
À TSF, Ricardo Mexia fala em falta de recursos e diz mesmo que é "incompreensível como o fim de dois anos, com sucessivos alertas de que era importante reforçar de imediato a resposta estejamos agora novamente a correr atrás do prejuízo". "Parece que não retirámos elações do que aconteceu no passado", acrescenta.
Portugal atingiu esta terça-feira um novo máximo de novos casos. As autoridades de saúde registaram 17.172 contágios e 19 mortes em 24 horas.
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