Trata-se de uma longa publicação que dá conta de uma alegada atuação da Unidade Nacional de Trânsito da GNR durante os dias 27 e 28 de novembro, na vila de Fronteira. Durante esses e mais dias (25 a 28 de novembro), decorreu nessa mesma região, no distrito de Portalegre, o evento "24 Horas TT Vila de Fronteira 2021", uma das mais conhecidas provas de resistência em Portugal.

"Ontem e anteontem a UNT da GNR 'invadiu' a vila de Fronteira, com várias 'operações stop', chegando ao ponto de violar o Código da Estrada, galgando os passeios e locais para peões, e aí estacionou muitíssimos veículos da GNR, numa 'operação stop', tipo 'caça à multa - para tud0'", lê-se no post em causa.

Essas intervenções, continua o texto, "foram efetuadas pela Unidade Nacional de Trânsito da GNR, sediada em Lisboa, e que tem somente 160 elementos". Esses elementos que protagonizaram a referida operação stop "não eram militares da GNR nem do Destacamento de Trânsito de Portalegre, nem do Comando Territorial do distrito de Portalegre", acusa ainda o autor da publicação, referindo que estes "vieram exclusivamente de Lisboa, percorrendo 400kms (200kms ida e volta) para afrontarem os alentejanos" e os "simpatizantes do todo-o-terreno".

Ainda segundo a publicação em causa, a UNT da GNR "chegou ao ponto de levar a cabo essas fiscalizações violando claramente o Código da Estrada, colocando os veículos da GNR em cima de passeios e de passagens para peões". Estas alegações são confirmadas por imagens anexadas ao post, onde se veem veículos da GNR estacionados em lugares aparentemente indevidos.

Nessas operações de fiscalização terão sido "mandados parar" e "fiscalizados" todos os veículos que por ali passavam, tendo sido multados "por tudo: um parafuso a mais no triângulo de perigo, jipes apreendidos, multas a veículos da assistência da prova por causa de autocolantes mal colocados, matrículas 'semi-sujas' (...)". As acusações continuam ao longo do post, que questiona ainda qual "o objetivo da referida fiscalização" e "de que forma é que essa fiscalização de trânsito visou diminuir a sinistralidade".

O Polígrafo entrou em contacto com a GNR para esclarecer todas as acusações, mas muitas perguntas ficaram por responder, não sendo desmentidas as afirmações incluídas no "post" relativas ao estacionamento indevido.

Fonte oficial da GNR começa por explicar que, por se ter realizado na localidade de Fronteira um evento motorizado de grandes dimensões, e estimando-se a afluência de um elevado número de espectadores, "considerou-se adequado realizar uma operação tendo em vista a garantia da segurança rodoviária, procurando evitar a ocorrência de acidentes graves".

A operação, afirma a GNR, "foi pautada pela visibilidade, complementada com fiscalização aleatória para verificar a conformidade das condições de circulação dos veículos que se deslocaram para a zona do referido evento". Ora, nesse mesmo evento, não foi, segundo a GNR, registado nenhum acidente grave por motivo e na sequência do mesmo, "considerando-se que a visibilidade e presença no local contribuiu ativamente para esse resultado".

Quanto à legitimidade da UNT para realizar a operação, a GNR sustenta que esta é uma "unidade especializada da Guarda no âmbito da fiscalização ordenamento e disciplina do trânsito, a qual, nos termos da Lei, pode realizar ações especiais de fiscalização em qualquer parte do território nacional abrangida pela competência territorial da Guarda Nacional Republicana, como foi na situação em apreço".

"Por último importa mencionar que a segurança rodoviária e a redução do número de vítimas mortais na estrada é uma prioridade para a Guarda, razão pela qual são desenvolvidas ações de fiscalização diariamente em todo o território nacional", finaliza a GNR, que confirma assim a realização da megaoperação em causa.

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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.

Na escala de avaliação do Facebook, este conteúdo é:

Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações "Verdadeiro" ou "Maioritariamente Verdadeiro" nos sites de verificadores de factos.

Na escala de avaliação do Polígrafo, este conteúdo é:

VERDADEIRO
International Fact-Checking Network
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