A média dos salários do país está a crescer pouco, assim vai continuar e a inflação vai fazer mossa. O economista Eugénio Rosa explica que, para apanharmos a média da União Europeia, o aumento geral devia ser de 6% e que há margem para o fazer “sem gerar desequilíbrios económicos”.
Os trabalhadores que ganham o salário mínimo, cerca de 826 mil, um quarto do total dos trabalhadores do setor privado, vão ter um aumento de 4,7% em 2022. Mas metade disso deverá ser anulado pela inflação. Para os outros, o Jornal de Notícias (link is external) calcula que haverá uma perda do poder de compra.
Desde 2019, a média salarial subiu pouco, 3,4%. Para o ano que vem, é esperado que o salário médio cresça em linha com a inflação, que em novembro foi de 2,6%. Só que o ganho mensal médio caiu 1% em setembro relativamente ao ano anterior, situando-se nos 1.300 euros.
O economista Eugénio Rosa, citado pela mesma fonte, diz que, no nosso país, "há margem para um aumento geral de 6% dos salários sem gerar desequilíbrios económicos". As suas contas foram feitas com base numa análise comparativa entre o PIB por trabalhador e o custo de mão de obra de cada país da União Europeia.
O especialista explica que, o ano passado, o PIB por trabalhador em Portugal foi de 62,2% da média dos países da União Europeia, 44.179 euros. Por outro lado, os custos de mão de obra não passaram dos 58,6% do custo médio da União Europeia. Por isso, para manter a relação com a média europeia "ter-se-ia de aumentar os salários em Portugal de 58,6% do custo médio da União Europeia para 62,2%, o que daria um aumento geral de 6% dos salários em Portugal”.
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