Esta reivindicação deve ser conjugada com a questão da mulher na sua totalidade, de acordo com os preceitos socialistas.
O Dia da Mulher deve ter uma natureza internacional e deve ser cuidadosamente preparado.
Assim falava, em 1910, a socialista alemã Luise Zietz, fazendo a proposta de um dia internacional na conferência das mulheres socialistas da Segunda Internacional presidida por Clara Zetkin.
É preciso não esquecer as origens deste dia internacional: era das lutas de classes, assim no plural, que se tratava e é disso que ainda se deve tratar hoje em dia.
Passados mais de 110 anos, os representantes mais reaccionários do patronato querem fazer esquecer uma história feita de lutas socialistas, pela igualdade democrática e socioeconómica, sem separações, até porque a realidade não foi feita de, e por, separações artificiais.
A CIP quis organizar um debate, inicialmente só com patrões, assinalando este dia como “um legado histórico e não como um dia de luta”.
Depois da polémica, parece que incluiu patroas no debate, ou seja, aderiu ao mais conveniente feminismo neoliberal das “líderes”, do “talento feminino”, das chamadas empreendedoras, das que conseguem ser e fazer tudo, mas só graças às mãos invisíveis de outras mulheres.
A rasura da história é sempre esclarecedora.
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