Tino de Rans entra numa lista que já tem sete nomes (André Ventura, Tiago Mayan Gonçalves, Bruno Fialho, Marisa Matias, Ana Gomes, Orlando Cruz e Carla Bastos) e uma promessa (o PCP ainda não anunciou quem será o seu candidato).
Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, revelou esta terça-feira à Lusa que será candidato a Presidente da República para lutar contra os “populismos”, mas quer adiar eleição para a Primavera para poupar os idosos.
Depois de em 2016 a sua candidatura ter conseguido “152 mil votos", o regresso na eleição presidencial surge para “combater os populismos e a abstenção”, centrando o seu foco na participação dos idosos no ato eleitoral previsto para janeiro de 2021, sublinhou Tino de Rans.
“Toda a gente sabe que em Janeiro o frio é “de rachar” e as eleições estão marcadas para essa altura, sendo que nessa altura podemos ter a pandemia da covid-19 e a epidemia da gripe e não podemos permitir que os idosos possam faltar ao voto por estarem enfraquecidos ou com medo”, observou o agora nono pré-candidato conhecido.E prosseguiu: “que a opinião pública exija que as eleições não sejam em Janeiro, pois já participei em muitas mesas eleitorais e nas mesas dos idosos a afluência era de 80% e na dos jovens votam 150 a 200 em cada mil. Se em Janeiro continuar a haver pandemia, os filhos não irão levar os pais a votar e corre-se o risco de na eleição presidencial votar apenas 20% ou 25% do eleitorado”.
Tino de Rans manteve o tom crítico recuperando uma polémica recente em que “todos estiveram muito preocupados com o Avante!, mas esquecem-se de que em Janeiro vão votar oito milhões de portugueses, sendo que cerca de 35% deles são idosos”, assinalando ser ele “o primeiro português a falar nisso”.
Questionado pela Lusa se tinha consultado a Constituição Portuguesa, Tino de Rans advertiu que esta “não é eterna e pode ser mudada pelos políticos, assim haja bom senso e responsabilidade”.
Neste contexto avançou que “Março ou Abril, na Primavera, seria mais fácil para os idosos votarem, pois se insistirem em votar em Janeiro vão retirar-lhes um dos poucos direitos que têm e, então, será uma vergonha”, disse.
“Apelo ao primeiro-ministro, aos partidos políticos, ao Presidente da República para que intervenham, pois é a democracia que está em causa e o resultado pode sair inquinado”, insistiu o candidato.
Sobre o desfecho da eleição o candidato do partido RIR - Reagir Incluir Reciclar avançou com uma convicção: “não sei se vou ter muitos ou poucos votos, mas de uma coisa tenho a certeza, vão ter de m pôr nas sondagens, nos debates depois de há cinco anos me terem chamado o candidato provisório, o outro? “.
A seis meses do fim do mandato do actual Presidente da República, são já nove os pré-candidatos ao lugar de Marcelo Rebelo de Sousa, apesar de o nome de um deles ainda ser uma incógnita. Com Marcelo, serão dez.
As candidaturas a Presidente da República só são válidas depois de formalmente aceites pelo Tribunal Constitucional, e após a apresentação e verificação de um mínimo de 7500 e um máximo de 15.000 assinaturas de cidadãos eleitores, até trinta dias antes da data da eleição, que deverá realizar-se no final de Janeiro do próximo ano.
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