O QUE ESTÁ EM CAUSA?
Foi partilhada no Facebook uma fotografia supostamente captada na Amadora, em 1974, cuja autoria é atribuída ao fotojornalista Alfredo Cunha. A imagem foi denunciada como sendo falsa, mas o Polígrafo confirmou junto de Alfredo Cunha que é autêntica, parte integrante da exposição "A cidade que não existia - Amadora 1970-2020" qu


"Amadora, 1974. Fotografia de Alfredo Cunha. Dedico-a aos jovens que têm saudades daquilo que não viveram", destaca-se na mensagem da publicação em causa.

A imagem foi denunciada como sendo falsa, mas o Polígrafo confirmou junto de Alfredo Cunha que é autêntica, parte integrante da exposição "A cidade que não existia - Amadora 1970-2020" que também deu origem a um livro editado pela Tinta-da-China.

"É da minha autoria, está amplamente publicada", confirmou o próprio Alfredo Cunha, um dos mais reputados fotojornalistas portugueses, questionado pelo Polígrafo. "Eu vivi lá a 50 metros, na Ribeira da Falagueira".

De 11 de setembro a 15 de novembro, a estação Amadora Este do Metropolitano de Lisboa acolhe uma mostra da referida exposição de Alfredo da Cunha, na qual se integra a fotografia captada em 1974 na Ribeira da Falagueira. A exposição completa estará patente na Galeria Municipal Artur Bual, numa iniciativa promovida pela Câmara Municipal da Amadora.

"'A cidade que não existia', fotografias de Alfredo Cunha registadas entre 1970 e 2020, é um repositório da metamorfose da cidade da Amadora. Sintetiza um país e as suas gentes com a objetiva aturada na sua própria observação que, na verdade, capta e sublinha uma ruptura política e a transformação proporcionada pelo advento da democracia", salienta-se no texto descritivo da exposição.

"Ali, mesmo ali, da sua janelaele via a Ribeira da Falagueira, onde um êxodo urbano dos anos 60 tinha desaguado humanos em busca de vida melhor. Com a esperança depositada nas promessas de industrialização feitas por um regime moribundo, estes migrantes viram-se a morar em barracas junto a um fio de água que atravessava uma 'cidade que ainda não existia'. O fotógrafo - que já existia, com as suas rotinas, o seu dia-a-dia - foi pacientemente fotografando esse choque, esse corte entre a sua vida de rapaz que fora para Lisboa em busca de emprego e os 'outros' com quem se cruzava - aqueles que não vemos, os invisíveis", escreveu o jornalista Luís Pedro Nunes no livro com o mesmo título, publicado em agosto de 2020.

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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.

Na escala de avaliação do Facebookeste conteúdo é:

Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações "Verdadeiro" ou "Maioritariamente Verdadeiro" nos sites de verificadores de factos.

Na escala de avaliação do Polígrafoeste conteúdo é:

VERDADEIRO
International Fact-Checking Network
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