A reação surge na sequência das medidas que visam a compensação dos órgãos de comunicação social pela divulgação de conteúdos informativos na rede social
Oimpério de Mark Zuckerberg ameaça um cerco à partilha de notícias por parte dos utilizadores australianos, uma estratégia de defesa contra as propostas de lei daquele país que estipulam o pagamento de royalties aos órgãos de comunicação social. “Nenhum negócio pode funcionar desta forma”, afirma Will Easton, gestor do Facebook na Austrália e Nova Zelândia.
Se a lei avançar e o Facebook não aceitar negociar voluntariamente um acordo com os media, tal como sugeriu o executivo australiano, os utilizadores podem, dessa forma, ficar impedidos de partilhar conteúdos informativos em plataformas como o Facebook e o Instagram. “Assumindo que as propostas se tornem lei, relutantemente não iremos permitir que notícias locais e internacionais sejam partilhadas”, avança o responsável.
“Não é a nossa primeira escolha, é a última a que queremos recorrer. Mas é a única forma de nos protegermos contra algo que desafia a lógica. Vai doer e não vai ajudar a longo prazo os media australianos”, adverte Will Easton, num comunicado emitido esta terça-feira.
Através de uma carta aberta, a Google, companhia também visada por estas medidas, considera-as uma “ameaça às liberdades individuais” e também admite restringir o acesso a vídeos do YouTube.
O ministro do Tesouro australiano, Josh Frydenberg, sublinha que a legislação anunciada em julho tem como objetivo “criar condições para a sustentabilidade dos media, conseguindo pagamentos pelos conteúdos originais”.
O governante é firme ao garantir que “a Austrália legisla de acordo com os interesses nacionais” e avisa que o país não cede à “coação, venha de onde vier”.
expresso.pt
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