A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, anunciou na conferência de imprensa desta sexta-feira que as crianças que cheguem a centros de acolhimento vão deixar de estar obrigadas ao isolamento profilático.
A norma que se encontra ainda em vigor prevê que as crianças que sejam retiradas às famílias tenham de cumprir 14 dias de isolamento quando chegam aos centros de acolhimento, mesmo que o teste à covid-19 dê negativo. A diretora-geral de Saúde esclareceu que a orientação já foi revista, e que será divulgada uma nova versão “muito brevemente”, passando as crianças a deixar de estar obrigadas ao isolamento profilático.
A razão invocada para a revisão desta norma está relacionada com o início do ano letivo, tendo a diretora-geral esclarecido que a medida deixa de fazer sentido se as crianças podem entrar e sair diariamente para ir à escola.
Além desta alteração, Graça Freitas anunciou que será publicado em breve um documento que “inclui orientações para as escolas e as autoridades de saúde, no caso de serem identificados casos suspeitos, casos positivos ou surtos em contexto escolar”, refere a Lusa.Esta orientação foi muito contestada depois de ter sido denunciada na comunicação social. Para o Bloco de Esquerda, que questionou o governo sobre esta medida, a situação era “atentatória dos direitos humanos”. Na pergunta entregue no final do mês de agosto os deputados do Bloco, Sandra Cunha e José Soeiro, exigiam que estes procedimentos fossem revistos de forma urgente, “alterando-os de forma radical, permitindo que o ciclo de violência e de exposição destas crianças e jovens não se perpetue”.
A diretora-geral adiantou ainda que o objetivo é “fechar o menos possível”, afirmando que a decisão de encerrar escolas será tomada apenas em situações extremas.
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